A Opinião: A Primavera de Sócrates

11-10-2009
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O passado mês de Março foi alvo deimportantes factos em Portugal: iniciou-se a primavera, e completa um ano do Governo do Eng.º José Sócrates. Normalmente associamos a primavera à esperança de um novo ciclo nas culturas, ao aparecimento das flores que se transformarão em frutos. O dia cresce, a noite fica mais curta.... Na última primavera, surgiu de forma fulgurante um novo governo, com muitas promessas, que agora analisadas, dificilmente se distinguem de pura propaganda. Houve com certeza medidas correctas, em áreas como a educação, onde penso,-se mais longe num ano, do que até então em vários Governos, adoptando medidas corajosas. Na saúde, onde seum dos mais competentes ministros do governo,todas as medidas tomadas até agora, limitaram-se apenas a desfazer o que tinha feito o anterior ministro, Luís Filipe Pereira. Continuam as gafes polémicas do ministro, última das quais, refere-se ao fim da saúde gratuita, vindo a desmentir-se poucas horas depois. È verdade que as inovações e reformas da saúde são sempre limitadas por factores dificilmente ultrapassáveis, nomeadamente a especificidade do mercado, uma vez que a procura dos serviços não é um acto de vontade, mas sim um acto de necessidade. Mas o principal factor impeditivo das reformas é sem dúvida a existência de ciclos políticos, pois sempre que muda um ministro, há necessariamente um retrocesso nas reformas, pois é necessário fazer tudo novamente, mais do que continuar o que estiver a ser bem feito, para se poder afirmar como sua a reforma, conquistando assim dividendo políticos. Só que a maioria dos ministros não dura, como tal, o tempo suficiente para fazer a sua reforma, e assim nós andamos para frente e para trás, ou para o lado se quiserem,sempre que muda um ministro da saúde. Não pensem os leitores que isto é displicente, pois nos últimos 12 anos tivemos 7 ministros da saúde. Isto logicamente é válido para as outras áreas. Na justiça continua a grave sensação de impotência,porescândalos que passaram pela invasão de um jornal, apenas porque o mesmo referiu a existência de factos, sem se justificar porque é que existiram esses factos, já para não falar no caso casa pia que tem vindo a arrastar-se e todos já duvidamos que termine normalmente. Bruxelas avisou para os riscos de falhanço na consolidação orçamental, principalmente se se realizarem "os grandes projectos", anunciados com pompa e circustância. A política externa tem colocado Portugal como um país anti-americano e anti-ocidental, com afirmações ridículas e escabrosasFreitas do Amaral sobre a crise dos cartoons.a sensação que nos ficou ao vermos o professor, uma personalidade inteligente, culta, com um passado exemplar, dizer tais disparates. Penso que lhe faz mal ser ministro. Perdeu o bom senso. Que outra coisa se pode pensar de quem um dia sugere a realização de um jogo de futebol para resolver os graves problemas existentes entre o ocidente e o mundo árabe. Já agora, deveria ter sugerido que fosse defeminino, pois seria interessante ver a reacção dos amigos árabes de Freitas do Amaral. Pedro Vidal


O passado mês de Março foi alvo deimportantes factos em Portugal: iniciou-se a primavera, e completa um ano do Governo do Eng.º José Sócrates. Normalmente associamos a primavera à esperança de um novo ciclo nas culturas, ao aparecimento das flores que se transformarão em frutos. O dia cresce, a noite fica mais curta.... Na última primavera, surgiu de forma fulgurante um novo governo, com muitas promessas, que agora analisadas, dificilmente se distinguem de pura propaganda. Houve com certeza medidas correctas, em áreas como a educação, onde penso,-se mais longe num ano, do que até então em vários Governos, adoptando medidas corajosas. Na saúde, onde seum dos mais competentes ministros do governo,todas as medidas tomadas até agora, limitaram-se apenas a desfazer o que tinha feito o anterior ministro, Luís Filipe Pereira. Continuam as gafes polémicas do ministro, última das quais, refere-se ao fim da saúde gratuita, vindo a desmentir-se poucas horas depois. È verdade que as inovações e reformas da saúde são sempre limitadas por factores dificilmente ultrapassáveis, nomeadamente a especificidade do mercado, uma vez que a procura dos serviços não é um acto de vontade, mas sim um acto de necessidade. Mas o principal factor impeditivo das reformas é sem dúvida a existência de ciclos políticos, pois sempre que muda um ministro, há necessariamente um retrocesso nas reformas, pois é necessário fazer tudo novamente, mais do que continuar o que estiver a ser bem feito, para se poder afirmar como sua a reforma, conquistando assim dividendo políticos. Só que a maioria dos ministros não dura, como tal, o tempo suficiente para fazer a sua reforma, e assim nós andamos para frente e para trás, ou para o lado se quiserem,sempre que muda um ministro da saúde. Não pensem os leitores que isto é displicente, pois nos últimos 12 anos tivemos 7 ministros da saúde. Isto logicamente é válido para as outras áreas. Na justiça continua a grave sensação de impotência,porescândalos que passaram pela invasão de um jornal, apenas porque o mesmo referiu a existência de factos, sem se justificar porque é que existiram esses factos, já para não falar no caso casa pia que tem vindo a arrastar-se e todos já duvidamos que termine normalmente. Bruxelas avisou para os riscos de falhanço na consolidação orçamental, principalmente se se realizarem "os grandes projectos", anunciados com pompa e circustância. A política externa tem colocado Portugal como um país anti-americano e anti-ocidental, com afirmações ridículas e escabrosasFreitas do Amaral sobre a crise dos cartoons.a sensação que nos ficou ao vermos o professor, uma personalidade inteligente, culta, com um passado exemplar, dizer tais disparates. Penso que lhe faz mal ser ministro. Perdeu o bom senso. Que outra coisa se pode pensar de quem um dia sugere a realização de um jogo de futebol para resolver os graves problemas existentes entre o ocidente e o mundo árabe. Já agora, deveria ter sugerido que fosse defeminino, pois seria interessante ver a reacção dos amigos árabes de Freitas do Amaral. Pedro Vidal

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