Marinero en Tierra: A ténue linha entre o mar e o céu

12-10-2009
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E és âncora. Espuma marinha. Não sei se mar ou céu, ou ambos. És. Revelei-te, como fotografia que surge timdamente do escuro. Até estares plena, frente a mim. E preenchi o silêncio, cada segundo dele, com tudo o que sinto. O desejo de me entrelaçar contigo, como estas cordas, como estas duas mãos se completam no intervado dos dedos. Não encontro as palavras aqui. Só o céu, o mar, ou ambos. Revelando-te como fotografia, lentamente. Decifrando no escuro o teu brilho. Descobrindo o teu corpo, passo a passo. Dando-lhe forma de barco com as minhas mãos, amaciadas pelas tuas. Ancorei aqui. Em ti. Tal como o mar e o céu são reflexo um do outro, e não sabemos qual reflecte qual. Aqui ancorei, neste umbral. Entre o mar e o céu. Na ténue linha do horizonte. Ser mar. Ser céu. Ser ambos. Ser nós. Sermos. Sermos um e outro. Deixar o meu corpo no espaço da tua cama. Não regressar nunca. Eternamente em ti. Entrelaçado, como as cordas, como os dedos. Aprendendo de cor os traços do teu corpo. A ténue linha entre ti e mim. Como entre o mar e o céu. Sentindo-te sobre mim como onda. E eu, areia da praia. Saber-te de cor. Percorrendo cada fragmento dessa ténue linha. Entre ti e mim. Entre o mar e o céu. Sem sabermos que reflecte quem. Essa ténue linha. Onde ancorei. Em ti. Onde ancoramos. Onde fomos pela primeira vez. Onde somos.


E és âncora. Espuma marinha. Não sei se mar ou céu, ou ambos. És. Revelei-te, como fotografia que surge timdamente do escuro. Até estares plena, frente a mim. E preenchi o silêncio, cada segundo dele, com tudo o que sinto. O desejo de me entrelaçar contigo, como estas cordas, como estas duas mãos se completam no intervado dos dedos. Não encontro as palavras aqui. Só o céu, o mar, ou ambos. Revelando-te como fotografia, lentamente. Decifrando no escuro o teu brilho. Descobrindo o teu corpo, passo a passo. Dando-lhe forma de barco com as minhas mãos, amaciadas pelas tuas. Ancorei aqui. Em ti. Tal como o mar e o céu são reflexo um do outro, e não sabemos qual reflecte qual. Aqui ancorei, neste umbral. Entre o mar e o céu. Na ténue linha do horizonte. Ser mar. Ser céu. Ser ambos. Ser nós. Sermos. Sermos um e outro. Deixar o meu corpo no espaço da tua cama. Não regressar nunca. Eternamente em ti. Entrelaçado, como as cordas, como os dedos. Aprendendo de cor os traços do teu corpo. A ténue linha entre ti e mim. Como entre o mar e o céu. Sentindo-te sobre mim como onda. E eu, areia da praia. Saber-te de cor. Percorrendo cada fragmento dessa ténue linha. Entre ti e mim. Entre o mar e o céu. Sem sabermos que reflecte quem. Essa ténue linha. Onde ancorei. Em ti. Onde ancoramos. Onde fomos pela primeira vez. Onde somos.

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