O Banheirense

21-05-2009
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As políticas de combate ao abandono escolar não estão a funcionar. Em 2006, Portugal não só não conseguiu reduzir essa estatística negra do sistema de ensino, como assistiu mesmo ao seu agravamento: a percentagem de jovens que saíram precocemente da escola e cujo nível de estudos não ultrapassa o 9º ano de escolaridade subiu de 38,6%, em 2005, para 39,2%.Portugal não é um país no qual à educação seja dado um papel fundamental. Nunca o foi num passado mais longínquo, muito menos noutro não tão distante como isso, nem tem sido nas últimas décadas, apesar das evidentes melhorias. Por isso estes números não admiram ninguém. Portugal continua a ser o país da educação para os mais ricos e os restos para os mais pobres. A moda dos condomínios fechados e colégios particulares não é uma causa, é um sintoma de um país dividido entre ricos e pobres, e com este fosso a alargar-se a cada ano que passa.Metade dos agregados (familiares), o que se pode traduzir em mais de quatro milhões de portugueses, não paga IRS porque não recebe o suficiente para isso. Somos, portanto, um país pobre e de pobres, já que temos dez milhões de habitantes, dos quais dois milhões de jovens que ainda não estão em idade contributiva e mais quatro milhões que ganham abaixo do mínimo. Destes quatro milhões, dois milhões vivem no limiar da pobreza.Etiquetas: leituras, reflexões

As políticas de combate ao abandono escolar não estão a funcionar. Em 2006, Portugal não só não conseguiu reduzir essa estatística negra do sistema de ensino, como assistiu mesmo ao seu agravamento: a percentagem de jovens que saíram precocemente da escola e cujo nível de estudos não ultrapassa o 9º ano de escolaridade subiu de 38,6%, em 2005, para 39,2%.Portugal não é um país no qual à educação seja dado um papel fundamental. Nunca o foi num passado mais longínquo, muito menos noutro não tão distante como isso, nem tem sido nas últimas décadas, apesar das evidentes melhorias. Por isso estes números não admiram ninguém. Portugal continua a ser o país da educação para os mais ricos e os restos para os mais pobres. A moda dos condomínios fechados e colégios particulares não é uma causa, é um sintoma de um país dividido entre ricos e pobres, e com este fosso a alargar-se a cada ano que passa.Metade dos agregados (familiares), o que se pode traduzir em mais de quatro milhões de portugueses, não paga IRS porque não recebe o suficiente para isso. Somos, portanto, um país pobre e de pobres, já que temos dez milhões de habitantes, dos quais dois milhões de jovens que ainda não estão em idade contributiva e mais quatro milhões que ganham abaixo do mínimo. Destes quatro milhões, dois milhões vivem no limiar da pobreza.Etiquetas: leituras, reflexões

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