O CACIMBO: Partiu Duarte Figueira

09-07-2009
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É com enorme pesar que vos reencaminho este e-mail em anexo, onde se dá conhecimento do falecimento do nosso sócio Duarte Figueira. Cordiais saudaçõesVasco Lourenço Cumpro o dever, particularmente ingrato pelas relações de amizade que nos uniam, de participar o falecimento do sócio nº 1 da AOFA COR ART (REF) João António Duarte Figueira.O corpo encontrar-se-á na Igreja Nova de Linda-a-Velha, a partir da tarde de hoje.Amanhã, pelas 15H00, terá lugar a missa de corpo presente, seguindo-se o funeral para o cemitério de Carnaxide.Os últimos meses do nosso camarada foram passados no meio de grande sofrimento, mas honrando até ao fim a única forma que ele conhecia de estar na vida: dando luta à doença impiedosa que o minava.Em 1992, com centenas de outros oficiais, protagonizou a oposição declarada a um projecto de lei iníquo, que o Governo de então designava eufemísticamente por “racionalização de efectivos”, mas que visava, apenas e tão-somente, retirar das Forças Armadas, sem um mínimo de dignidade, oficiais e sargentos considerados excessivos face à reestruturação então operada.O GEN Loureiro dos Santos, então CEME, demitiu-se inclusivamente das suas elevadas funções por discordar frontalmente do articulado originalmente proposto.O processo desencadeado pelos nossos camaradas – que, é bom lembrá-lo, enfrentavam um quadro muito mais restritivo sob o ponto de vista do exercício de direitos de cidadania - passou, inclusivamente, por um abaixo-assinado depositado nas mãos do então Presidente da República, Dr. Mário Soares.Por ser de justiça, devo recordar que o PR resistiu a todas as tentativas do Governo da época para que lhe fossem entregues as centenas de assinaturas constantes no abaixo-assinado.O que é certo é que a luta dos nossos camaradas valeu a pena e o diploma que foi publicado, a Lei nº 15/92, de 5 de Agosto, que ficou conhecida como “Lei dos Coronéis”, era consideravelmente melhor que o projecto inicial.Terminado o processo e por se terem apercebido que os oficiais tinham estado desamparados na defesa dos seus legítimos direitos e expectativas, doze camaradas, com o COR Figueira à cabeça, registaram notarialmente a AOFA em 12 de Outubro de 1992. Dos doze, quatro já desapareceram do nosso convívio.“Para que nunca mais nos suceda o mesmo!”, era o seu lema.De então para cá, o COR Figueira nunca deixou de estar ligado aos Órgãos Sociais da AOFA, de que foi Secretário-Geral, sendo agora membro do Conselho Deontológico.E, mais do que isso, sempre acompanhou com muito interesse todas as actividades e iniciativas que a AOFA promoveu, mesmo fragilizado pela doença que o vitimou.Em Junho deste ano, a AOFA prestou uma singela homenagem ao COR Duarte Figueira.No entanto, sei que a homenagem que melhor receberia seria a de ter a certeza de que a AOFA continuaria o caminho iniciado em 1992.Posso garantir que assim será!Tasso de FigueiredoCOR TPAA/Secretário da AOFA/Sócio nº F-0064


É com enorme pesar que vos reencaminho este e-mail em anexo, onde se dá conhecimento do falecimento do nosso sócio Duarte Figueira. Cordiais saudaçõesVasco Lourenço Cumpro o dever, particularmente ingrato pelas relações de amizade que nos uniam, de participar o falecimento do sócio nº 1 da AOFA COR ART (REF) João António Duarte Figueira.O corpo encontrar-se-á na Igreja Nova de Linda-a-Velha, a partir da tarde de hoje.Amanhã, pelas 15H00, terá lugar a missa de corpo presente, seguindo-se o funeral para o cemitério de Carnaxide.Os últimos meses do nosso camarada foram passados no meio de grande sofrimento, mas honrando até ao fim a única forma que ele conhecia de estar na vida: dando luta à doença impiedosa que o minava.Em 1992, com centenas de outros oficiais, protagonizou a oposição declarada a um projecto de lei iníquo, que o Governo de então designava eufemísticamente por “racionalização de efectivos”, mas que visava, apenas e tão-somente, retirar das Forças Armadas, sem um mínimo de dignidade, oficiais e sargentos considerados excessivos face à reestruturação então operada.O GEN Loureiro dos Santos, então CEME, demitiu-se inclusivamente das suas elevadas funções por discordar frontalmente do articulado originalmente proposto.O processo desencadeado pelos nossos camaradas – que, é bom lembrá-lo, enfrentavam um quadro muito mais restritivo sob o ponto de vista do exercício de direitos de cidadania - passou, inclusivamente, por um abaixo-assinado depositado nas mãos do então Presidente da República, Dr. Mário Soares.Por ser de justiça, devo recordar que o PR resistiu a todas as tentativas do Governo da época para que lhe fossem entregues as centenas de assinaturas constantes no abaixo-assinado.O que é certo é que a luta dos nossos camaradas valeu a pena e o diploma que foi publicado, a Lei nº 15/92, de 5 de Agosto, que ficou conhecida como “Lei dos Coronéis”, era consideravelmente melhor que o projecto inicial.Terminado o processo e por se terem apercebido que os oficiais tinham estado desamparados na defesa dos seus legítimos direitos e expectativas, doze camaradas, com o COR Figueira à cabeça, registaram notarialmente a AOFA em 12 de Outubro de 1992. Dos doze, quatro já desapareceram do nosso convívio.“Para que nunca mais nos suceda o mesmo!”, era o seu lema.De então para cá, o COR Figueira nunca deixou de estar ligado aos Órgãos Sociais da AOFA, de que foi Secretário-Geral, sendo agora membro do Conselho Deontológico.E, mais do que isso, sempre acompanhou com muito interesse todas as actividades e iniciativas que a AOFA promoveu, mesmo fragilizado pela doença que o vitimou.Em Junho deste ano, a AOFA prestou uma singela homenagem ao COR Duarte Figueira.No entanto, sei que a homenagem que melhor receberia seria a de ter a certeza de que a AOFA continuaria o caminho iniciado em 1992.Posso garantir que assim será!Tasso de FigueiredoCOR TPAA/Secretário da AOFA/Sócio nº F-0064

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