O CACIMBO: Política com aritmética...

08-07-2009
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De repente o cartão laranja a Sócrates, dado pelos eleitores que se deslocaram no passado dia 7 de Junho às urnas a pretexto das eleições europeias, voltou a colocar na agenda política a questão da governabilidade do País.Está tudo em aberto para as legislativas, mas dificilmente algum partido conseguirá maioria absoluta.É com base nesta premissa que voltam a colocar-se exercícios de aritmética política, que são sempre mais complicados à esquerda do PS do que à direita..É natural que a ala mais à esquerda do hemiciclo de S. Bento ganhe espaço na próxima legislatura, mas dificilmente PCP e Bloco aceitam viabilizar um Governo de Sócrates. O próximo Executivo vai ter de resolver a pesada herança da crise que obrigará os portugueses a mais sacrifícios, porque a situação financeira do Estado encontra-se à beira do abismo..Com o endividamento em 80% do PIB, um défice real na casa dos 6%, o próximo Governo vai ter de cortar despesas que inevitavelmente atingirão funcionários públicos e reformados.Tal como já aconteceu em Espanha, mais tarde ou mais cedo, haverá nova subida de impostos.O País, que viveu os últimos sete anos em tempo de vacas magras vai passar pelo tempo de vacas realmente esqueléticas, e isso torna ainda mais difícil entendimentos políticos de governabilidade com Bloco e PCP.Armando Esteves Pereirain CM


De repente o cartão laranja a Sócrates, dado pelos eleitores que se deslocaram no passado dia 7 de Junho às urnas a pretexto das eleições europeias, voltou a colocar na agenda política a questão da governabilidade do País.Está tudo em aberto para as legislativas, mas dificilmente algum partido conseguirá maioria absoluta.É com base nesta premissa que voltam a colocar-se exercícios de aritmética política, que são sempre mais complicados à esquerda do PS do que à direita..É natural que a ala mais à esquerda do hemiciclo de S. Bento ganhe espaço na próxima legislatura, mas dificilmente PCP e Bloco aceitam viabilizar um Governo de Sócrates. O próximo Executivo vai ter de resolver a pesada herança da crise que obrigará os portugueses a mais sacrifícios, porque a situação financeira do Estado encontra-se à beira do abismo..Com o endividamento em 80% do PIB, um défice real na casa dos 6%, o próximo Governo vai ter de cortar despesas que inevitavelmente atingirão funcionários públicos e reformados.Tal como já aconteceu em Espanha, mais tarde ou mais cedo, haverá nova subida de impostos.O País, que viveu os últimos sete anos em tempo de vacas magras vai passar pelo tempo de vacas realmente esqueléticas, e isso torna ainda mais difícil entendimentos políticos de governabilidade com Bloco e PCP.Armando Esteves Pereirain CM

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