O CACIMBO: Ensino superior mais caro...

09-07-2009
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A Educação continua a ser identificada como um factor chave e inquestionável para o desenvolvimento. Mas não basta falar de educação, se não levarmos em linha de conta as condições de acesso ao ensino e as condições objectivas para estudar..É pública a situação de muitos estudantes do ensino superior que estão a viver imensas dificuldades para se manterem nos seus cursos, em muitos casos deslocados da sua residência. Parece evidente que as bolsas de estudo e o apoio social são manifestamente insuficientes..Uma tese de doutoramento vem agora afirmar que as famílias portuguesas são, ao nível europeu, das que mais gastam com o ensino - cerca de 11% do PIB per capita e as que menos apoios recebem, criando por isso uma situação desequilibrada no acesso ao ensino superior, o que conduz a uma "tendência elitista", segundo a sua autora..Criou-se a ideia de que em todos os países se paga propinas. Não corresponde à verdade. Não se paga propinas na Dinamarca, Grécia, França, Finlândia e Suécia. Na Alemanha, a questão é decidida pelos governos locais e a maioria esmagadora das faculdades continuam sem cobrar propinas.. No nosso país, pelo contrário, as propinas têm aumentado e praticamente todas as faculdades praticam o valor máximo, servindo de financiamento directo, ao contrário daquilo que sempre foi prometido - o dinheiro das propinas era para investir na qualidade do ensino. Resultado, propinas cada vez mais caras, cada vez menos investimento do Estado, menos apoio social..Solução do Governo: endividem-se e recorram aos empréstimos. Em tempo de crise social mais endividamento não é solução para quem quer continuar os estudos.E depois ainda há quem se admire de Portugal ser o país da Europa com os maiores níveis de desigualdade social.Helena Pintoin Esquerda.Net


A Educação continua a ser identificada como um factor chave e inquestionável para o desenvolvimento. Mas não basta falar de educação, se não levarmos em linha de conta as condições de acesso ao ensino e as condições objectivas para estudar..É pública a situação de muitos estudantes do ensino superior que estão a viver imensas dificuldades para se manterem nos seus cursos, em muitos casos deslocados da sua residência. Parece evidente que as bolsas de estudo e o apoio social são manifestamente insuficientes..Uma tese de doutoramento vem agora afirmar que as famílias portuguesas são, ao nível europeu, das que mais gastam com o ensino - cerca de 11% do PIB per capita e as que menos apoios recebem, criando por isso uma situação desequilibrada no acesso ao ensino superior, o que conduz a uma "tendência elitista", segundo a sua autora..Criou-se a ideia de que em todos os países se paga propinas. Não corresponde à verdade. Não se paga propinas na Dinamarca, Grécia, França, Finlândia e Suécia. Na Alemanha, a questão é decidida pelos governos locais e a maioria esmagadora das faculdades continuam sem cobrar propinas.. No nosso país, pelo contrário, as propinas têm aumentado e praticamente todas as faculdades praticam o valor máximo, servindo de financiamento directo, ao contrário daquilo que sempre foi prometido - o dinheiro das propinas era para investir na qualidade do ensino. Resultado, propinas cada vez mais caras, cada vez menos investimento do Estado, menos apoio social..Solução do Governo: endividem-se e recorram aos empréstimos. Em tempo de crise social mais endividamento não é solução para quem quer continuar os estudos.E depois ainda há quem se admire de Portugal ser o país da Europa com os maiores níveis de desigualdade social.Helena Pintoin Esquerda.Net

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