Notas Formais: O grande poema do 10 de Junho. De António Braga

04-07-2009
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Grande poema, a Mensagem de António Braga. Falta a rima, mas em verso compreende-se melhor. O texto está na íntegra e o ideal seria ser musicado por António Vitorino de Almeida.Arquive-se.Canto único1As celebrações do Dia de Portugal, ao assinalaremno plano do simbólico a natureza e o grau de compromissoentre todos os portugueses, vincando a ideia de pertençae projecto colectivo, permitem igualmente a partilhade uma visão quanto à realização do programado governo que concorre para a valorizaçãoe respectivo reconhecimento das comunidadesportuguesas e dos luso-descendentes,2no âmbito de uma acção eminentementereformista que visa construir as condiçõespara o progresso e para o desenvolvimento.As circunstâncias do tempo presente, os complexosdesafios que cada país vai enfrentando,constituem razão importante para uma maiore mais atenta participação cívica de todos.Em Portugal e no estrangeiro. E, valha a verdade,3há cada vez mais portugueses a envolverem-sesocial e politicamente nos destinos dos paísesde acolhimento, dando dessa forma maiorvisibilidade às respectivas comunidadese valorizando o exercício da sua cidadania.Desde sempre muito bem integrados, alvosde publicas referências ao seu civismo, seriedade,dinamismo e capacidade criativa, faltava4essa maior e mais responsabilizante participaçãodas comunidades, individual e colectivamente.É um processo geracional, certamente,mas que, em crescendo, favorece a afirmaçãode uma cultura democrática, tão importantecomo resguardo fundamental de direitosessenciais na era da globalização. O movimentoassociativo é outra vertente de realização5cívica, embora na sua face mais intimista,cujo dinamismo poderá revigorar-se,oportunamente, adequando-se as organizaçõesàs novas circunstâncias que interpelama natureza fragmentária do seu actual modelo.Há exemplos de bem sucedidas aglutinaçõesque, por si, potenciam as capacidades e envolvemmelhor a comunidade, pela conjugação6das virtudes do movimento associativo que tendema unir e juntar meios para melhor intervir.Paralelamente, assiste-se a uma crescenteimportância da língua portuguesa em todoo Mundo, enquanto instrumento de trabalho,quer no campo laboral, quer como marcacivilizacional em Organizações e Fórunsinternacionais. Há hoje perto de 2207milhões de cidadãos a falar português,nos lugares mais díspares e distantes,cuja relevância é cada vez mais reconhecidapelas potências económicas, em que o critério,insuspeito, é o da necessidade, na relaçãoe na aproximação a continentes onde o portuguêsé língua oficial. Acresce que são paísese continentes com possibilidades8de progressão e afirmação ainda embrionárias,o que permite reforçar a ideia de futuropara o falar português. Para além da riquezacultural daí resultante, nascem oportunidadese mais desafios para motivar os jovensna aprendizagem da língua portuguesa.Por outro lado, o mundo empresarialconstituído pelos portugueses espalhados9pelo mundo é um outro valor cuja energiapode ser canalizada, em parcerias,para afirmação e internacionalizaçãoda economia portuguesa. O ponto de partidaserá realizado através de um programa,o Netinvest, cujo objectivo consisteem promover a aproximação do paísa esses empresários, de modo a favorecer10o seu relacionamento estreito, fomentandoas exportações nacionais e proporcionandooportunidades de investimentos em Portugal.O país tem esse dever de proporcionaras condições de confiança ao investimento,quer em parcerias, quer em projectos autónomosem Portugal. Acresce o facto de nas comunidadeshaver inúmeros casos de sucessos empresarias,11quase todos desconhecidos dos congéneresportugueses, mas cuja importância temo reconhecimento dos mercados internacionais.Vivem-se, pois, tempos novos em matériade Comunidades e da sua afirmação positiva.Mas ninguém vive sem memórias e, por isso,em Outubro, durante a presidência portuguesada União Europeia, tendo em vista a criação12do Museu das Comunidades Portuguesas,levar-se-á a efeito uma Exposição, em Lisboa,sobre a Memória da Emigração, que visadar a conhecer o espólio das ComunidadesPortuguesas no último século e contarácom a colaboração da Presidência da República.Nesta exposição haverá uma componenteligada às novas tecnologias, nomeadamente13através do acesso a plataformas electrónicasque promovam a cultura portuguesa no estrangeiroe o acesso a procedimentos a distânciano âmbito do Consulado Virtual. É, pois,nesta visão reformista, pela afirmaçãode Portugal, dentro e fora do seu espaçogeográfico, que se insere a reestruturaçãoda rede consular, adaptando-a a uma concepção14moderna e a um rumo mais ajustadoà nossa realidade, mas também às nossas ambições,substituindo a burocracia pela agilidadee garantia de serviços mais qualificados,protegendo direitos na relaçãocom a administração pública.As necessidades de proximidade física,sobretudo na Europa, estão felizmente15muito mitigadas pelos direitos decorrentesda cidadania europeia mas também pelos novosmeios disponibilizados para aceder aos diferentesserviços. Desde o primeiro estudorealizado que houve a preocupação em garantiras condições para o melhor apoio e serviço,redimensionando a rede consular à luzdas novas condições e realidades em presença16Haverá melhor serviço e mais qualificado apoioconsular depois de concluída a reformano final do corrente ano. Se Camões pode inspiraros nossos dias, nas actuais circunstânciascomplexas, construção será a palavraadequada para o devir colectivo, tal comoa sua poesia o foi para a Pátria. Uma das maioresgrandezas das Descobertas por ele cantadas,17mesmo a navegar contra os ventos, foia construção de um mundo novo. Essaé a responsabilidade que passa de geraçãoem geração e que os portugueses residentesno estrangeiro conhecem melhor que ninguém.(…)(…)(…)Fim


Grande poema, a Mensagem de António Braga. Falta a rima, mas em verso compreende-se melhor. O texto está na íntegra e o ideal seria ser musicado por António Vitorino de Almeida.Arquive-se.Canto único1As celebrações do Dia de Portugal, ao assinalaremno plano do simbólico a natureza e o grau de compromissoentre todos os portugueses, vincando a ideia de pertençae projecto colectivo, permitem igualmente a partilhade uma visão quanto à realização do programado governo que concorre para a valorizaçãoe respectivo reconhecimento das comunidadesportuguesas e dos luso-descendentes,2no âmbito de uma acção eminentementereformista que visa construir as condiçõespara o progresso e para o desenvolvimento.As circunstâncias do tempo presente, os complexosdesafios que cada país vai enfrentando,constituem razão importante para uma maiore mais atenta participação cívica de todos.Em Portugal e no estrangeiro. E, valha a verdade,3há cada vez mais portugueses a envolverem-sesocial e politicamente nos destinos dos paísesde acolhimento, dando dessa forma maiorvisibilidade às respectivas comunidadese valorizando o exercício da sua cidadania.Desde sempre muito bem integrados, alvosde publicas referências ao seu civismo, seriedade,dinamismo e capacidade criativa, faltava4essa maior e mais responsabilizante participaçãodas comunidades, individual e colectivamente.É um processo geracional, certamente,mas que, em crescendo, favorece a afirmaçãode uma cultura democrática, tão importantecomo resguardo fundamental de direitosessenciais na era da globalização. O movimentoassociativo é outra vertente de realização5cívica, embora na sua face mais intimista,cujo dinamismo poderá revigorar-se,oportunamente, adequando-se as organizaçõesàs novas circunstâncias que interpelama natureza fragmentária do seu actual modelo.Há exemplos de bem sucedidas aglutinaçõesque, por si, potenciam as capacidades e envolvemmelhor a comunidade, pela conjugação6das virtudes do movimento associativo que tendema unir e juntar meios para melhor intervir.Paralelamente, assiste-se a uma crescenteimportância da língua portuguesa em todoo Mundo, enquanto instrumento de trabalho,quer no campo laboral, quer como marcacivilizacional em Organizações e Fórunsinternacionais. Há hoje perto de 2207milhões de cidadãos a falar português,nos lugares mais díspares e distantes,cuja relevância é cada vez mais reconhecidapelas potências económicas, em que o critério,insuspeito, é o da necessidade, na relaçãoe na aproximação a continentes onde o portuguêsé língua oficial. Acresce que são paísese continentes com possibilidades8de progressão e afirmação ainda embrionárias,o que permite reforçar a ideia de futuropara o falar português. Para além da riquezacultural daí resultante, nascem oportunidadese mais desafios para motivar os jovensna aprendizagem da língua portuguesa.Por outro lado, o mundo empresarialconstituído pelos portugueses espalhados9pelo mundo é um outro valor cuja energiapode ser canalizada, em parcerias,para afirmação e internacionalizaçãoda economia portuguesa. O ponto de partidaserá realizado através de um programa,o Netinvest, cujo objectivo consisteem promover a aproximação do paísa esses empresários, de modo a favorecer10o seu relacionamento estreito, fomentandoas exportações nacionais e proporcionandooportunidades de investimentos em Portugal.O país tem esse dever de proporcionaras condições de confiança ao investimento,quer em parcerias, quer em projectos autónomosem Portugal. Acresce o facto de nas comunidadeshaver inúmeros casos de sucessos empresarias,11quase todos desconhecidos dos congéneresportugueses, mas cuja importância temo reconhecimento dos mercados internacionais.Vivem-se, pois, tempos novos em matériade Comunidades e da sua afirmação positiva.Mas ninguém vive sem memórias e, por isso,em Outubro, durante a presidência portuguesada União Europeia, tendo em vista a criação12do Museu das Comunidades Portuguesas,levar-se-á a efeito uma Exposição, em Lisboa,sobre a Memória da Emigração, que visadar a conhecer o espólio das ComunidadesPortuguesas no último século e contarácom a colaboração da Presidência da República.Nesta exposição haverá uma componenteligada às novas tecnologias, nomeadamente13através do acesso a plataformas electrónicasque promovam a cultura portuguesa no estrangeiroe o acesso a procedimentos a distânciano âmbito do Consulado Virtual. É, pois,nesta visão reformista, pela afirmaçãode Portugal, dentro e fora do seu espaçogeográfico, que se insere a reestruturaçãoda rede consular, adaptando-a a uma concepção14moderna e a um rumo mais ajustadoà nossa realidade, mas também às nossas ambições,substituindo a burocracia pela agilidadee garantia de serviços mais qualificados,protegendo direitos na relaçãocom a administração pública.As necessidades de proximidade física,sobretudo na Europa, estão felizmente15muito mitigadas pelos direitos decorrentesda cidadania europeia mas também pelos novosmeios disponibilizados para aceder aos diferentesserviços. Desde o primeiro estudorealizado que houve a preocupação em garantiras condições para o melhor apoio e serviço,redimensionando a rede consular à luzdas novas condições e realidades em presença16Haverá melhor serviço e mais qualificado apoioconsular depois de concluída a reformano final do corrente ano. Se Camões pode inspiraros nossos dias, nas actuais circunstânciascomplexas, construção será a palavraadequada para o devir colectivo, tal comoa sua poesia o foi para a Pátria. Uma das maioresgrandezas das Descobertas por ele cantadas,17mesmo a navegar contra os ventos, foia construção de um mundo novo. Essaé a responsabilidade que passa de geraçãoem geração e que os portugueses residentesno estrangeiro conhecem melhor que ninguém.(…)(…)(…)Fim

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