O blog do Manelito Caracol !: Sete vidas, como os gatos.

23-05-2009
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Cada dia que passa nós decidimos viver por um motivo diferente. Há dias que vivo porque vou ser feliz na escola, no trabalho, porque vou aprender com os meus alunos e ensinar-lhe também algumas coisas. Há os dias que eu vivo para sonhar com tal viagem sempre adiada. Há também os dias que eu vivo o dia inteiro só para poder voltar para casa, já quase de noite, e encontrar um pouco de descanso. Não são poucos os dias que eu vivo para escrever, para inventar qualquer coisa nova, ver alguém feliz. Esses são os dias vividos normalmente. Depois ainda restam os dias que eu vivo só por viver, só porque tem de ser, só porque fazem parte do calendário. Restam os dias de esperança, aqueles dias em que damos mais valor às pequenas coisas, ao pássaro que nos acordou, à música que passa no rádio sempre à mesma hora, à notícia de algum jornal. Não me posso esquecer de outro tipo de dias: daqueles dias transtornados, sem sentido algum, onde só nos apetece gritar na cara de alguém ou partir para a violência. Dias. Muitos dias. Muitas vidas diferentes para cada dia. Muitos motivos diferentes para vivermos cada um desses dias.É impossível viver por um motivo só, nem dá para viver pelo mesmo motivo sempre. Porque se a vida é sempre diferente a cada instante, por que é que os motivos para viver deveriam ser sempre os mesmos? Não, nada disso. O melhor é encontrar sempre um motivo que combine com aquele momento. Outro dia, por exemplo, eu vivi para escrever um texto que há muito esperava escrever. Depois disso, tenho passado vários outros dias com vontade de viver só para ficar aqui, à frente do computador, a ler e a reler o texto até me cansar. Só que eu acabo por lembrar-me que um dos outros motivos para viver é trabalhar para receber o ordenado ao dia 23. Então desisto de ficar a olhar o dia inteiro para o computador e sigo a minha vida.Amanhã, por exemplo, estou a pensar em almoçar no macdonalds e à noite, assim que chegar a casa, tomar um bom banho de imersão com muita espuma e água morna. Eu sei. Parece pouco... mas amanhã basta-me isso para viver!


Cada dia que passa nós decidimos viver por um motivo diferente. Há dias que vivo porque vou ser feliz na escola, no trabalho, porque vou aprender com os meus alunos e ensinar-lhe também algumas coisas. Há os dias que eu vivo para sonhar com tal viagem sempre adiada. Há também os dias que eu vivo o dia inteiro só para poder voltar para casa, já quase de noite, e encontrar um pouco de descanso. Não são poucos os dias que eu vivo para escrever, para inventar qualquer coisa nova, ver alguém feliz. Esses são os dias vividos normalmente. Depois ainda restam os dias que eu vivo só por viver, só porque tem de ser, só porque fazem parte do calendário. Restam os dias de esperança, aqueles dias em que damos mais valor às pequenas coisas, ao pássaro que nos acordou, à música que passa no rádio sempre à mesma hora, à notícia de algum jornal. Não me posso esquecer de outro tipo de dias: daqueles dias transtornados, sem sentido algum, onde só nos apetece gritar na cara de alguém ou partir para a violência. Dias. Muitos dias. Muitas vidas diferentes para cada dia. Muitos motivos diferentes para vivermos cada um desses dias.É impossível viver por um motivo só, nem dá para viver pelo mesmo motivo sempre. Porque se a vida é sempre diferente a cada instante, por que é que os motivos para viver deveriam ser sempre os mesmos? Não, nada disso. O melhor é encontrar sempre um motivo que combine com aquele momento. Outro dia, por exemplo, eu vivi para escrever um texto que há muito esperava escrever. Depois disso, tenho passado vários outros dias com vontade de viver só para ficar aqui, à frente do computador, a ler e a reler o texto até me cansar. Só que eu acabo por lembrar-me que um dos outros motivos para viver é trabalhar para receber o ordenado ao dia 23. Então desisto de ficar a olhar o dia inteiro para o computador e sigo a minha vida.Amanhã, por exemplo, estou a pensar em almoçar no macdonalds e à noite, assim que chegar a casa, tomar um bom banho de imersão com muita espuma e água morna. Eu sei. Parece pouco... mas amanhã basta-me isso para viver!

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