Os deputados guineenses manifestaram hoje indignação com a decisão de Portugal manter o seu cônsul na Guiné-Bissau, afirmando que o Governo guineense recuou..Se o governo português diz que não vai substituir o cônsul de Portugal à frente do consulado em Bissau "é porque o governo (guineense) recuou", afirmou o deputado Biaia Na Pana, do Partido de Renovação Social (PRS).Para Biaia Na Bana, o recuo é "mais um sinal de fraqueza" das autoridades guineenses.A reacção dos parlamentares surge depois de o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, ter afirmado em declarações à imprensa, na presença do seu homólogo guineense, Roberto Cacheu, que Lisboa não vai substituir o cônsul português.Inácio Correia da Silva, deputado do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), afirmou, por seu lado, que o Governo português devia aceitar as reclamações dos deputados guineenses.Segundo o deputado do PAIGC, o Governo português devia reconsiderar a sua posição e aceitar substituir o cônsul de Portugal à frente do consulado em Bissau.Um dos principais críticos e defensor da ideia da substituição do cônsul de Portugal, o deputado Fernando Gomes, prometeu mesmo uma "acção de rua" encabeçada pelos parlamentares para protestar contra a decisão das autoridades de Lisboa."Vamos organizar várias diligências, entre as quais, acções de rua para pedir a substituição do cônsul", em Bissau, disse Fernando Gomes, fundador e antigo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos.Os deputados guineenses pediram em meados de Março no parlamento à ministra dos Negócios Estrangeiros do país, Maria da Conceição Nobre Cabral, a substituição do cônsul de Portugal, por não gostarem da forma como são tratados quando tentam obter um visto.A governante anunciou, por seu lado, a 06 de Março no Parlamento que, devido a "tratamento indigno" dado a cidadãos guineenses, ia pedir a substituição do cônsul português, Eduardo Rafael, que, até ao momento, ainda não se pronunciou sobre este caso.No entanto, nenhum pedido chegou a dar entrada em Lisboa, segundo fonte do Governo português, e, durante uma visita iniciada esta semana a Bissau, o secretário de Estado das Comunidades disse que ia manter Eduardo Rafael no seu posto e anunciou um memorando de entendimento entre os dois países para facilitar a circulação de diplomatas..LUSA
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Os deputados guineenses manifestaram hoje indignação com a decisão de Portugal manter o seu cônsul na Guiné-Bissau, afirmando que o Governo guineense recuou..Se o governo português diz que não vai substituir o cônsul de Portugal à frente do consulado em Bissau "é porque o governo (guineense) recuou", afirmou o deputado Biaia Na Pana, do Partido de Renovação Social (PRS).Para Biaia Na Bana, o recuo é "mais um sinal de fraqueza" das autoridades guineenses.A reacção dos parlamentares surge depois de o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, ter afirmado em declarações à imprensa, na presença do seu homólogo guineense, Roberto Cacheu, que Lisboa não vai substituir o cônsul português.Inácio Correia da Silva, deputado do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), afirmou, por seu lado, que o Governo português devia aceitar as reclamações dos deputados guineenses.Segundo o deputado do PAIGC, o Governo português devia reconsiderar a sua posição e aceitar substituir o cônsul de Portugal à frente do consulado em Bissau.Um dos principais críticos e defensor da ideia da substituição do cônsul de Portugal, o deputado Fernando Gomes, prometeu mesmo uma "acção de rua" encabeçada pelos parlamentares para protestar contra a decisão das autoridades de Lisboa."Vamos organizar várias diligências, entre as quais, acções de rua para pedir a substituição do cônsul", em Bissau, disse Fernando Gomes, fundador e antigo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos.Os deputados guineenses pediram em meados de Março no parlamento à ministra dos Negócios Estrangeiros do país, Maria da Conceição Nobre Cabral, a substituição do cônsul de Portugal, por não gostarem da forma como são tratados quando tentam obter um visto.A governante anunciou, por seu lado, a 06 de Março no Parlamento que, devido a "tratamento indigno" dado a cidadãos guineenses, ia pedir a substituição do cônsul português, Eduardo Rafael, que, até ao momento, ainda não se pronunciou sobre este caso.No entanto, nenhum pedido chegou a dar entrada em Lisboa, segundo fonte do Governo português, e, durante uma visita iniciada esta semana a Bissau, o secretário de Estado das Comunidades disse que ia manter Eduardo Rafael no seu posto e anunciou um memorando de entendimento entre os dois países para facilitar a circulação de diplomatas..LUSA