PALAVRAS CRIATIVAS: Dia Nacional dos Avós, 26 de Julho

12-10-2009
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A propósito do Dia Nacional dos Avós, em homenagem ao meu avô materno José da Cruz Curado (falecido a 25 de Junho de 2005), reproduzo aqui o texto que em tempos lhe dediquei e que foi publicado no DN Jovem (“Gente com História”) a 26 de Março de 1996.“Retrato de um artistaTenho o prazer de vos apresentar o meu avô: José da Cruz Curado. Homem de estatura mediana, cabelos negros, fartos, olhos meigos, bigode grisalho e sorriso aberto, num rosto sempre alegre e jovem.Militar reformado, casado há quase 48 anos, confessa-se um eterno apaixonado.Segundo opinião de sua mãe, e minha bisavó, quase centenária, desde tenra idade manifesta gosto pela arte. Contudo, só muito mais tarde começa a dedicar-se de corpo e alma à sua verdadeira vocação: a pintura. Inclusive, chega a tirar o curso de pintura na Escola Superior de Educação – Instituto Politécnico de Santarém. E é em 1989, prestes a festejar o seu 70º. aniversário, que realiza a sua primeira exposição individual de pintura.Extremamente comunicativo, fala com toda a gente, mesmo com desconhecidos. Irradia simpatia e por onde passa deixa saudades. Poeta, pintor, vive num mundo à parte, impregnado de arte e beleza.Gosta de ser apaparicado e adora receber prendas, como se fosse uma criança.Aproveita-se de qualquer motivo – dia de aniversário, dia de Natal, dia de Páscoa, dia da mãe, dia do pai, dia dos namorados, dia disto, dia daquilo – para fazer mensagens sui generis, feitas de colagens e palavras meigas levadas até ao mais ínfimo pormenor.Como a nossa família é bastante numerosa, acaba por passar a maior parte do seu tempo agarrado ao papel e à caneta. Mesmo sentado num café, é capaz de se aproveitar de um simples guardanapo de papel para registar ideias soltas ou esboços de desenhos, sempre com a mesma finalidade: criar mensagens cujo alvo principal é, sem dúvida, a sua idolatrada esposa, minha querida avó Isabel.Imaginem que cata fotografias e outros adereços em todo o lado, mesmo à socapa, e tira fotocópias de tudo para guardar sabe-se lá onde, talvez no seu atelier, onde quando menos se espera se descobrem as coisas mais bizarras.Enfim, trata-se de uma pessoa muito especial, de quem é impossível não gostar.” Parabéns a todos os Avós do Mundo!


A propósito do Dia Nacional dos Avós, em homenagem ao meu avô materno José da Cruz Curado (falecido a 25 de Junho de 2005), reproduzo aqui o texto que em tempos lhe dediquei e que foi publicado no DN Jovem (“Gente com História”) a 26 de Março de 1996.“Retrato de um artistaTenho o prazer de vos apresentar o meu avô: José da Cruz Curado. Homem de estatura mediana, cabelos negros, fartos, olhos meigos, bigode grisalho e sorriso aberto, num rosto sempre alegre e jovem.Militar reformado, casado há quase 48 anos, confessa-se um eterno apaixonado.Segundo opinião de sua mãe, e minha bisavó, quase centenária, desde tenra idade manifesta gosto pela arte. Contudo, só muito mais tarde começa a dedicar-se de corpo e alma à sua verdadeira vocação: a pintura. Inclusive, chega a tirar o curso de pintura na Escola Superior de Educação – Instituto Politécnico de Santarém. E é em 1989, prestes a festejar o seu 70º. aniversário, que realiza a sua primeira exposição individual de pintura.Extremamente comunicativo, fala com toda a gente, mesmo com desconhecidos. Irradia simpatia e por onde passa deixa saudades. Poeta, pintor, vive num mundo à parte, impregnado de arte e beleza.Gosta de ser apaparicado e adora receber prendas, como se fosse uma criança.Aproveita-se de qualquer motivo – dia de aniversário, dia de Natal, dia de Páscoa, dia da mãe, dia do pai, dia dos namorados, dia disto, dia daquilo – para fazer mensagens sui generis, feitas de colagens e palavras meigas levadas até ao mais ínfimo pormenor.Como a nossa família é bastante numerosa, acaba por passar a maior parte do seu tempo agarrado ao papel e à caneta. Mesmo sentado num café, é capaz de se aproveitar de um simples guardanapo de papel para registar ideias soltas ou esboços de desenhos, sempre com a mesma finalidade: criar mensagens cujo alvo principal é, sem dúvida, a sua idolatrada esposa, minha querida avó Isabel.Imaginem que cata fotografias e outros adereços em todo o lado, mesmo à socapa, e tira fotocópias de tudo para guardar sabe-se lá onde, talvez no seu atelier, onde quando menos se espera se descobrem as coisas mais bizarras.Enfim, trata-se de uma pessoa muito especial, de quem é impossível não gostar.” Parabéns a todos os Avós do Mundo!

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