Café Mondego: Eleições. Equipa, pelouros e programas

01-10-2009
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Conhecidos que são os protagonistas das candidaturas do PS e do PSD à Câmara da Guarda, as atenções da opinião pública concentram-se agora no resto dos nomes que integrarão as listas. Haverá expectativas, haverá cenários, haverá suposições. E as listas, nos bastidores, far-se-ão a partir de equilíbrios às vezes difíceis de conseguir. Era, pois, muito importante, que as próximas listas não padecessem de notórios erros de casting, ou seja, de evidentes erros de escolhas. Desde o 25 de Abril que na Guarda o problema se verifica: as listas parecem mantas de retalhos e não se configuram como equipas (o passado está cheio de episódios rocambolescos). O assunto (antigo) tornou-se mais evidente recentemente tanto nas listas da posição como na oposição, onde as divergências são públicas e notórias. Claro que esse mal estar se nota mais na lista que tem que executar um programa do que naquela que se opõe a essa programa (mas se esta lista fosse poder, como seria a relação entre os seus membros?). Difícil de sustentar e de explicar, em termos políticos, é como é que foi possível que a relação entre alguns membros do executivo se desagregasse tanto ao ponto de alguns dos envolvidos cortarem relações pessoais. Sendo assim, que lista era aquela? As pessoas conheciam-se? Que confiança tinham umas nas outras? Como foram parar à lista? Sabia-se se eram capazes de trabalhar em equipa? Porquê aquelas e não outras? Quem as indicou e porquê, antes de serem escolhidas pelo presidente?O que quero dizer é que, até tendo em conta o passado, os cabeças de lista das próximas eleições "têm" a obrigação de indicar pessoas que se constituam como equipas! Tem que haver muita ponderação e conhecimento profundo de cada candidato às listas. Tem que haver uma lógica interna que permita que aquela equipa funcione, que trabalhe. Os eleitores têm que ter a certeza de que estão a votar numa equipa eficaz, que não se destrói ao primeiro choque de egos. Gostaria, pois, que os candidatos pensassem sobretudo na equipa que governará o concelho e se afastassem, de vez, de cunhas, de pressões ou de satisfação de clientelas.Vamos ver se é possível...Agradecia, como eleitor, que ao anunciar a lista se indicassem também quais seriam os pelouros a distribuir aos integrantes da lista. Haveria sempre acertos a fazer, mas era de vital importância saber-se quem vai ocupar esta aquela pasta.Finalmente, e o mais importante, seria óptimo que, desta vez, existissem programas eleitorais claros e objectivos e não apenas meras intenções. Há muito a clarificar (por exemplo, não se conhece, até hoje, o que é que o PSD local pensa da Cultura, da Educação ou do Turismo, por exemplo. Se ouvirmos Ana Manso, então, ficaremos tolmente confusos) e era urgente que, para que os eleitores votassem em consciência, se soubessem as linhas orientadoras programáticas de quem pretende governar-nos.


Conhecidos que são os protagonistas das candidaturas do PS e do PSD à Câmara da Guarda, as atenções da opinião pública concentram-se agora no resto dos nomes que integrarão as listas. Haverá expectativas, haverá cenários, haverá suposições. E as listas, nos bastidores, far-se-ão a partir de equilíbrios às vezes difíceis de conseguir. Era, pois, muito importante, que as próximas listas não padecessem de notórios erros de casting, ou seja, de evidentes erros de escolhas. Desde o 25 de Abril que na Guarda o problema se verifica: as listas parecem mantas de retalhos e não se configuram como equipas (o passado está cheio de episódios rocambolescos). O assunto (antigo) tornou-se mais evidente recentemente tanto nas listas da posição como na oposição, onde as divergências são públicas e notórias. Claro que esse mal estar se nota mais na lista que tem que executar um programa do que naquela que se opõe a essa programa (mas se esta lista fosse poder, como seria a relação entre os seus membros?). Difícil de sustentar e de explicar, em termos políticos, é como é que foi possível que a relação entre alguns membros do executivo se desagregasse tanto ao ponto de alguns dos envolvidos cortarem relações pessoais. Sendo assim, que lista era aquela? As pessoas conheciam-se? Que confiança tinham umas nas outras? Como foram parar à lista? Sabia-se se eram capazes de trabalhar em equipa? Porquê aquelas e não outras? Quem as indicou e porquê, antes de serem escolhidas pelo presidente?O que quero dizer é que, até tendo em conta o passado, os cabeças de lista das próximas eleições "têm" a obrigação de indicar pessoas que se constituam como equipas! Tem que haver muita ponderação e conhecimento profundo de cada candidato às listas. Tem que haver uma lógica interna que permita que aquela equipa funcione, que trabalhe. Os eleitores têm que ter a certeza de que estão a votar numa equipa eficaz, que não se destrói ao primeiro choque de egos. Gostaria, pois, que os candidatos pensassem sobretudo na equipa que governará o concelho e se afastassem, de vez, de cunhas, de pressões ou de satisfação de clientelas.Vamos ver se é possível...Agradecia, como eleitor, que ao anunciar a lista se indicassem também quais seriam os pelouros a distribuir aos integrantes da lista. Haveria sempre acertos a fazer, mas era de vital importância saber-se quem vai ocupar esta aquela pasta.Finalmente, e o mais importante, seria óptimo que, desta vez, existissem programas eleitorais claros e objectivos e não apenas meras intenções. Há muito a clarificar (por exemplo, não se conhece, até hoje, o que é que o PSD local pensa da Cultura, da Educação ou do Turismo, por exemplo. Se ouvirmos Ana Manso, então, ficaremos tolmente confusos) e era urgente que, para que os eleitores votassem em consciência, se soubessem as linhas orientadoras programáticas de quem pretende governar-nos.

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