The Braganza Mothers: Mulheres de Atenas

01-10-2009
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(Chico Buarque)Mirem-se no exemploDaquelas mulheres de AtenasVivem pros seus maridosOrgulho e raça de AtenasQuando amadas se perfumamSe banham com leite, se arrumamSuas melenasQuando fustigadas não choramSe ajoelham, pedem imploramMais duras penas, cadenasMirem-se no exemploDaquelas mulheres de AtenasGuardam-se pros seus maridosPoder e força de AtenasQuando eles embarcam soldadosElas tecem longos bordadosMil quarentenasE quando eles voltam, sedentosQuerem arrancar, violentosCarícias plenas, obscenasMirem-se no exemploDaquelas mulheres de AtenasDespem-se pros maridosBravos guerreiros de AtenasQuando eles se entopem de vinhoCostumam buscar um carinhoDe outras falenasMas no fim da noite, aos pedaçosQuase sempre voltam pros braçosDe suas pequenas, HelenasMirem-se no exemploDaquelas mulheres de AtenasGeram pros seus maridosOs novos filhos de AtenasElas não têm gosto ou vontadeNem defeito, nem qualidadeTêm medo apenasNão tem sonhos, só tem presságiosO seu homem, mares, naufrágiosLindas sirenas, morenasMirem-se no exemploDaquelas mulheres de AtenasTemem por seus maridosHeróis e amantes de AtenasAs jovens viúvas marcadasE as gestantes abandonadas, não fazem cenasVestem-se de negro, se encolhemSe conformam e se recolhemAs suas novenasSerenasMirem-se no exemploDaquelas mulheres de AtenasSecam por seus maridosOrgulho e raça de Atenas(Num tempo em que aumenta a violência fisica e psicológica contra as mulheres Portuguesas, o Vesgo presta a todas elas esta singela homenagem, independentemente da sua idade, raça, religião, etc. Para ele são todas belas! Todos os 365 dias do ano...)


(Chico Buarque)Mirem-se no exemploDaquelas mulheres de AtenasVivem pros seus maridosOrgulho e raça de AtenasQuando amadas se perfumamSe banham com leite, se arrumamSuas melenasQuando fustigadas não choramSe ajoelham, pedem imploramMais duras penas, cadenasMirem-se no exemploDaquelas mulheres de AtenasGuardam-se pros seus maridosPoder e força de AtenasQuando eles embarcam soldadosElas tecem longos bordadosMil quarentenasE quando eles voltam, sedentosQuerem arrancar, violentosCarícias plenas, obscenasMirem-se no exemploDaquelas mulheres de AtenasDespem-se pros maridosBravos guerreiros de AtenasQuando eles se entopem de vinhoCostumam buscar um carinhoDe outras falenasMas no fim da noite, aos pedaçosQuase sempre voltam pros braçosDe suas pequenas, HelenasMirem-se no exemploDaquelas mulheres de AtenasGeram pros seus maridosOs novos filhos de AtenasElas não têm gosto ou vontadeNem defeito, nem qualidadeTêm medo apenasNão tem sonhos, só tem presságiosO seu homem, mares, naufrágiosLindas sirenas, morenasMirem-se no exemploDaquelas mulheres de AtenasTemem por seus maridosHeróis e amantes de AtenasAs jovens viúvas marcadasE as gestantes abandonadas, não fazem cenasVestem-se de negro, se encolhemSe conformam e se recolhemAs suas novenasSerenasMirem-se no exemploDaquelas mulheres de AtenasSecam por seus maridosOrgulho e raça de Atenas(Num tempo em que aumenta a violência fisica e psicológica contra as mulheres Portuguesas, o Vesgo presta a todas elas esta singela homenagem, independentemente da sua idade, raça, religião, etc. Para ele são todas belas! Todos os 365 dias do ano...)

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