Braga 2009: O A, B, C(IM) da Mudança

04-10-2009
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Sexta-feira à noite, Parque de Exposições de Braga.O segundo ponto da agenda da Assembleia Municipal de Braga (AMB) remetia para a Eleição dos representantes da AMB na Assembleia Intermunicipal da CIM do Cávado. Braga tem direito a 9 eleitos. A ausência de consenso entre os Partidos leva à apresentação de quatro listas: uma do PS (A), uma da Coligação "Juntos por Braga" (B), uma da CDU (C) e uma do Bloco de Esquerda (D).Se todos os Deputados Municipais votassem nos seus próprios Partidos (os Presidentes de Junta não tinham direito a voto), a repartição dos 9 eleitos daria origem a 4 eleitos PS, 4 eleitos da Coligação e um da CDU.Apesar de o órgão em causa ter um cariz algo simbólico, os líderes das forças políticas em contenda esforçaram-se por apresentar a "equipa na máxima força": acautelaram-se as substituições regimentais para minorar as ausências decorrentes da quadra festiva e controlaram-se as presenças na sala.Em particular, João Granja e Vítor Sousa (agora com o mandato suspenso por força das funções que exerce nos TUB) esforçavam-se por garantir a afluência máxima. À entrada para o período da ordem do dia, o saldo é quase perfeito: o PS reúne os seus 27 Deputados Municipais. À Coligação, falta um Deputado do PP (ficando com 25). A CDU (6) e o Bloco (4) também fazem o pleno. Vítor Sousa respira de alívio e relaxa ao fundo da sala.Inicia-se a votação, com os Deputados a serem chamados, por Grupo, nominalmente. Falta Nuno Araújo (PS), o que suscita uma forte agitação na bancada e Vereação socialista. "Está lá fora, está lá fora", grita alguém que se apresta a ir buscá-lo."Teremos empate?", assistimos nós divertidos na bancada da Vereação.A lista chega ao fim. António Braga pergunta uma última vez: "Está algum Deputado na sala que ainda não tenha votado?"Nuno Araújo (ex-líder da JS), desce finalmente as escadas do auditório do PEB em passo apressado. Chegado ao palco é-lhe entregue o Boletim de Voto onde ele rabisca a letra "A" sob o escrutínio atento de vários Deputados da bancada socialista. Do palco, Mesquita Machado ainda dispara aborrecido com o suspense: "Sabe o que é que está a fazer?"A Assembleia prossegue enquanto que Luís Coelho (PSD) e Jorge Faria (PS) fazem a contagem dos 62 votos expressos. Uma vez concluída, Coelho sorri e faz sinal: "Ganhámos!"Mesquita Machado acompanha o processo à distância mas apercebe-se do resultado e deita as mãos à cabeça. O burborinho estende-se de bancada a bancada. António Braga anuncia os resultados: Lista A, 25 votos (menos 2 que os Deputados do PS presentes); Lista B, 26 votos (mais um que os Deputados da Coligação), Listas C (6) e D (4), 1 Branco. A distribuição de eleitos faz-se de acordo com o previsto 4-4-1, mas o resultado é um vexame para o PS, que pela primeira vez perde uma votação na Assembleia Municipal.O Diário do Minho de hoje pergunta: "Há um Manuel Alegre em Braga?", mas na verdade até são (foram) dois. Marcelino Pires desvaloriza, o incidente e os Deputados da bancada que lidera, dizendo que é fácil confundir um "A" com um "B". Mesquita Machado talvez pensasse o mesmo. Pelo menos poderá ter sido essa a motivação com que recontou pessoalmente os boletins de voto por duas vezes no decurso da Assembleia. Ou talvez procurasse reconhecer a caligrafia do "B" traidor, já que o voto em branco não deixara rasto...


Sexta-feira à noite, Parque de Exposições de Braga.O segundo ponto da agenda da Assembleia Municipal de Braga (AMB) remetia para a Eleição dos representantes da AMB na Assembleia Intermunicipal da CIM do Cávado. Braga tem direito a 9 eleitos. A ausência de consenso entre os Partidos leva à apresentação de quatro listas: uma do PS (A), uma da Coligação "Juntos por Braga" (B), uma da CDU (C) e uma do Bloco de Esquerda (D).Se todos os Deputados Municipais votassem nos seus próprios Partidos (os Presidentes de Junta não tinham direito a voto), a repartição dos 9 eleitos daria origem a 4 eleitos PS, 4 eleitos da Coligação e um da CDU.Apesar de o órgão em causa ter um cariz algo simbólico, os líderes das forças políticas em contenda esforçaram-se por apresentar a "equipa na máxima força": acautelaram-se as substituições regimentais para minorar as ausências decorrentes da quadra festiva e controlaram-se as presenças na sala.Em particular, João Granja e Vítor Sousa (agora com o mandato suspenso por força das funções que exerce nos TUB) esforçavam-se por garantir a afluência máxima. À entrada para o período da ordem do dia, o saldo é quase perfeito: o PS reúne os seus 27 Deputados Municipais. À Coligação, falta um Deputado do PP (ficando com 25). A CDU (6) e o Bloco (4) também fazem o pleno. Vítor Sousa respira de alívio e relaxa ao fundo da sala.Inicia-se a votação, com os Deputados a serem chamados, por Grupo, nominalmente. Falta Nuno Araújo (PS), o que suscita uma forte agitação na bancada e Vereação socialista. "Está lá fora, está lá fora", grita alguém que se apresta a ir buscá-lo."Teremos empate?", assistimos nós divertidos na bancada da Vereação.A lista chega ao fim. António Braga pergunta uma última vez: "Está algum Deputado na sala que ainda não tenha votado?"Nuno Araújo (ex-líder da JS), desce finalmente as escadas do auditório do PEB em passo apressado. Chegado ao palco é-lhe entregue o Boletim de Voto onde ele rabisca a letra "A" sob o escrutínio atento de vários Deputados da bancada socialista. Do palco, Mesquita Machado ainda dispara aborrecido com o suspense: "Sabe o que é que está a fazer?"A Assembleia prossegue enquanto que Luís Coelho (PSD) e Jorge Faria (PS) fazem a contagem dos 62 votos expressos. Uma vez concluída, Coelho sorri e faz sinal: "Ganhámos!"Mesquita Machado acompanha o processo à distância mas apercebe-se do resultado e deita as mãos à cabeça. O burborinho estende-se de bancada a bancada. António Braga anuncia os resultados: Lista A, 25 votos (menos 2 que os Deputados do PS presentes); Lista B, 26 votos (mais um que os Deputados da Coligação), Listas C (6) e D (4), 1 Branco. A distribuição de eleitos faz-se de acordo com o previsto 4-4-1, mas o resultado é um vexame para o PS, que pela primeira vez perde uma votação na Assembleia Municipal.O Diário do Minho de hoje pergunta: "Há um Manuel Alegre em Braga?", mas na verdade até são (foram) dois. Marcelino Pires desvaloriza, o incidente e os Deputados da bancada que lidera, dizendo que é fácil confundir um "A" com um "B". Mesquita Machado talvez pensasse o mesmo. Pelo menos poderá ter sido essa a motivação com que recontou pessoalmente os boletins de voto por duas vezes no decurso da Assembleia. Ou talvez procurasse reconhecer a caligrafia do "B" traidor, já que o voto em branco não deixara rasto...

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