Anti Provinciano: Nazismo e Neoliberalismo

20-07-2009
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Uma excelente reflexão de Timóteo"Os neoliberais são estruturalmente idênticos aos nazis: o culto dos fortes. Os nazis acham que devem dar um empurrãozinho legal aos fortes para ques estes eliminem os fracos enquanto os neoliberais acham que basta o empurrão das leis da selva/do mercado para que os fracos sejam suprimidos.(...)Os neoliberais, aliás odeiam particularmente o termo "neoliberalismo" que lhes descobre as sua verdadeiras intenções social-darwinistas (tal e qual como as dos nazis).(...)Nacionalistas, fascistas, nazis e neoliberais cultivam todos a mesma obcessão pela força. É esse o seu cimento ideológico."Este texto refere as críticas mais recorrentes em relação ao neoliberalismo. Há, no entanto, uma frase com a qual discordo - a que está sublinhada. Os neolibrais não pretendem a supressão dos mais fracos. Apenas a entendem como aceitável e legítima. Defendem que com o mercado todos ficamos a ganhar. Que cada um é responsável de forma completa e individual pelas suas acções. Os pobres são pobres por causa das suas escolhas. Escolhessem diferente, poderiam ser ricos. A supressão dos mais fracos é um dano colateral. A virtude...err...culpa, é do mercado. E o mercado é soberano. Porquê? Porque é fruto das escolhas individuais de cada um. É cego, logo justo.E é verdade, é justo na medida em que é imparcial e muito eficiente na hora de alocar recursos. O que não é justo são todas as condicionantes anteriores ao mercado. Porque a desigualdade inicial, depois de passar pelo crivo do mercado, só pode conduzir a maior desigualdade.No entanto, no Blasfémias, todas as políticas que conduzam a maior igualdade de oportunidades são criticadas, pois distorcem o mercado. Mas não estariam os resultados do mercado já distorcidos pela desigualdade anterior? E não será a dignidade humana um bem superior, a proteger independentemente da "justiça" dos resultados do mercado? São os sem-abrigo um "dano colateral" aceitável?O mercado deve ser defendido sempre. Bem mais do que hoje é defendido. Não defender o mercado é defender a pobreza em grande escala. Aliás, hoje, a distorção do mercado em Portugal cria muita pobreza graças ao regime semi-corporativo em que estamos. Mas o mercado não vale mais que o Homem. Pequenas distorções deverão ser aceites para permitir um mundo mais equilibrado para todos. Que a riqueza produzida pelo mercado a todos beneficie. Ou que pelo menos sirva para retirar os cidadãos da miséria absoluta.


Uma excelente reflexão de Timóteo"Os neoliberais são estruturalmente idênticos aos nazis: o culto dos fortes. Os nazis acham que devem dar um empurrãozinho legal aos fortes para ques estes eliminem os fracos enquanto os neoliberais acham que basta o empurrão das leis da selva/do mercado para que os fracos sejam suprimidos.(...)Os neoliberais, aliás odeiam particularmente o termo "neoliberalismo" que lhes descobre as sua verdadeiras intenções social-darwinistas (tal e qual como as dos nazis).(...)Nacionalistas, fascistas, nazis e neoliberais cultivam todos a mesma obcessão pela força. É esse o seu cimento ideológico."Este texto refere as críticas mais recorrentes em relação ao neoliberalismo. Há, no entanto, uma frase com a qual discordo - a que está sublinhada. Os neolibrais não pretendem a supressão dos mais fracos. Apenas a entendem como aceitável e legítima. Defendem que com o mercado todos ficamos a ganhar. Que cada um é responsável de forma completa e individual pelas suas acções. Os pobres são pobres por causa das suas escolhas. Escolhessem diferente, poderiam ser ricos. A supressão dos mais fracos é um dano colateral. A virtude...err...culpa, é do mercado. E o mercado é soberano. Porquê? Porque é fruto das escolhas individuais de cada um. É cego, logo justo.E é verdade, é justo na medida em que é imparcial e muito eficiente na hora de alocar recursos. O que não é justo são todas as condicionantes anteriores ao mercado. Porque a desigualdade inicial, depois de passar pelo crivo do mercado, só pode conduzir a maior desigualdade.No entanto, no Blasfémias, todas as políticas que conduzam a maior igualdade de oportunidades são criticadas, pois distorcem o mercado. Mas não estariam os resultados do mercado já distorcidos pela desigualdade anterior? E não será a dignidade humana um bem superior, a proteger independentemente da "justiça" dos resultados do mercado? São os sem-abrigo um "dano colateral" aceitável?O mercado deve ser defendido sempre. Bem mais do que hoje é defendido. Não defender o mercado é defender a pobreza em grande escala. Aliás, hoje, a distorção do mercado em Portugal cria muita pobreza graças ao regime semi-corporativo em que estamos. Mas o mercado não vale mais que o Homem. Pequenas distorções deverão ser aceites para permitir um mundo mais equilibrado para todos. Que a riqueza produzida pelo mercado a todos beneficie. Ou que pelo menos sirva para retirar os cidadãos da miséria absoluta.

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