Já não bastava terem defraudado o Fisco, terem manipulado o mercado – quantos accionistas perderam dinheiro com as “jogadas” de offshore? – e agora levam o “ouro” da CGD?Então o Presidente da CGD sai, segundo as notícias do dia, conjuntamente com dois dos seus pares, directamente para a concorrência e tudo está bem?Que anda o Governo a fazer? Sim, que a CGD, por enquanto, ainda é propriedade do Estado Português.Então não existem clausulas nos seus contratos de trabalho que os impeçam de sair directamente para a concorrência.Que os obriguem a um período de “nojo” – desculpem mas não conheço um termo em português para definir a situação, os ingleses usam “gardening leave”, termo bem mais simpático –, pago claro está, na tentativa de os impedir de passar de imediato, para o seu novo empregador, informação sensível, relevante e confidencial, a nível estratégico e até operacional.Fica-se me a dúvida:Ou aqueles Senhores, estarem na CGD ou não estarem … é a mesma coisa;Ou a CGD não tem informação sensível, relevante e confidencial;Ou é tão “transparente” que nem é preciso ter um tal trabalho.Qualquer das hipóteses não deixa bem colocados, legisladores, porque não previram e preveniram e sucessivos governos e administrações da CGD, uns porque não supervisionaram e cuidaram outros porque não geriram convenientemente - se calhar até geriram para o lado deles - este factor de risco.Noutro contexto já teria caído o Ministro da Tutela (apesar de o ter em boa consideração como técnico e reconhece-lo competente politicamente, o que não significa que aprove as suas políticas) e o Millenium BCP nunca se atreveria a tanto.
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Já não bastava terem defraudado o Fisco, terem manipulado o mercado – quantos accionistas perderam dinheiro com as “jogadas” de offshore? – e agora levam o “ouro” da CGD?Então o Presidente da CGD sai, segundo as notícias do dia, conjuntamente com dois dos seus pares, directamente para a concorrência e tudo está bem?Que anda o Governo a fazer? Sim, que a CGD, por enquanto, ainda é propriedade do Estado Português.Então não existem clausulas nos seus contratos de trabalho que os impeçam de sair directamente para a concorrência.Que os obriguem a um período de “nojo” – desculpem mas não conheço um termo em português para definir a situação, os ingleses usam “gardening leave”, termo bem mais simpático –, pago claro está, na tentativa de os impedir de passar de imediato, para o seu novo empregador, informação sensível, relevante e confidencial, a nível estratégico e até operacional.Fica-se me a dúvida:Ou aqueles Senhores, estarem na CGD ou não estarem … é a mesma coisa;Ou a CGD não tem informação sensível, relevante e confidencial;Ou é tão “transparente” que nem é preciso ter um tal trabalho.Qualquer das hipóteses não deixa bem colocados, legisladores, porque não previram e preveniram e sucessivos governos e administrações da CGD, uns porque não supervisionaram e cuidaram outros porque não geriram convenientemente - se calhar até geriram para o lado deles - este factor de risco.Noutro contexto já teria caído o Ministro da Tutela (apesar de o ter em boa consideração como técnico e reconhece-lo competente politicamente, o que não significa que aprove as suas políticas) e o Millenium BCP nunca se atreveria a tanto.