O Telescópio: Homem com H grande II

28-06-2009
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António Chora é muita coisa. É candidato pelo BE a um qualquer cargo no concelho da Moita (vou saber qual é e depois digo, tenho-o num cartaz aqui à saída da rua), é presidente do Conselho de Trabalhadores da Auto Europa e é o homem de quem fala André Macedo no seu último contributo para a Sociedade Aberta do DE.Ao contrário de muitas comissões, sindicatos e afins, António Chora não precisa que lhe limpem as lágrimas, nem tem lágrimas de crocodilo, nem muda de pele consoante o interlocutor. Quando António Chora fala, percebemos todos o que ele quer dizer. Ele sabe bem o que pretende e põe isso logo em cima da mesa, sem ultrapassagens pela direita, sem cartas na manga, sem jogos de cintura. Não é por trabalhar na Volkswagen, mas ele fala como um verdadeiro alemão, não precisa de legendagem.António Chora tem revelado, nos últimos tempos, esta fibra. Quando fala dos salários dos trabalhadores, ele não se esquece que as melhores intenções dependem, em última análise, “da resposta do mercado”. É verdade: temos em Portugal um sindicalista que fala do mercado sem diabolizar a palavra ou espumar de raiva. Sem compradores não vale a pena construir carros, sem clientes vai tudo para o desemprego. É simples, é verdade.Fossem todos os sindicalistas como António Chora e o país andaria muito melhor. Fosse António Chora como todos os outros e já não havia Auto Europa em Palmela. Tiago Alves


António Chora é muita coisa. É candidato pelo BE a um qualquer cargo no concelho da Moita (vou saber qual é e depois digo, tenho-o num cartaz aqui à saída da rua), é presidente do Conselho de Trabalhadores da Auto Europa e é o homem de quem fala André Macedo no seu último contributo para a Sociedade Aberta do DE.Ao contrário de muitas comissões, sindicatos e afins, António Chora não precisa que lhe limpem as lágrimas, nem tem lágrimas de crocodilo, nem muda de pele consoante o interlocutor. Quando António Chora fala, percebemos todos o que ele quer dizer. Ele sabe bem o que pretende e põe isso logo em cima da mesa, sem ultrapassagens pela direita, sem cartas na manga, sem jogos de cintura. Não é por trabalhar na Volkswagen, mas ele fala como um verdadeiro alemão, não precisa de legendagem.António Chora tem revelado, nos últimos tempos, esta fibra. Quando fala dos salários dos trabalhadores, ele não se esquece que as melhores intenções dependem, em última análise, “da resposta do mercado”. É verdade: temos em Portugal um sindicalista que fala do mercado sem diabolizar a palavra ou espumar de raiva. Sem compradores não vale a pena construir carros, sem clientes vai tudo para o desemprego. É simples, é verdade.Fossem todos os sindicalistas como António Chora e o país andaria muito melhor. Fosse António Chora como todos os outros e já não havia Auto Europa em Palmela. Tiago Alves

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