Marinero en Tierra: Tocar-te...

12-10-2009
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Não sei como foi, só sei que foi assim. As imagens de ti a irem e a virem, à medida que as minhas mãos percorrem este espaço a preto e branco, como se te percorressem. Não digas nada. Deixa-me continuar eternamente a contemplar o teu sorriso cúmplice daqueles dias. O teu olhar centrado no meu olhar. Como é bom poder, a todo o momento, voltar a ter-te reflectida nas águas da memória. Levada e trazida pelas ondas. Ver-te chegar em espuma, como do alto de ti, na noite em que te desvendei. Diz-me o que faço com toda tu dentro de mim. Cada anoitecer meu, é em ti. Como cada acordar. Deixa-me continuar a sonhar-te. Poder ver-te de novo onde o mar se transforma em fogo de artifício contra as rochas que habitamos. Deixa-me ser-te de novo. Porque as palavras já não me chegam, e eu tinha tantas, todas para te dar. Porque todas se me resumem a uma: tu. O teu nome. A tua voz a dizê-lo ao meu ouvido, até não precisarmos mais dos nomes, porque o beijo os resume. É aqui que te toco, que te revejo a surgir no horizonte. Brilhante como o sol de um fim de tarde qualquer, que sempre quis desenhar para ti. Não tenho o dom ser grande. Apenas o de navegar pelas palavras e o de te tocar. Porque mais nenhuma música faz sentido, senão aquela que tu me fizeste e fazes fazer.


Não sei como foi, só sei que foi assim. As imagens de ti a irem e a virem, à medida que as minhas mãos percorrem este espaço a preto e branco, como se te percorressem. Não digas nada. Deixa-me continuar eternamente a contemplar o teu sorriso cúmplice daqueles dias. O teu olhar centrado no meu olhar. Como é bom poder, a todo o momento, voltar a ter-te reflectida nas águas da memória. Levada e trazida pelas ondas. Ver-te chegar em espuma, como do alto de ti, na noite em que te desvendei. Diz-me o que faço com toda tu dentro de mim. Cada anoitecer meu, é em ti. Como cada acordar. Deixa-me continuar a sonhar-te. Poder ver-te de novo onde o mar se transforma em fogo de artifício contra as rochas que habitamos. Deixa-me ser-te de novo. Porque as palavras já não me chegam, e eu tinha tantas, todas para te dar. Porque todas se me resumem a uma: tu. O teu nome. A tua voz a dizê-lo ao meu ouvido, até não precisarmos mais dos nomes, porque o beijo os resume. É aqui que te toco, que te revejo a surgir no horizonte. Brilhante como o sol de um fim de tarde qualquer, que sempre quis desenhar para ti. Não tenho o dom ser grande. Apenas o de navegar pelas palavras e o de te tocar. Porque mais nenhuma música faz sentido, senão aquela que tu me fizeste e fazes fazer.

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