¶¶ pleasure SONGS: Humidade nos Meus Olhos

12-07-2009
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Sento-me à porta de casa e olho para a noite. Observo as folhas caídas que cobrem um pouco do teu espaço. Nestes momentos de reflexão, olho para ti e sinto a partilha do meu tempo. Dói-me a cabeça, acendo um cigarro, passa uma mulher por mim, e vejo que nas minhas costas, através de um espelho invisível, ela levanta o seu vestido. Surpreendido fico e reparo o quanto já crescemos, o quanto somos grandes, o quanto não teremos vivido, mas sem ter a certeza se as nossas vidas não se terão apagado. A minha, a tua e a dela.Dia após dia, noite após noite, procuro por algo certo, caio no desespero, cheiro a veneno, sujo-me de ti e fico sem travões durante segundos. Não sei porquê. Sinto a falta da chuva... talvez ela possa impedir-me de decidir seja o que for. Se as nuvens choram, não vou querer eu também mais águas pluviais por atitudes desnecessárias. Não és uma flor de plástico. Não. Não apago a tua vida mesmo à frente dos meus olhos.De qualquer forma, eu e tu sabemos que estamos perdidos. Estamos ambos em Nenhures. Perdidos Algures. Talvez amanhã esteja melhor, com muitas cores reflectidas no meu mar as quais irão provocar uma chuva que me impeça de seguir.Vou aumentar o volume do leitor. Não me olhes desta forma surpreendido. Ainda tenho as chaves de casa. Agora, ris-te.


Sento-me à porta de casa e olho para a noite. Observo as folhas caídas que cobrem um pouco do teu espaço. Nestes momentos de reflexão, olho para ti e sinto a partilha do meu tempo. Dói-me a cabeça, acendo um cigarro, passa uma mulher por mim, e vejo que nas minhas costas, através de um espelho invisível, ela levanta o seu vestido. Surpreendido fico e reparo o quanto já crescemos, o quanto somos grandes, o quanto não teremos vivido, mas sem ter a certeza se as nossas vidas não se terão apagado. A minha, a tua e a dela.Dia após dia, noite após noite, procuro por algo certo, caio no desespero, cheiro a veneno, sujo-me de ti e fico sem travões durante segundos. Não sei porquê. Sinto a falta da chuva... talvez ela possa impedir-me de decidir seja o que for. Se as nuvens choram, não vou querer eu também mais águas pluviais por atitudes desnecessárias. Não és uma flor de plástico. Não. Não apago a tua vida mesmo à frente dos meus olhos.De qualquer forma, eu e tu sabemos que estamos perdidos. Estamos ambos em Nenhures. Perdidos Algures. Talvez amanhã esteja melhor, com muitas cores reflectidas no meu mar as quais irão provocar uma chuva que me impeça de seguir.Vou aumentar o volume do leitor. Não me olhes desta forma surpreendido. Ainda tenho as chaves de casa. Agora, ris-te.

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