Comunidades apelam a intervenção de Cavaco

01-03-2008
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Consulados

Comunidades apelam a intervenção de Cavaco

Dirigentes do Conselho das Comunidades Portuguesas exasperados com lentidão da análise do dossiê e falta de decisão do Governo Alterar tamanho Cavaco assinala o primeiro ano como PR no Luxemburgo. A emigração é, de resto, um dossiê que o Presidente tem acompanhado atentamente FOTO RUI OCHÔA

O presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) ainda acredita num recuo governamental no dossiê da reestruturação consular. À saída de uma audiência em Belém, quinta-feira, Carlos Pereira frisou o facto de Cavaco Silva ser “um interlocutor que conhece as questões e compreende muitas das preocupações” das comunidades emigrantes, mostrando plena confiança na capacidade de intervenção do Presidente da República junto do Executivo de Sócrates. O presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) ainda acredita num recuo governamental no dossiê da reestruturação consular. À saída de uma audiência em Belém, quinta-feira, Carlos Pereira frisou o facto de Cavaco Silva ser “um interlocutor que conhece as questões e compreende muitas das preocupações” das comunidades emigrantes, mostrando plena confiança na capacidade de intervenção do Presidente da República junto do Executivo de Sócrates. Os 15 membros do Conselho Permanente do CCP - que esta semana esteve reunido na Assembleia da República - esperam que Cavaco consiga convencer o Governo a alterar a proposta que prevê o encerramento de 17 consulados. A este respeito, fonte de Belém declarou ao Expresso que “o PR guarda reserva das conversas que mantém com o Governo, mas tal não significa que não acompanhe os assuntos ou não tenha uma opinião”. O projecto governamental encontrou forte contestação em França (onde poderão fechar seis postos) e nos EUA. Ainda esta semana o ministro francês dos Negócios Estrangeiros declarou esperar que o seu homólogo português garanta que os consulados portugueses em França “continuem bem organizados”. Outros ministros e autarcas daquele país têm-se manifestado contra o encerramento dos consulados, tendo os candidatos presidenciais Nicolas Sarkozy e Ségolène Royal tomado a iniciativa de escrever a José Sócrates. O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, também já criticou os ‘cortes’ anunciados pelo Governo português. Ao encontro com Cavaco, considerado muito positivo pelos dirigentes do CCP, seguiu-se uma reunião com o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, que parece ter desiludido os conselheiros por não adiantar nada sobre a decisão final do Governo. Contrariando os pedidos de “clarificação” sobre a matéria, Braga limitou-se a informar que o Executivo está a analisar os contributos pedidos a parceiros, avançando que a posição definitiva será conhecida “em breve”. Se o impasse se mantiver, os emigrantes em França voltarão à rua no próximo dia 18 de Março. O órgão máximo do Conselho das Comunidades debateu no Parlamento temas como a supressão do porte pago para as publicações regionais enviadas para o estrangeiro, a contagem do tempo de tropa para ex-militares emigrantes, o novo Cartão do Cidadão e a não participação dos emigrantes no último referendo.

Fernando Diogo e Isabel Oliveira

PR comemora 1.º aniversário Cavaco Silva assinalou, ontem, o primeiro ano de mandato com uma visita à comunidade portuguesa no Luxemburgo, que representa cerca de 16% da população do Grão-Ducado. Embora se trate do cumprimento de uma promessa eleitoral, a deslocação do Presidente da República ganhou significado político, dado que ocorre no pico da contestação dos emigrantes portugueses em França à nova rede consular proposta pelo Governo. Antes de partir para o Luxemburgo, Cavaco recebeu pela segunda vez o Conselho das Comunidades Portuguesas e o agravamento dos protestos devido ao anunciado encerramento de alguns consulados terá sido um dos temas de conversa. De Belém o Expresso recolheu a informação de que o Presidente está apenas a cumprir promessas feitas aos emigrantes, durante uma acção de campanha eleitoral realizada no Brasil. Na altura, o candidato comprometeu-se, caso fosse eleito, a criar em Belém uma assessoria dedicada aos emigrantes e a visitar anualmente um país com forte presença portuguesa. Após a vitória eleitoral, Cavaco entregou a José Luís Fernandes a assessoria da emigração, encarregada de preparar esta viagem de nove horas ao Luxemburgo. Durante a sua permanência, o Presidente da República visitou a Escola Primária D’Eich, na companhia do ministro da Educação e do presidente da Câmara do Luxemburgo, e inaugurou uma exposição na Mediateca da Caixa Geral de Depósitos, reservando para o fim da tarde os contactos com representantes e com jovens quadros médios e superiores da comunidade portuguesa no país.

F.D.

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Comunidades apelam a intervenção de Cavaco

Dirigentes do Conselho das Comunidades Portuguesas exasperados com lentidão da análise do dossiê e falta de decisão do Governo Alterar tamanho Cavaco assinala o primeiro ano como PR no Luxemburgo. A emigração é, de resto, um dossiê que o Presidente tem acompanhado atentamente FOTO RUI OCHÔA

O presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) ainda acredita num recuo governamental no dossiê da reestruturação consular. À saída de uma audiência em Belém, quinta-feira, Carlos Pereira frisou o facto de Cavaco Silva ser “um interlocutor que conhece as questões e compreende muitas das preocupações” das comunidades emigrantes, mostrando plena confiança na capacidade de intervenção do Presidente da República junto do Executivo de Sócrates. O presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) ainda acredita num recuo governamental no dossiê da reestruturação consular. À saída de uma audiência em Belém, quinta-feira, Carlos Pereira frisou o facto de Cavaco Silva ser “um interlocutor que conhece as questões e compreende muitas das preocupações” das comunidades emigrantes, mostrando plena confiança na capacidade de intervenção do Presidente da República junto do Executivo de Sócrates. Os 15 membros do Conselho Permanente do CCP - que esta semana esteve reunido na Assembleia da República - esperam que Cavaco consiga convencer o Governo a alterar a proposta que prevê o encerramento de 17 consulados. A este respeito, fonte de Belém declarou ao Expresso que “o PR guarda reserva das conversas que mantém com o Governo, mas tal não significa que não acompanhe os assuntos ou não tenha uma opinião”. O projecto governamental encontrou forte contestação em França (onde poderão fechar seis postos) e nos EUA. Ainda esta semana o ministro francês dos Negócios Estrangeiros declarou esperar que o seu homólogo português garanta que os consulados portugueses em França “continuem bem organizados”. Outros ministros e autarcas daquele país têm-se manifestado contra o encerramento dos consulados, tendo os candidatos presidenciais Nicolas Sarkozy e Ségolène Royal tomado a iniciativa de escrever a José Sócrates. O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, também já criticou os ‘cortes’ anunciados pelo Governo português. Ao encontro com Cavaco, considerado muito positivo pelos dirigentes do CCP, seguiu-se uma reunião com o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, que parece ter desiludido os conselheiros por não adiantar nada sobre a decisão final do Governo. Contrariando os pedidos de “clarificação” sobre a matéria, Braga limitou-se a informar que o Executivo está a analisar os contributos pedidos a parceiros, avançando que a posição definitiva será conhecida “em breve”. Se o impasse se mantiver, os emigrantes em França voltarão à rua no próximo dia 18 de Março. O órgão máximo do Conselho das Comunidades debateu no Parlamento temas como a supressão do porte pago para as publicações regionais enviadas para o estrangeiro, a contagem do tempo de tropa para ex-militares emigrantes, o novo Cartão do Cidadão e a não participação dos emigrantes no último referendo.

Fernando Diogo e Isabel Oliveira

PR comemora 1.º aniversário Cavaco Silva assinalou, ontem, o primeiro ano de mandato com uma visita à comunidade portuguesa no Luxemburgo, que representa cerca de 16% da população do Grão-Ducado. Embora se trate do cumprimento de uma promessa eleitoral, a deslocação do Presidente da República ganhou significado político, dado que ocorre no pico da contestação dos emigrantes portugueses em França à nova rede consular proposta pelo Governo. Antes de partir para o Luxemburgo, Cavaco recebeu pela segunda vez o Conselho das Comunidades Portuguesas e o agravamento dos protestos devido ao anunciado encerramento de alguns consulados terá sido um dos temas de conversa. De Belém o Expresso recolheu a informação de que o Presidente está apenas a cumprir promessas feitas aos emigrantes, durante uma acção de campanha eleitoral realizada no Brasil. Na altura, o candidato comprometeu-se, caso fosse eleito, a criar em Belém uma assessoria dedicada aos emigrantes e a visitar anualmente um país com forte presença portuguesa. Após a vitória eleitoral, Cavaco entregou a José Luís Fernandes a assessoria da emigração, encarregada de preparar esta viagem de nove horas ao Luxemburgo. Durante a sua permanência, o Presidente da República visitou a Escola Primária D’Eich, na companhia do ministro da Educação e do presidente da Câmara do Luxemburgo, e inaugurou uma exposição na Mediateca da Caixa Geral de Depósitos, reservando para o fim da tarde os contactos com representantes e com jovens quadros médios e superiores da comunidade portuguesa no país.

F.D.

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