NOVA ÁGUIA: O BLOGUE DA LUSOFONIA: Algumas divagações em torno dos Lusitanos...

24-05-2009
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Segundo Shulten o termo “lusitanos” encontraria a sua origem no povo celtibero dos Lusones, uma tese que Lambrino trataria de aprofundar reforçando deste modo a hipótese da matriz céltica dos lusitanos. Pouco se conhece da sua língua. As raras inscrições em língua lusitana não nos permitem aclarar suficientemente sobre a sua morfologia e natureza. Os raros vestígios existentes indicam uma intensa influência céltica situada sobre uma matriz ibera, um fenómeno aliás evidente nos nomes em –genus. Existem contudo outros antropónimos que revelam um substrato muito antigo, talvez Mediterrâneo e logo, semelhante na sua raiz à língua cónia. Para Carlos Consiglieri e Marília Abel, em “Os Lusitanos no Contexto Peninsular”, os lusitanos utilizariam uma língua “de influências greco-púnicas-tirsénicas, de características primitivas”. Quer os Lusitanos pertençam a velhas populações autóctones, quer sejam Iberos, parece indiscutível a sua pré-celticidade (1). O professor Mendes Correia, conjugando os elementos da Antropologia, a Arqueologia e da História, apresenta os lusitanos “não como simples recém-vindos Celtas, Iberos ou Celtiberos, mas como um povo que tinha fundas e longínquas raízes no território, relacionando-se genealogicamente com os portadores duma velha cultura ocidental, os construtores dos dolmens. Eram decerto parentes dos Iberos e dos Celtiberos, tinham recebido ou viriam a receber a influência celta. Mas não representavam um estrato fundamentalmente distinto dos remotos habitantes neolíticos do país”. (1) Apesar disso, o nome do seu mais ilustre líder, Viriato, é derivado de uma palavra celta viriae, “bracelete”.


Segundo Shulten o termo “lusitanos” encontraria a sua origem no povo celtibero dos Lusones, uma tese que Lambrino trataria de aprofundar reforçando deste modo a hipótese da matriz céltica dos lusitanos. Pouco se conhece da sua língua. As raras inscrições em língua lusitana não nos permitem aclarar suficientemente sobre a sua morfologia e natureza. Os raros vestígios existentes indicam uma intensa influência céltica situada sobre uma matriz ibera, um fenómeno aliás evidente nos nomes em –genus. Existem contudo outros antropónimos que revelam um substrato muito antigo, talvez Mediterrâneo e logo, semelhante na sua raiz à língua cónia. Para Carlos Consiglieri e Marília Abel, em “Os Lusitanos no Contexto Peninsular”, os lusitanos utilizariam uma língua “de influências greco-púnicas-tirsénicas, de características primitivas”. Quer os Lusitanos pertençam a velhas populações autóctones, quer sejam Iberos, parece indiscutível a sua pré-celticidade (1). O professor Mendes Correia, conjugando os elementos da Antropologia, a Arqueologia e da História, apresenta os lusitanos “não como simples recém-vindos Celtas, Iberos ou Celtiberos, mas como um povo que tinha fundas e longínquas raízes no território, relacionando-se genealogicamente com os portadores duma velha cultura ocidental, os construtores dos dolmens. Eram decerto parentes dos Iberos e dos Celtiberos, tinham recebido ou viriam a receber a influência celta. Mas não representavam um estrato fundamentalmente distinto dos remotos habitantes neolíticos do país”. (1) Apesar disso, o nome do seu mais ilustre líder, Viriato, é derivado de uma palavra celta viriae, “bracelete”.

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