FORMIGA BARGANTE

04-10-2009
marcar artigo


ET LA NAVE VACarmona aprova obra "proibida" pelo governo"O promotor do loteamento previsto para as azinhagas das Salgadas, da Veiga e da Bruxa e para a Rua de Marvila - ontem aprovado pela Câmara de Lisboa - pode vir a exigir do Estado uma indemnização superior a 60 milhões de euros".in: diário de notícias de 23.11.2006 (link)Projecto para Marvila põe Câmara contra o Governo."Garantindo que o Governo não deu à Câmara qualquer indicação no sentido de que ia avançar para as medidas preventivas, a vereadora assegurou que, se o tivesse sabido, teria retirado a proposta antes da sua aprovação. -Assim como não aprovarei mais nada a partir de agora para essa zona, ainda qua as medidas não tenham sido publicadas, não teria aprovado esse projecto por uma questão de bom senso"." A decisão camarária aprovada com os votos contra do PS, PCP e BE e com a abstenção de Maria José Nogueria Pinto (CDS/PP), provocou um aumento substancial e automático dos valores indemnizatórios que o Estado terá que pagar por uma eventual expropriação de terrenos".in: jornal público de 23.11.2006Esta questão, da aprovação da urbanização em Marvila, levanta várias questões interessantes.Algumas leituras, de entre muitas outras possiveis:1 - Sem nada ter feito no terreno, o "empreendedor" Obriverca garante uma receita mínima de 60 milhões de euros, só em indemnizações "por não construir".2 - A vereadora Gabriela Seara admite que "se tivesse sabido que o Governo iria avançar com medidas preventivas relativamente a esta urbanização, dado o traçado do TGV, teria retirado a proposta antes da sua aprovação, por uma questão de bom senso".No entanto, ainda na passada semana, o Ministro das Obras Públicas Mário Lino e a Secretária de Estado Ana Paula Vitorino, na Assembleia da República, "apelaram à solidariedade da Câmara para que esta não aprovasse quaisquer projectos que viessem a onerar a construção da futura ponte (ligada ao projecto do TGV)".Será que Gabriela Seabra ou os seus serviços não "ouviram o apelo"?3 - Maria José Nogueria Pinto, a "Presidenta" do Plano de Revitalização da Baixa-Chiado "assobia para o lado" e trata de se abster, e neste caso estamos a falar de cento e sessenta e três mil metros quadrados de "interesses".Perante este exemplo, que garantias nos oferece a Zézinha quanto à sua independência relativamente aos dois milhões de metros quadrados de "interesses" em disputa na Baixa-Chiado?A juntar a tantas outras situações mais que duvidosas, aqui temos mais um caso ligado à construção civil e aos interesses instalados na Câmara Municipal de Lisboa.Com a "simples" aprovação do projecto efectuada ontem, todos nós perdemos sessenta milhões de euros, e uma empresa privada trata de os arrecadar.Será que esta merda não tem limites?


ET LA NAVE VACarmona aprova obra "proibida" pelo governo"O promotor do loteamento previsto para as azinhagas das Salgadas, da Veiga e da Bruxa e para a Rua de Marvila - ontem aprovado pela Câmara de Lisboa - pode vir a exigir do Estado uma indemnização superior a 60 milhões de euros".in: diário de notícias de 23.11.2006 (link)Projecto para Marvila põe Câmara contra o Governo."Garantindo que o Governo não deu à Câmara qualquer indicação no sentido de que ia avançar para as medidas preventivas, a vereadora assegurou que, se o tivesse sabido, teria retirado a proposta antes da sua aprovação. -Assim como não aprovarei mais nada a partir de agora para essa zona, ainda qua as medidas não tenham sido publicadas, não teria aprovado esse projecto por uma questão de bom senso"." A decisão camarária aprovada com os votos contra do PS, PCP e BE e com a abstenção de Maria José Nogueria Pinto (CDS/PP), provocou um aumento substancial e automático dos valores indemnizatórios que o Estado terá que pagar por uma eventual expropriação de terrenos".in: jornal público de 23.11.2006Esta questão, da aprovação da urbanização em Marvila, levanta várias questões interessantes.Algumas leituras, de entre muitas outras possiveis:1 - Sem nada ter feito no terreno, o "empreendedor" Obriverca garante uma receita mínima de 60 milhões de euros, só em indemnizações "por não construir".2 - A vereadora Gabriela Seara admite que "se tivesse sabido que o Governo iria avançar com medidas preventivas relativamente a esta urbanização, dado o traçado do TGV, teria retirado a proposta antes da sua aprovação, por uma questão de bom senso".No entanto, ainda na passada semana, o Ministro das Obras Públicas Mário Lino e a Secretária de Estado Ana Paula Vitorino, na Assembleia da República, "apelaram à solidariedade da Câmara para que esta não aprovasse quaisquer projectos que viessem a onerar a construção da futura ponte (ligada ao projecto do TGV)".Será que Gabriela Seabra ou os seus serviços não "ouviram o apelo"?3 - Maria José Nogueria Pinto, a "Presidenta" do Plano de Revitalização da Baixa-Chiado "assobia para o lado" e trata de se abster, e neste caso estamos a falar de cento e sessenta e três mil metros quadrados de "interesses".Perante este exemplo, que garantias nos oferece a Zézinha quanto à sua independência relativamente aos dois milhões de metros quadrados de "interesses" em disputa na Baixa-Chiado?A juntar a tantas outras situações mais que duvidosas, aqui temos mais um caso ligado à construção civil e aos interesses instalados na Câmara Municipal de Lisboa.Com a "simples" aprovação do projecto efectuada ontem, todos nós perdemos sessenta milhões de euros, e uma empresa privada trata de os arrecadar.Será que esta merda não tem limites?

marcar artigo