O valor das ideias: Fed salva AIG: Ou Bush salva McCain?

30-09-2009
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Tal como antecipado há alguma horas, a Federal Reserve concedeu um crédito especial e sem precendentes históricos à AIG no valor de 85 biliões de dólares! A linha de crédito estará aparentemente disponível durante dois anos e segundo a Federal reserve, não representará (?) um custo para os contribuintes, porque o empréstimo será garantido pelos activos da empresa.Do meu ponto de vista, levantam-se três dúvidas:a) a actuação da Fed e do Treasury Department é falsificadora da verdade do mercado. Ou a AIG falia como o Lehman ou se salvavam ambos. Em três situações em duas semanas é a segunda inflexão de política. Isto só pode confundir os investidores e é moralmente incorrecto: os credores do Lehman Brothers são prejudicados face aos da AIG de forma chocante.b) o estímulo à redução do aventureirismo na gestão de instituições financeiras desaparece quando o risco de falência é nulo por se saber que há uma safety net do Estado. Dito de outra forma, à AIG assumiu riscos e teve ganhos e não é punida pelos erros, enquanto outros o foram e serão. Isto é contrário à disciplina imposta pelo próprio mercado.c) é duvidos que isto resolva a crise do subprime. Apenas evita um pânico total nas vésperas de eleições complexas. Suspeito que amanhã se ouça tanto Obama como McCain louvar esta medida, porque ninguém que arcar com o ónus de dizer a verdade e explicar que a solução certa custaria empregos e perdas de poupanças....Obama terá de bater na tecla da regulação finaceira deficitária (que McCain descobriu agora, depois de inventar o BlackBerry). Porque isto vai voltar a acontecer e porque no limite não há almoços grátis. A regulação financeira é crucial e John McCain é o campeão nestas presidenciais do combate à regulação económica. O mais grave é isto ser uma intervenção política. A discrepância de critérios para o Lehman Brothers, posições cruzadas à parte, demonstra isso. E o que mais se verá....


Tal como antecipado há alguma horas, a Federal Reserve concedeu um crédito especial e sem precendentes históricos à AIG no valor de 85 biliões de dólares! A linha de crédito estará aparentemente disponível durante dois anos e segundo a Federal reserve, não representará (?) um custo para os contribuintes, porque o empréstimo será garantido pelos activos da empresa.Do meu ponto de vista, levantam-se três dúvidas:a) a actuação da Fed e do Treasury Department é falsificadora da verdade do mercado. Ou a AIG falia como o Lehman ou se salvavam ambos. Em três situações em duas semanas é a segunda inflexão de política. Isto só pode confundir os investidores e é moralmente incorrecto: os credores do Lehman Brothers são prejudicados face aos da AIG de forma chocante.b) o estímulo à redução do aventureirismo na gestão de instituições financeiras desaparece quando o risco de falência é nulo por se saber que há uma safety net do Estado. Dito de outra forma, à AIG assumiu riscos e teve ganhos e não é punida pelos erros, enquanto outros o foram e serão. Isto é contrário à disciplina imposta pelo próprio mercado.c) é duvidos que isto resolva a crise do subprime. Apenas evita um pânico total nas vésperas de eleições complexas. Suspeito que amanhã se ouça tanto Obama como McCain louvar esta medida, porque ninguém que arcar com o ónus de dizer a verdade e explicar que a solução certa custaria empregos e perdas de poupanças....Obama terá de bater na tecla da regulação finaceira deficitária (que McCain descobriu agora, depois de inventar o BlackBerry). Porque isto vai voltar a acontecer e porque no limite não há almoços grátis. A regulação financeira é crucial e John McCain é o campeão nestas presidenciais do combate à regulação económica. O mais grave é isto ser uma intervenção política. A discrepância de critérios para o Lehman Brothers, posições cruzadas à parte, demonstra isso. E o que mais se verá....

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