O blog do Manelito Caracol !: Tivera eu a coragem dele e seguir-lhe-ia os passos...

23-05-2009
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Estou sem palavras. Esta é uma daquelas histórias que não se vão esquecer, algo que nos marca intensamente. Uma fabulosa história cinematográfica...Recomendo a todos que vejam esta grande obra de arte. Into the Wild não é apenas um filme. Into the Wild é a verídica história de um rapaz que ousou sonhar alto, que se recusou a entregar a uma sociedade completamente rotineira. Christopher McCandless marcou as pessoas por quem se cruzou, Into the Wild marcará cada um de nós...Como acho que deveria ser obrigatório ver este filme, resolvi colocá-lo aqui para download.[Em 1990, com 22 anos e recém-licenciado, Christopher McCandless abandona a próspera casa paterna sem dar cavaco a ninguém e mete-se à estrada. Deambula por uma boa parte da América (chegando mesmo ao México) à boleia, a pé, ou até de canoa, arranjando empregos temporários quando o dinheiro rareava (abandonara o seu carro e queimara o dinheiro que possuía para se sentir mais livre) mas nunca se fixando muito tempo no mesmo local. Desconfiado das relações humanas e influenciado pelas suas leituras, que incluíam Tolstoi e Thoreau, ansiava por chegar ao Alasca, onde poderia estar longe do homem e em comunhão com a natureza selvagem e pura.Sean Penn vai intercalando a viagem de McCandless com breves flashbacks do seu passado, narrados em voz off pela irmã. Talvez esta seja a parte menos conseguida do filme, pois é demasiadamente explicativa e algo estereotipada (Chistopher quer fugir a uma família materialista, hipócrita e cheia de mentiras). Pelo contrário, a parte on the road, é plenamente conseguida. Penn tem olho de cineasta e a sua câmara vai captando melancolicamente, com vagar e gosto, a paisagem americana (sem cair na tentação do bilhete postal), ao som da excelente banda sonora de Eddie Vedder, embalando o espectador, que é quase hipnotizado pelas imagens e som. Penn tem ainda a mestria de não entrar muito pelo lado lado místico ou esotérico, mostrando-nos um McCandless extremamente simpático, uma pessoa que faz amigos com grande facilidade, com uma simpatia espontânea, onde apenas se entrevê uma certa tristeza interior, não obstante toda a força que possui. Claro que a isto não é estranha a tranquila mas marcante interpretação de Emile Hirsch.Tal como aconteceu com o excêntrico Timothy Treadwell, retratado em 'Grizzly Man', também aqui McCandless não é bem tratado pela rude e impiedosa natureza que tanto amou, e onde procurou (ingenuamente?) uma solução para o seu vazio. O tocante final do filme, é o derradeiro motivo para admirarmos esta sétima obra de Sean Penn atrás da câmara.]


Estou sem palavras. Esta é uma daquelas histórias que não se vão esquecer, algo que nos marca intensamente. Uma fabulosa história cinematográfica...Recomendo a todos que vejam esta grande obra de arte. Into the Wild não é apenas um filme. Into the Wild é a verídica história de um rapaz que ousou sonhar alto, que se recusou a entregar a uma sociedade completamente rotineira. Christopher McCandless marcou as pessoas por quem se cruzou, Into the Wild marcará cada um de nós...Como acho que deveria ser obrigatório ver este filme, resolvi colocá-lo aqui para download.[Em 1990, com 22 anos e recém-licenciado, Christopher McCandless abandona a próspera casa paterna sem dar cavaco a ninguém e mete-se à estrada. Deambula por uma boa parte da América (chegando mesmo ao México) à boleia, a pé, ou até de canoa, arranjando empregos temporários quando o dinheiro rareava (abandonara o seu carro e queimara o dinheiro que possuía para se sentir mais livre) mas nunca se fixando muito tempo no mesmo local. Desconfiado das relações humanas e influenciado pelas suas leituras, que incluíam Tolstoi e Thoreau, ansiava por chegar ao Alasca, onde poderia estar longe do homem e em comunhão com a natureza selvagem e pura.Sean Penn vai intercalando a viagem de McCandless com breves flashbacks do seu passado, narrados em voz off pela irmã. Talvez esta seja a parte menos conseguida do filme, pois é demasiadamente explicativa e algo estereotipada (Chistopher quer fugir a uma família materialista, hipócrita e cheia de mentiras). Pelo contrário, a parte on the road, é plenamente conseguida. Penn tem olho de cineasta e a sua câmara vai captando melancolicamente, com vagar e gosto, a paisagem americana (sem cair na tentação do bilhete postal), ao som da excelente banda sonora de Eddie Vedder, embalando o espectador, que é quase hipnotizado pelas imagens e som. Penn tem ainda a mestria de não entrar muito pelo lado lado místico ou esotérico, mostrando-nos um McCandless extremamente simpático, uma pessoa que faz amigos com grande facilidade, com uma simpatia espontânea, onde apenas se entrevê uma certa tristeza interior, não obstante toda a força que possui. Claro que a isto não é estranha a tranquila mas marcante interpretação de Emile Hirsch.Tal como aconteceu com o excêntrico Timothy Treadwell, retratado em 'Grizzly Man', também aqui McCandless não é bem tratado pela rude e impiedosa natureza que tanto amou, e onde procurou (ingenuamente?) uma solução para o seu vazio. O tocante final do filme, é o derradeiro motivo para admirarmos esta sétima obra de Sean Penn atrás da câmara.]

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