Sol

26-03-2007
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A deputada do PSD Ana Manso admitiu hoje propor a realização de um inquérito parlamentar para esclarecer se a proposta de reestruturação da rede de urgências previa o encerramento dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP)

A deputada social-democrata acusou o ministro da Saúde de «faltar à verdade» quando «referiu publicamente que o encerramento dos SAP fazia parte da proposta de reestruturação da rede de urgências».

«Ora, isso foi formal e categoricamente desmentido pelo presidente da comissão técnica quando este afirmou que o encerramento dos SAP nunca fez parte das recomendações do referido estudo», afirmou Ana Manso, durante o debate parlamentar sobre projectos de resolução do PCP e do BE sobre as urgências.

Ana Manso anunciou que entregou hoje um requerimento a solicitar a presença do ministro da Saúde, Correia de Campos, no Parlamento, para «esclarecimentos imediatos» e a pedir mais uma audição com o presidente da comissão técnica.

«Se essa clarificação não for adequadamente feita, desde já que fique claro que avançaremos, se necessário, para a realização de um inquérito parlamentar que tudo esclareça», afirmou.

No debate, o deputado do PS Manuel Pizarro não respondeu directamente às questões colocadas pela deputada Ana Manso, optando por se centrar nas críticas aos projectos de resolução do PCP e do BE, que considerou serem «erros políticos» e de estarem «eivados de erros técnicos».

O projecto de resolução do PCP, apresentado pelo líder parlamentar comunista Bernardino Soares, recomenda ao Governo que suspenda o processo de reestruturação de urgências enquanto não forem definidos os critérios.

«Desafiamos o Governo a apresentar à Assembleia da República uma proposta de lei que defina os critérios de distribuição pelo território dos vários serviços», disse Bernardino Soares.

O líder parlamentar comunista rejeitou que a proposta do Governo e da comissão técnica prevejam maior proximidade das urgências hospitalares, afirmando ser visível que «as contas feitas não têm em conta a demora de os meios de emergência chegarem ao local onde são necessários».

O projecto de resolução do BE, por seu lado, admite a necessidade de reestruturar a rede de urgências, mas defende que tem faltado organização ao plano do Governo.

O BE propõe que se dê prioridade à instalação das urgências polivalentes e às urgências básicas, que se transforme as urgências hospitalares que o Governo pretende encerrar em urgências básicas ou SAPs, e que se mantenham em funcionamento os SAPs até estar concluída a reestruturação dos cuidados primários de saúde.

Os dois projectos de resolução são votados na próxima quinta-feira, devendo ser «chumbados» pela maioria PS que hoje considerou a aceitação dos diplomas seria «fazer com que tudo fique na mesma».

Lusa/SOL

A deputada do PSD Ana Manso admitiu hoje propor a realização de um inquérito parlamentar para esclarecer se a proposta de reestruturação da rede de urgências previa o encerramento dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP)

A deputada social-democrata acusou o ministro da Saúde de «faltar à verdade» quando «referiu publicamente que o encerramento dos SAP fazia parte da proposta de reestruturação da rede de urgências».

«Ora, isso foi formal e categoricamente desmentido pelo presidente da comissão técnica quando este afirmou que o encerramento dos SAP nunca fez parte das recomendações do referido estudo», afirmou Ana Manso, durante o debate parlamentar sobre projectos de resolução do PCP e do BE sobre as urgências.

Ana Manso anunciou que entregou hoje um requerimento a solicitar a presença do ministro da Saúde, Correia de Campos, no Parlamento, para «esclarecimentos imediatos» e a pedir mais uma audição com o presidente da comissão técnica.

«Se essa clarificação não for adequadamente feita, desde já que fique claro que avançaremos, se necessário, para a realização de um inquérito parlamentar que tudo esclareça», afirmou.

No debate, o deputado do PS Manuel Pizarro não respondeu directamente às questões colocadas pela deputada Ana Manso, optando por se centrar nas críticas aos projectos de resolução do PCP e do BE, que considerou serem «erros políticos» e de estarem «eivados de erros técnicos».

O projecto de resolução do PCP, apresentado pelo líder parlamentar comunista Bernardino Soares, recomenda ao Governo que suspenda o processo de reestruturação de urgências enquanto não forem definidos os critérios.

«Desafiamos o Governo a apresentar à Assembleia da República uma proposta de lei que defina os critérios de distribuição pelo território dos vários serviços», disse Bernardino Soares.

O líder parlamentar comunista rejeitou que a proposta do Governo e da comissão técnica prevejam maior proximidade das urgências hospitalares, afirmando ser visível que «as contas feitas não têm em conta a demora de os meios de emergência chegarem ao local onde são necessários».

O projecto de resolução do BE, por seu lado, admite a necessidade de reestruturar a rede de urgências, mas defende que tem faltado organização ao plano do Governo.

O BE propõe que se dê prioridade à instalação das urgências polivalentes e às urgências básicas, que se transforme as urgências hospitalares que o Governo pretende encerrar em urgências básicas ou SAPs, e que se mantenham em funcionamento os SAPs até estar concluída a reestruturação dos cuidados primários de saúde.

Os dois projectos de resolução são votados na próxima quinta-feira, devendo ser «chumbados» pela maioria PS que hoje considerou a aceitação dos diplomas seria «fazer com que tudo fique na mesma».

Lusa/SOL

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