Berra-boi: Notas soltas

20-07-2005
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Cada vez que ouço a ANIMAL desperta-me o apetite. Eles falam de tauromaquia e eu lembro-me logo de um “chuletón de buey” na Taberna Real, em Madrid. Eles falam da desumanidade no tratamento dos porcos e imagino imediatamente um bom “sarrabulho à moda de Braga”. Eles falam de vacas e vejo-me sentado à mesa no Dom Roberto, em Gimonde, a dar conta de uma “posta mirandesa”. Eles palram sobre a violência da caça e desejo imediatamente uma “perdiz à moçarabe”, em Córdoba. Eles dissertam sobre peles e salivo por uma pele tostadinha de Leitão da Bairrada servido na “Meta dos Leitões”. Eles agora falam da Fátima Lopes e, peço desculpa, mas não posso dizer o que imagino. * * “Sua Santidade o Papa”. Acabei de ler esta frase, pela pena de Mário Soares, no Courrier Internacional. Um laico e republicano que sabe falar e escrever. Sua Santidade, leia-se João Paulo II, pois claro. Tal como “Sua Eminência”, leia-se o Cardeal Patriarca. Tal como, “Sua Excelência”, leia-se qualquer figura ilustre. Tal como a “boazona do BE”, leia-se a Ana Drago. É tudo uma questão de deferência. * * Hoje, há um truque de retórica que as pessoas sensatas utilizam. Primeiro começam por dizer que não são crentes. Os católicos assustam-se e esperam o pior. Seguidamente, desenvolvem um raciocínio crítico sobre João Paulo II e sobre a Igreja Católica sem referir o uso do preservativo, o aborto, a inquisição espanhola, as mulheres padres, a castidade dos religiosos ou o sexo antes do casamento. Os católicos regozijam e fazem uma vénia de deferência. Afinal de contas não era do Bloco de Esquerda. Era apenas uma pessoa sensata. * * O jornal “ACapital” plagiou o blog Esplanar. Não conheço nem os escribas do blog, nem os do jornal. Apetecia-me até dizer que não conheço o jornal mas, gosto de petinga frita bem escorrida. Não me foram apresentadas provas de tal crime. Não me chamo Varatojo. Mandava a ponderação confirmar tudo antes. Mandar, mandava mas, aprendi com Diogo Mainardi a não me preocupar com essas miudezas. As evidências são claras: o critério editorial de Luis Osório tem primado pela mediocridade e pelo panfletismo.

Cada vez que ouço a ANIMAL desperta-me o apetite. Eles falam de tauromaquia e eu lembro-me logo de um “chuletón de buey” na Taberna Real, em Madrid. Eles falam da desumanidade no tratamento dos porcos e imagino imediatamente um bom “sarrabulho à moda de Braga”. Eles falam de vacas e vejo-me sentado à mesa no Dom Roberto, em Gimonde, a dar conta de uma “posta mirandesa”. Eles palram sobre a violência da caça e desejo imediatamente uma “perdiz à moçarabe”, em Córdoba. Eles dissertam sobre peles e salivo por uma pele tostadinha de Leitão da Bairrada servido na “Meta dos Leitões”. Eles agora falam da Fátima Lopes e, peço desculpa, mas não posso dizer o que imagino. * * “Sua Santidade o Papa”. Acabei de ler esta frase, pela pena de Mário Soares, no Courrier Internacional. Um laico e republicano que sabe falar e escrever. Sua Santidade, leia-se João Paulo II, pois claro. Tal como “Sua Eminência”, leia-se o Cardeal Patriarca. Tal como, “Sua Excelência”, leia-se qualquer figura ilustre. Tal como a “boazona do BE”, leia-se a Ana Drago. É tudo uma questão de deferência. * * Hoje, há um truque de retórica que as pessoas sensatas utilizam. Primeiro começam por dizer que não são crentes. Os católicos assustam-se e esperam o pior. Seguidamente, desenvolvem um raciocínio crítico sobre João Paulo II e sobre a Igreja Católica sem referir o uso do preservativo, o aborto, a inquisição espanhola, as mulheres padres, a castidade dos religiosos ou o sexo antes do casamento. Os católicos regozijam e fazem uma vénia de deferência. Afinal de contas não era do Bloco de Esquerda. Era apenas uma pessoa sensata. * * O jornal “ACapital” plagiou o blog Esplanar. Não conheço nem os escribas do blog, nem os do jornal. Apetecia-me até dizer que não conheço o jornal mas, gosto de petinga frita bem escorrida. Não me foram apresentadas provas de tal crime. Não me chamo Varatojo. Mandava a ponderação confirmar tudo antes. Mandar, mandava mas, aprendi com Diogo Mainardi a não me preocupar com essas miudezas. As evidências são claras: o critério editorial de Luis Osório tem primado pela mediocridade e pelo panfletismo.

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