Voando Sobre Um Ninho de Cucos: Os irresponsáveis

20-05-2009
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Quinta-feira, 4 de Novembro 2004
Urânio em Canas de Senhorim armazenado sem condições de segurança
Sem segurança e de fácil acesso, o urânio concentrado armazenado nas antigas instalações das Minas da Urgeiriça está ao alcance de qualquer pessoa. Uma preocupação manifestada pelo deputado socialista António Galambra em requerimento apresentado ao primeiro-ministro
A falta de condições de segurança das instalações de armazenamento de urânio em Canas de Senhorim é motivo de uma interpelação do deputado socialista António Galamba ao primeiro-ministro.
O deputado está preocupado com a facilidade com que qualquer pessoa pode aceder ao material radioactivo que pode ser «susceptível de aproveitamento por redes terroristas».
No passado fim-de-semana populares de Canas de Senhorim afectos ao Movimento pela Restauração do Concelho foram às antigas instalações de exploração mineira e carregaram um tractor com o material que pretendem levar a Lisboa, uma iniciativa de protesto para impedir a saída de 127 toneladas de urânio concentrado e que, alegadamente, o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação pretenderá vender à Alemanha por cerca de 3,5 milhões de euros.
Segundo António Galamba, esta acção veio demonstrar que os «populares, como qualquer indivíduo com más intenções, podem aceder com toda a facilidade, sem qualquer tipo de fiscalização ou controle, à área onde se encontram armazenados recipientes contendo urânio».
«Isto é um sinal inequívoco da fragilidade das instalações e da total ausência de mecanismos de segurança que garantam aos cidadãos que a matéria radioactiva com potencial de utilização na concepção de instrumentos de guerra ou de terrorismo está devidamente guardada», alertou o deputado.
É com esta preocupação e considerando ser público o «interesse de grupos terroristas em matérias e instrumentos susceptíveis de reforçar o seu potencial de destruição» que António Galamba questiona Santa Lopes como é que o Governo, depois dos atentados nos EUA e em Espanha, justifica a «aparente facilidade» com que os cidadãos de Canas - «não estando em causa o direito dos cidadãos a expressarem as suas opiniões ou os protestos nos termos protegidos pela Constituição de um Estado de Direito» -acederam ao local e se tal situação se vai manter no futuro.
António Galamba pede ainda explicações sobre as iniciativas desenvolvidas pelo Governo, através da Empresa de Desenvolvimento Mineiro SA que é quem representa os interesses do Estado no sector, no sentido de identificar as responsabilidades no «modo irresponsável» como o urânio está amazenado.
Por fim, o socialista pretende também saber se se concretiza a venda do material radioactivo à Alemanha e se este é um negócio destinado a «maquilhar o défice do Estado».
Como a recuperação ambiental ainda por fazer, estima-se que subsistem nas minas da região cerca de 325 toneladas de urânio.
Notícia Diário Regional de Viseu
Meu amigo Galamba, onde estava a sua preocupação a quando da presença do PS no Governo?


Quinta-feira, 4 de Novembro 2004
Urânio em Canas de Senhorim armazenado sem condições de segurança
Sem segurança e de fácil acesso, o urânio concentrado armazenado nas antigas instalações das Minas da Urgeiriça está ao alcance de qualquer pessoa. Uma preocupação manifestada pelo deputado socialista António Galambra em requerimento apresentado ao primeiro-ministro
A falta de condições de segurança das instalações de armazenamento de urânio em Canas de Senhorim é motivo de uma interpelação do deputado socialista António Galamba ao primeiro-ministro.
O deputado está preocupado com a facilidade com que qualquer pessoa pode aceder ao material radioactivo que pode ser «susceptível de aproveitamento por redes terroristas».
No passado fim-de-semana populares de Canas de Senhorim afectos ao Movimento pela Restauração do Concelho foram às antigas instalações de exploração mineira e carregaram um tractor com o material que pretendem levar a Lisboa, uma iniciativa de protesto para impedir a saída de 127 toneladas de urânio concentrado e que, alegadamente, o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação pretenderá vender à Alemanha por cerca de 3,5 milhões de euros.
Segundo António Galamba, esta acção veio demonstrar que os «populares, como qualquer indivíduo com más intenções, podem aceder com toda a facilidade, sem qualquer tipo de fiscalização ou controle, à área onde se encontram armazenados recipientes contendo urânio».
«Isto é um sinal inequívoco da fragilidade das instalações e da total ausência de mecanismos de segurança que garantam aos cidadãos que a matéria radioactiva com potencial de utilização na concepção de instrumentos de guerra ou de terrorismo está devidamente guardada», alertou o deputado.
É com esta preocupação e considerando ser público o «interesse de grupos terroristas em matérias e instrumentos susceptíveis de reforçar o seu potencial de destruição» que António Galamba questiona Santa Lopes como é que o Governo, depois dos atentados nos EUA e em Espanha, justifica a «aparente facilidade» com que os cidadãos de Canas - «não estando em causa o direito dos cidadãos a expressarem as suas opiniões ou os protestos nos termos protegidos pela Constituição de um Estado de Direito» -acederam ao local e se tal situação se vai manter no futuro.
António Galamba pede ainda explicações sobre as iniciativas desenvolvidas pelo Governo, através da Empresa de Desenvolvimento Mineiro SA que é quem representa os interesses do Estado no sector, no sentido de identificar as responsabilidades no «modo irresponsável» como o urânio está amazenado.
Por fim, o socialista pretende também saber se se concretiza a venda do material radioactivo à Alemanha e se este é um negócio destinado a «maquilhar o défice do Estado».
Como a recuperação ambiental ainda por fazer, estima-se que subsistem nas minas da região cerca de 325 toneladas de urânio.
Notícia Diário Regional de Viseu
Meu amigo Galamba, onde estava a sua preocupação a quando da presença do PS no Governo?

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