Marinero en Tierra: E sentir tudo de novo…

12-10-2009
marcar artigo


E como se a tua mão se unisse e desunisse da minha, afastando o mar do barco, aportei aqui. Voltei a subir à montanha dentro de mim, depois de te ter respirado inteira, de braços abertos, junto às velas içadas. Fechei os olhos e deixei-te a lágrima que não consegui chorar. Deitado, agora, de braços abertos. De um lado, o nó de marinheiro com a minha vontade de te ter. Do outro, o meu coração na tua mão. Olhando-te de longe. Minuto a minuto da tua mão a desenhar o meu rosto. Passo a passo, o teu corpo de éter. Curva a curva, o teu abraço. A Lua. Sobre mim. E tudo de novo. O som do mar. Cada segundo do teu corpo a entrar no meu corpo. Do teu cabelo ondulando os meus dedos. E sentir tudo de novo. O teu sorriso de olhos fechados. O teu beijo salgado, de mar. Um vento de iodo, de cada lado dos teus ombros. E sentir tudo de novo. A Lua, sobre mim. Partida ao meio, contigo a revelá-la. Em forma de sorriso. Abrindo. Abrindo mais, como quando fechavas os olhos para eu te ver melhor. Deitado, agora, de braços abertos. De um lado, o nó de marinheiro com a minha vontade de te ter. Do outro, o meu coração na tua mão. Olhando-te de longe. A Lua. Estarei aqui. Sozinho, depois da lágrima que não consegui chorar. À espera de um céu que traga o teu mapa. Preso à terra, como a ti. A amarra forte. O barco contra a corrente. À espera da tua rota. E sentir tudo de novo…


E como se a tua mão se unisse e desunisse da minha, afastando o mar do barco, aportei aqui. Voltei a subir à montanha dentro de mim, depois de te ter respirado inteira, de braços abertos, junto às velas içadas. Fechei os olhos e deixei-te a lágrima que não consegui chorar. Deitado, agora, de braços abertos. De um lado, o nó de marinheiro com a minha vontade de te ter. Do outro, o meu coração na tua mão. Olhando-te de longe. Minuto a minuto da tua mão a desenhar o meu rosto. Passo a passo, o teu corpo de éter. Curva a curva, o teu abraço. A Lua. Sobre mim. E tudo de novo. O som do mar. Cada segundo do teu corpo a entrar no meu corpo. Do teu cabelo ondulando os meus dedos. E sentir tudo de novo. O teu sorriso de olhos fechados. O teu beijo salgado, de mar. Um vento de iodo, de cada lado dos teus ombros. E sentir tudo de novo. A Lua, sobre mim. Partida ao meio, contigo a revelá-la. Em forma de sorriso. Abrindo. Abrindo mais, como quando fechavas os olhos para eu te ver melhor. Deitado, agora, de braços abertos. De um lado, o nó de marinheiro com a minha vontade de te ter. Do outro, o meu coração na tua mão. Olhando-te de longe. A Lua. Estarei aqui. Sozinho, depois da lágrima que não consegui chorar. À espera de um céu que traga o teu mapa. Preso à terra, como a ti. A amarra forte. O barco contra a corrente. À espera da tua rota. E sentir tudo de novo…

marcar artigo