Pequim, 07 Set (Lusa) - A Nuctech, a empresa chinesa que tem como Director-geral o filho do presidente da China, disse hoje que vai retirar do tribunal a queixa contra a Administração do Porto de Lisboa (APL), acusada de falta de transparência.
Na queixa a correr no Tribunal Administrativo de Lisboa, a empresa de tecnologia chinesa queixa-se de ter sido injustamente preterida a favor da multinacional alemã Siemens num um concurso público internacional para a compra de um scanner de inspecção de contentores.
"Já demos ordem aos nossos advogados para retirarem a queixa", disse à Agência Lusa em Pequim fonte de Nuctech, da qual Hu Haifeng, filho do presidente chinês Hu Jintao, é também presidente do Conselho de Administração.
A empresa anunciou a retirada da queixa dias antes de Ana Paula Vitorino, secretária de estado dos Transportes com a tutela da APL, iniciar no domingo uma visita oficial de cinco dias à China.
"Queremos estabelecer uma boa relação com a APL", disse à Agência Lusa a mesma fonte da Nuctech, que se queixou ainda da lentidão no andamento do processo.
A 08 de Julho de 2006, a Siemens venceu o concurso público da APL, com uma proposta de cerca de dois milhões de euros, mas a Nuchtech afirma que o preço que apresentou a concurso, de cerca de 1,5 milhões de euros, foi inflacionado durante o processo de selecção, reduzindo assim a diferença com a proposta da empresa alemã.
A Nuctech exigia compensação pelas despesas de participação no concurso público aberto pela entidade portuguesa e contestava uma decisão inicial do Tribunal Administrativo, que, por motivos de interesse público, deu razão à decisão da APL.
A administradora da Nuctech para os mercados da Europa, África e América, Li Huayu, considerara, em declarações em anteriores à agência Lusa, que a decisão do tribunal "punha em causa o ambiente de legalidade" para a actuação das empresas estrangeiras em Portugal.
RBV
Lusa/Fim
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Pequim, 07 Set (Lusa) - A Nuctech, a empresa chinesa que tem como Director-geral o filho do presidente da China, disse hoje que vai retirar do tribunal a queixa contra a Administração do Porto de Lisboa (APL), acusada de falta de transparência.
Na queixa a correr no Tribunal Administrativo de Lisboa, a empresa de tecnologia chinesa queixa-se de ter sido injustamente preterida a favor da multinacional alemã Siemens num um concurso público internacional para a compra de um scanner de inspecção de contentores.
"Já demos ordem aos nossos advogados para retirarem a queixa", disse à Agência Lusa em Pequim fonte de Nuctech, da qual Hu Haifeng, filho do presidente chinês Hu Jintao, é também presidente do Conselho de Administração.
A empresa anunciou a retirada da queixa dias antes de Ana Paula Vitorino, secretária de estado dos Transportes com a tutela da APL, iniciar no domingo uma visita oficial de cinco dias à China.
"Queremos estabelecer uma boa relação com a APL", disse à Agência Lusa a mesma fonte da Nuctech, que se queixou ainda da lentidão no andamento do processo.
A 08 de Julho de 2006, a Siemens venceu o concurso público da APL, com uma proposta de cerca de dois milhões de euros, mas a Nuchtech afirma que o preço que apresentou a concurso, de cerca de 1,5 milhões de euros, foi inflacionado durante o processo de selecção, reduzindo assim a diferença com a proposta da empresa alemã.
A Nuctech exigia compensação pelas despesas de participação no concurso público aberto pela entidade portuguesa e contestava uma decisão inicial do Tribunal Administrativo, que, por motivos de interesse público, deu razão à decisão da APL.
A administradora da Nuctech para os mercados da Europa, África e América, Li Huayu, considerara, em declarações em anteriores à agência Lusa, que a decisão do tribunal "punha em causa o ambiente de legalidade" para a actuação das empresas estrangeiras em Portugal.
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