SAPO Notícias: LUSA

11-06-2007
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Santarém, 04 Jun (Lusa) - A Comissão de utentes dos comboios da CP do distrito de Santarém assegura que as alterações feitas pela empresa no final de Maio foram mera "cosmética", garantindo que os problemas com que se defrontam diariamente ou se mantiveram ou agravaram-se.

"A CP com estas alterações nada fez para que se altere o que está errado. A CP procurou nada corrigir para que tudo fique conforme. Em síntese, simplesmente, ficou quieta e parada!", acusa a comissão em comunicado hoje enviado à agência Lusa.

Centenas de utentes da CP contestaram a alteração de horários que entrou em vigor a 22 de Abril, tendo entregue uma petição à administração da empresa, Ministério dos Transporte e Obras Públicas e grupos parlamentares.

Na sequência dessa diligência, a CP declarou estar a estudar soluções, prometendo a concretização de alterações até ao final do mês de Maio.

"Quando se esperava uma redução dos tempos de percurso, para tempos que já vinham do antecedente, eis que no dia 27 de Maio de 2007 a CP efectuou tão só dois (des)acertos nos horários de comboios", afirma o comunicado.

Sublinhando que se os comboios entre o Entroncamento, Santarém e Lisboa mantiveram o mesmo horário, o facto é que os utentes que apanham o comboio das 07:19 no Entroncamento "continuam a viajar de pé 70 quilómetros".

Por outro lado, "a cosmética ou (des)engenho" consistiu em que o comboio das 07:41, no Entroncamento, que vinha de Castelo Branco passou a vir de Tomar, e o das 08:05, no Entroncamento, passou a vir de Castelo Branco.

A consequência desta "engenharia linear" foi que os utentes de Castelo Branco e Abrantes, que chegavam às 07:41 ao Entroncamento - "o que permitia a muito pessoal das oficinas sitas no Entroncamento entrar ao trabalho antes das 08:00 e ao pessoal que trabalha em Lisboa chegar à capital às 09:11" - passam a chegar ao Entroncamento às 08:05 e a Lisboa às 09:42, "com todos os inconvenientes para os passageiros".

"A Comissão não vai abdicar da defesa na redução dos horários e na qualidade dos serviços prestados", afirma o comunicado, sublinhando que à petição com 428 assinaturas, actualmente nas mãos da secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, se vão juntar "oportunamente" mais 300 assinaturas já recolhidas.

"Não podemos acatar passivamente todas as arbitrariedades que nos impõem", frisam, apelando ao estudo de alternativas e ao "salutar senso para afastar posturas de força o que poderá ser génese de situações delicadas".

Segundo informação da CP, existem 791 clientes com assinaturas mensais no distrito de Santarém, além das composições serem utilizadas diariamente por largas dezenas de elementos das forças armadas e de segurança.

MLL.

Lusa/Fim

Santarém, 04 Jun (Lusa) - A Comissão de utentes dos comboios da CP do distrito de Santarém assegura que as alterações feitas pela empresa no final de Maio foram mera "cosmética", garantindo que os problemas com que se defrontam diariamente ou se mantiveram ou agravaram-se.

"A CP com estas alterações nada fez para que se altere o que está errado. A CP procurou nada corrigir para que tudo fique conforme. Em síntese, simplesmente, ficou quieta e parada!", acusa a comissão em comunicado hoje enviado à agência Lusa.

Centenas de utentes da CP contestaram a alteração de horários que entrou em vigor a 22 de Abril, tendo entregue uma petição à administração da empresa, Ministério dos Transporte e Obras Públicas e grupos parlamentares.

Na sequência dessa diligência, a CP declarou estar a estudar soluções, prometendo a concretização de alterações até ao final do mês de Maio.

"Quando se esperava uma redução dos tempos de percurso, para tempos que já vinham do antecedente, eis que no dia 27 de Maio de 2007 a CP efectuou tão só dois (des)acertos nos horários de comboios", afirma o comunicado.

Sublinhando que se os comboios entre o Entroncamento, Santarém e Lisboa mantiveram o mesmo horário, o facto é que os utentes que apanham o comboio das 07:19 no Entroncamento "continuam a viajar de pé 70 quilómetros".

Por outro lado, "a cosmética ou (des)engenho" consistiu em que o comboio das 07:41, no Entroncamento, que vinha de Castelo Branco passou a vir de Tomar, e o das 08:05, no Entroncamento, passou a vir de Castelo Branco.

A consequência desta "engenharia linear" foi que os utentes de Castelo Branco e Abrantes, que chegavam às 07:41 ao Entroncamento - "o que permitia a muito pessoal das oficinas sitas no Entroncamento entrar ao trabalho antes das 08:00 e ao pessoal que trabalha em Lisboa chegar à capital às 09:11" - passam a chegar ao Entroncamento às 08:05 e a Lisboa às 09:42, "com todos os inconvenientes para os passageiros".

"A Comissão não vai abdicar da defesa na redução dos horários e na qualidade dos serviços prestados", afirma o comunicado, sublinhando que à petição com 428 assinaturas, actualmente nas mãos da secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, se vão juntar "oportunamente" mais 300 assinaturas já recolhidas.

"Não podemos acatar passivamente todas as arbitrariedades que nos impõem", frisam, apelando ao estudo de alternativas e ao "salutar senso para afastar posturas de força o que poderá ser génese de situações delicadas".

Segundo informação da CP, existem 791 clientes com assinaturas mensais no distrito de Santarém, além das composições serem utilizadas diariamente por largas dezenas de elementos das forças armadas e de segurança.

MLL.

Lusa/Fim

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