Após alguns momentos de tensão relatados aqui, eis que já me encontro mais calmo e pronto para relatar o que de facto aconteceu. Para já quero agradecer aos amigos que por este blog passaram e que me telefonaram ou mailaram ou smsaram para saber como estava a minha mãe.Na realidade, no passado dia 18 a minha mãe iria sofrer uma intervenção cirúrgica. Tudo definido há já algum tempo, entra no Hospital Egas Moniz na véspera e antes de dormir, vai uns comprimiditos para o bucho. No dia a seguir, mais alguns para a preparação da anestesia. A cirurgia estaria marcada para as 11h30m. Pelas 12h15, ligo ao meu pai para saber novidades e eis que sou surpreendido pela notícia de que a minha mãe não seria operada nesse dia e que estaria à espera que o meu pai a fosse buscar. Sabendo eu que obviamente este tipo de coisas pode ocorrer, rapidamente bazei do trabalho em direcção ao hospital para saber o que se havia passado e quando lá chego encontro o seguinte cenário:- No refeitório (pois a minha mãe foi corrida do quarto) encontro a minha mãe encostada ao colo do meu pai como se estivesse inconsciente, sentados cada um numa cadeira;- A TV aos berros assim como as auxiliares e as próprias enfermeiras;O meu pai diz-me então que estariam à espera do Sr. Dr. que ali apareceria para lhes dar uma explicação. Ali estive meia hora à espera e os meus pais já ali estariam há pelo menos uma hora. Eis que decido saber da Enfermeira-Chefe para pelo menos dar-me uma almofada para levar à minha mãe. Eis quando sai da sua casota (sim porque aquela mulher seria um animal falante) a dizer que "a senhora que não foi operada já teria ido embora e a perguntar o que quereria o filho".Passanço #1: - Não, Srª Enfermeira, a minha mãe está completamente drogada ali no refeitório à espera do médico que não aparece e julgo que a senhora deveria sabe-lo. E QUERO uma almofada para a minha mãe, sff. [já estava a falar alto e furioso]. O que é um facto é que mudou logo o seu irritante tom de voz e lá foi sacar da almofada armada em preocupada com a minha mãe a perguntar se ela estaria bem, informando com antecedência que não lhe fizesse perguntas porque não poderia responder pelo Sr. Dr.Almofada nas mãos, lá ficou pelo menos mais confortada a minha mãe. Mais 45 min e aparece a auxiliar aos gritos a dizer à minha mãe para se sentar à mesa para comer. Enfim, a minha mãe, que mal quase abria os olhos. A muito custo, sentou-se à mesa, até que apareceram um médico e uma outra enfermeira a chamar pela minha mãe (ela tinha que sair da sala porque seria uma baixeza muito grande ao chavaleco do sr. dr. entrar no refeitório).Passanço #2: - Mas o que é isto? A minha mãe é que tem que se levantar para falar consigo?Enfim, a arrogância do médico era de tal ordem que nem sequer aqui vou descrever. Ao fim de 3 minutos,Passanço #3: - O Sr. Dr. é que parece zangado com alguma coisa. Afinal quero saber se o seu colega só hoje é que viu o diagnóstico da minha mãe ou se houve um problema no bloco operatório. O Sr. Dr. é da equipa?- Meu caro senhor (mudando o tom de voz) houve um problema no bloco e eu estava nas urgências e o meu colega pediu-me para cá passar para dar alta à sua mãe.Enfim, só para dizer que a minha mãe terá que lá voltar no dia 31 para marcar nova operação! LOL! Não lembra!Tenho a impressão que ainda lá vou voltar antes desse dia e apresentar uma reclamação por escrito.[Afinal aqueles mailes que recebemos a relatar coisas nos Hospitais portugueses ocorrem mesmo!]
Categorias
Entidades
Após alguns momentos de tensão relatados aqui, eis que já me encontro mais calmo e pronto para relatar o que de facto aconteceu. Para já quero agradecer aos amigos que por este blog passaram e que me telefonaram ou mailaram ou smsaram para saber como estava a minha mãe.Na realidade, no passado dia 18 a minha mãe iria sofrer uma intervenção cirúrgica. Tudo definido há já algum tempo, entra no Hospital Egas Moniz na véspera e antes de dormir, vai uns comprimiditos para o bucho. No dia a seguir, mais alguns para a preparação da anestesia. A cirurgia estaria marcada para as 11h30m. Pelas 12h15, ligo ao meu pai para saber novidades e eis que sou surpreendido pela notícia de que a minha mãe não seria operada nesse dia e que estaria à espera que o meu pai a fosse buscar. Sabendo eu que obviamente este tipo de coisas pode ocorrer, rapidamente bazei do trabalho em direcção ao hospital para saber o que se havia passado e quando lá chego encontro o seguinte cenário:- No refeitório (pois a minha mãe foi corrida do quarto) encontro a minha mãe encostada ao colo do meu pai como se estivesse inconsciente, sentados cada um numa cadeira;- A TV aos berros assim como as auxiliares e as próprias enfermeiras;O meu pai diz-me então que estariam à espera do Sr. Dr. que ali apareceria para lhes dar uma explicação. Ali estive meia hora à espera e os meus pais já ali estariam há pelo menos uma hora. Eis que decido saber da Enfermeira-Chefe para pelo menos dar-me uma almofada para levar à minha mãe. Eis quando sai da sua casota (sim porque aquela mulher seria um animal falante) a dizer que "a senhora que não foi operada já teria ido embora e a perguntar o que quereria o filho".Passanço #1: - Não, Srª Enfermeira, a minha mãe está completamente drogada ali no refeitório à espera do médico que não aparece e julgo que a senhora deveria sabe-lo. E QUERO uma almofada para a minha mãe, sff. [já estava a falar alto e furioso]. O que é um facto é que mudou logo o seu irritante tom de voz e lá foi sacar da almofada armada em preocupada com a minha mãe a perguntar se ela estaria bem, informando com antecedência que não lhe fizesse perguntas porque não poderia responder pelo Sr. Dr.Almofada nas mãos, lá ficou pelo menos mais confortada a minha mãe. Mais 45 min e aparece a auxiliar aos gritos a dizer à minha mãe para se sentar à mesa para comer. Enfim, a minha mãe, que mal quase abria os olhos. A muito custo, sentou-se à mesa, até que apareceram um médico e uma outra enfermeira a chamar pela minha mãe (ela tinha que sair da sala porque seria uma baixeza muito grande ao chavaleco do sr. dr. entrar no refeitório).Passanço #2: - Mas o que é isto? A minha mãe é que tem que se levantar para falar consigo?Enfim, a arrogância do médico era de tal ordem que nem sequer aqui vou descrever. Ao fim de 3 minutos,Passanço #3: - O Sr. Dr. é que parece zangado com alguma coisa. Afinal quero saber se o seu colega só hoje é que viu o diagnóstico da minha mãe ou se houve um problema no bloco operatório. O Sr. Dr. é da equipa?- Meu caro senhor (mudando o tom de voz) houve um problema no bloco e eu estava nas urgências e o meu colega pediu-me para cá passar para dar alta à sua mãe.Enfim, só para dizer que a minha mãe terá que lá voltar no dia 31 para marcar nova operação! LOL! Não lembra!Tenho a impressão que ainda lá vou voltar antes desse dia e apresentar uma reclamação por escrito.[Afinal aqueles mailes que recebemos a relatar coisas nos Hospitais portugueses ocorrem mesmo!]