Luís Filipe Menezes: As mulheres nas listas de deputados

19-07-2005
marcar artigo


Logo que foram conhecidas as listas de candidatos a deputados, o PS tentou puxar dos galões da sua pretensa liderança da representatividade feminina. Em Braga, também.Com uma capa de verdade formal esconde-se a mais perversa das manipulações: o PS diz ser sensível a esta questão, contudo, só tem duas mulheres cabeças-de-lista, contra cinco lideranças atribuídas pelo PSD a Ana Manso (Guarda), Maria João Bustorf (Évora), Zita Seabra (Coimbra), Rosário Águas (Vila Real) e Glória Marques da Costa (Beja).Ora, este facto é muito significativo. Enquanto os aspectos quantitativos relevados pelo PS têm a ver com uma “pletora” de mulheres candidatas, que entrarão no Parlamento como ilustres desconhecidas e que regressarão a casa como anónimas com mais um item curricular, a possibilidade de poder escolher mulheres cabeças-de-lista corresponde à capacidade de promoção de candidatas com valor próprio e real capacidade para representar dezenas de milhar de Portugueses.É por isso que contra uma multidão de mulheres socialistas com valor discutível, e por isso com irrelevantes e fugazes passagens por lugares públicos, evidenciaram-se ao longo dos anos, “super mulheres” social-democratas, como Leonor Beleza, Manuela Aguiar, Manuela Ferreira Leite, Isabel Mota ou Teresa Gouveia. Seria interessante verificar também quantas mulheres têm os partidos de esquerda a liderar autarquias, ou seja mulheres com estatuto e qualidade para vencer eleições, mobilizando a vontade de milhares eleitores. O PSD tem nessa trincheira muitas presidentes com carisma e força: Isabel Damasceno (Leiria), Isabel Soares (Silves), Emília Silva(Baião), Berta Cabral (Ponta Delgada), Teresa Zambujo (Oeiras), Irene Barata (Vila de Rei), Júlia Pires (Caminha), Sara Santos (Lajes do Pico). Oito mulheres do PSD que foram a votos e mostraram que não precisam de ser nomeadas para lugares, antes conquistam-nos com o seu mérito e com o seu rosto. O PS, campeão da “discriminação positiva” das mulheres tem cinco mulheres presidente e o “feminista” PCP tem uma, a resistente Ana Sá, Presidente da Câmara de Palmela.Tenho orgulho de militar num partido onde dificilmente se pode assistir àquele tipo de afronta, a pior que se pode fazer na vida política a uma mulher: promovê-la a altas funções como se de um objecto se tratasse, pela simples razão de ser mulher.Comentário:Quanto às mulheres presidentes de câmara: do lado do PCP, esqueceu-se (pelo menos) da presidente da Câmara de Almada (bem grande, por sinal) e de Nisa (a percentagem daria melhor que a do PSD). E no BE, 100% das suas câmaras são geridas por mulheres (Salvaterra de Magos). Isto para não falar na sua arqui-rival Ilda Figueiredo. Se foi um lapso, ainda vai a tempo de rectificar. Se foi de propósito... faça como achar que deve.João Medina (enviado por e-mail)


Logo que foram conhecidas as listas de candidatos a deputados, o PS tentou puxar dos galões da sua pretensa liderança da representatividade feminina. Em Braga, também.Com uma capa de verdade formal esconde-se a mais perversa das manipulações: o PS diz ser sensível a esta questão, contudo, só tem duas mulheres cabeças-de-lista, contra cinco lideranças atribuídas pelo PSD a Ana Manso (Guarda), Maria João Bustorf (Évora), Zita Seabra (Coimbra), Rosário Águas (Vila Real) e Glória Marques da Costa (Beja).Ora, este facto é muito significativo. Enquanto os aspectos quantitativos relevados pelo PS têm a ver com uma “pletora” de mulheres candidatas, que entrarão no Parlamento como ilustres desconhecidas e que regressarão a casa como anónimas com mais um item curricular, a possibilidade de poder escolher mulheres cabeças-de-lista corresponde à capacidade de promoção de candidatas com valor próprio e real capacidade para representar dezenas de milhar de Portugueses.É por isso que contra uma multidão de mulheres socialistas com valor discutível, e por isso com irrelevantes e fugazes passagens por lugares públicos, evidenciaram-se ao longo dos anos, “super mulheres” social-democratas, como Leonor Beleza, Manuela Aguiar, Manuela Ferreira Leite, Isabel Mota ou Teresa Gouveia. Seria interessante verificar também quantas mulheres têm os partidos de esquerda a liderar autarquias, ou seja mulheres com estatuto e qualidade para vencer eleições, mobilizando a vontade de milhares eleitores. O PSD tem nessa trincheira muitas presidentes com carisma e força: Isabel Damasceno (Leiria), Isabel Soares (Silves), Emília Silva(Baião), Berta Cabral (Ponta Delgada), Teresa Zambujo (Oeiras), Irene Barata (Vila de Rei), Júlia Pires (Caminha), Sara Santos (Lajes do Pico). Oito mulheres do PSD que foram a votos e mostraram que não precisam de ser nomeadas para lugares, antes conquistam-nos com o seu mérito e com o seu rosto. O PS, campeão da “discriminação positiva” das mulheres tem cinco mulheres presidente e o “feminista” PCP tem uma, a resistente Ana Sá, Presidente da Câmara de Palmela.Tenho orgulho de militar num partido onde dificilmente se pode assistir àquele tipo de afronta, a pior que se pode fazer na vida política a uma mulher: promovê-la a altas funções como se de um objecto se tratasse, pela simples razão de ser mulher.Comentário:Quanto às mulheres presidentes de câmara: do lado do PCP, esqueceu-se (pelo menos) da presidente da Câmara de Almada (bem grande, por sinal) e de Nisa (a percentagem daria melhor que a do PSD). E no BE, 100% das suas câmaras são geridas por mulheres (Salvaterra de Magos). Isto para não falar na sua arqui-rival Ilda Figueiredo. Se foi um lapso, ainda vai a tempo de rectificar. Se foi de propósito... faça como achar que deve.João Medina (enviado por e-mail)

marcar artigo