O CACIMBO: Com o Carnaval à porta

09-07-2009
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À beira do Carnaval, esperamos todos que a folia programada nos distraia da realidade um tempinho mais, e tanto mais curto quanto os dias vão passando. Não sei se resolve alguma coisa. Aliás, acredito que não serve para mais nada do que adiar o inevitável. Isto é: a inevitável e trágica falência do sistema que ninguém se atreve a combater frontalmente, e destruir. Se observarmos os que se passa… vemos o quê? Todos os países, dos Estados Unidos à chamada União Europeia, injectando dinheiro dos contribuintes para salvarem fortunas de vigaristas, mafiosos e associações de criminosos – já globalizados através dos paraísos fiscais em que tal canalha foge aos impostos através da banca e da bolsa privada - com o beneplácito dos respectivos governos e chamados bancos centrais, autoridades de verificação e controlo, tribunais, etc. Para além disto – que respeita ao chamado ocidente capitalista – afinal o que se passa com a tal China “comunista”? Nada mais do que uma feroz ditadura de Estado, também tão capitalista e globalizada, que até invade e rebenta com as indústrias indígenas do tal ocidente, convidando os gananciosos capitalistas europeus e americanos a ‘deslocalizarem’ as suas fábricas e negócios para os países asiáticos que controlam e dominam. O que me espanta é a confiança que depositam em quem os atrai. Será que não perceberam o “barrete” que enfiam? Quando forem à procura do dinheiro, talvez recebam uma malga de arroz. A velha Rússia, renascida dos escombros do império soviético, segue-lhe o exemplo. Não faltam milionários russos a investir e comprar tudo o que por esta Europa fora é rentável, até no futebol. Sem esquecermos, é claro, as máfias que para cá foram e vão exportando…e transformaram a “cosa nostra” italiana num bando de anjinhos. Os árabes, detentores do petróleo que os americanos exploram, mantêm as mais violentas e despudoradas autocracias com total desprezo pelos mais elementares Direitos Humanos. Mas são aliados…enquanto quem os governa se portar dessa forma abjecta. Ou então, são invadidos, enforcados com transmissão televisiva universal, e deixados entretidos a assassinarem-se massiva e permanentemente em nome de facções religiosas, ou interpretações que cada uma faz das palavras do seu profeta. A Índia vende os cérebros à informática e espera que os americanos a ajudem a livrar-se do Paquistão, talibãs e congéneres. A África sem petróleo vai morrendo à fome, de doença, guerras tribais provocadas por quem interessa dizimar povos para ocupar terras férteis. E, a que o tem, lá o vai vendendo a quem mais garantias oferece para manter no poder cliques cleptomaníacas semelhantes às das arábias e, exactamente, com o mesmo desprezo pela miséria dos povos que governam. E a América latina e do Sul? Será que já conseguiu deixar de ser o quintal dos gringos? Pesem algumas tentativas e resistências, não me parece. Com o mal dos outros, podemos nós bem. Mas com o nosso? Será que não somos capazes de correr democraticamente do poder as criaturas que nos governam, alinham e defendem isto tudo? Não temos capacidade para derrubar o governo que defende o sistema responsável pelo que acontece em Portugal, e também no resto do mundo? Julgo que sim. Seremos capazes de o fazer, e não tarda muito.


À beira do Carnaval, esperamos todos que a folia programada nos distraia da realidade um tempinho mais, e tanto mais curto quanto os dias vão passando. Não sei se resolve alguma coisa. Aliás, acredito que não serve para mais nada do que adiar o inevitável. Isto é: a inevitável e trágica falência do sistema que ninguém se atreve a combater frontalmente, e destruir. Se observarmos os que se passa… vemos o quê? Todos os países, dos Estados Unidos à chamada União Europeia, injectando dinheiro dos contribuintes para salvarem fortunas de vigaristas, mafiosos e associações de criminosos – já globalizados através dos paraísos fiscais em que tal canalha foge aos impostos através da banca e da bolsa privada - com o beneplácito dos respectivos governos e chamados bancos centrais, autoridades de verificação e controlo, tribunais, etc. Para além disto – que respeita ao chamado ocidente capitalista – afinal o que se passa com a tal China “comunista”? Nada mais do que uma feroz ditadura de Estado, também tão capitalista e globalizada, que até invade e rebenta com as indústrias indígenas do tal ocidente, convidando os gananciosos capitalistas europeus e americanos a ‘deslocalizarem’ as suas fábricas e negócios para os países asiáticos que controlam e dominam. O que me espanta é a confiança que depositam em quem os atrai. Será que não perceberam o “barrete” que enfiam? Quando forem à procura do dinheiro, talvez recebam uma malga de arroz. A velha Rússia, renascida dos escombros do império soviético, segue-lhe o exemplo. Não faltam milionários russos a investir e comprar tudo o que por esta Europa fora é rentável, até no futebol. Sem esquecermos, é claro, as máfias que para cá foram e vão exportando…e transformaram a “cosa nostra” italiana num bando de anjinhos. Os árabes, detentores do petróleo que os americanos exploram, mantêm as mais violentas e despudoradas autocracias com total desprezo pelos mais elementares Direitos Humanos. Mas são aliados…enquanto quem os governa se portar dessa forma abjecta. Ou então, são invadidos, enforcados com transmissão televisiva universal, e deixados entretidos a assassinarem-se massiva e permanentemente em nome de facções religiosas, ou interpretações que cada uma faz das palavras do seu profeta. A Índia vende os cérebros à informática e espera que os americanos a ajudem a livrar-se do Paquistão, talibãs e congéneres. A África sem petróleo vai morrendo à fome, de doença, guerras tribais provocadas por quem interessa dizimar povos para ocupar terras férteis. E, a que o tem, lá o vai vendendo a quem mais garantias oferece para manter no poder cliques cleptomaníacas semelhantes às das arábias e, exactamente, com o mesmo desprezo pela miséria dos povos que governam. E a América latina e do Sul? Será que já conseguiu deixar de ser o quintal dos gringos? Pesem algumas tentativas e resistências, não me parece. Com o mal dos outros, podemos nós bem. Mas com o nosso? Será que não somos capazes de correr democraticamente do poder as criaturas que nos governam, alinham e defendem isto tudo? Não temos capacidade para derrubar o governo que defende o sistema responsável pelo que acontece em Portugal, e também no resto do mundo? Julgo que sim. Seremos capazes de o fazer, e não tarda muito.

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