O valor das ideias: Neoclássicos:

29-09-2009
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Não é muito correcto, sabendo-o de partida por alguns dias, atirar agora com uma resposta ao Luís. Deixo contudo algumas pistas de discordância, sem aprofundar.- o name dropping é mútuo; contudo ele sabe bem o peso do Lakatos na Filosofia da Ciência e do Blaug na ontologia da economia; - nesse pressuposto, em todo o texto, o Luís não define uma única vez o que entende por core neoclássico, ou núcleo de ideias imutáveis que definem esse programa de investigação. Sob o risco de tudo ser neoclássico;- eu nunca neguei que o Marshal fosse neoclássico. Isso é consensual. Agora o Luís concordará que isso acontece porque entre outras coisas a racionalidade completa está lá; bem como a ideia de equilíbrio;- os Real Business Cycles, como o Luís entenderá fazem parte do que em Lakatos se designa por terceira camada. É uma linha de investigação. Pertence à escola neoclássica, se mantiver os elementos do core. Como mantêm a generalidade dos modelos RBC. Mas há coisas nos modelos RBC que não são core para definir a escola neoclássica;- constato ainda que o Luís deixa caír completamente a discussão da racionalidade limitada e da biologia evolutiva. Assumo que seja porque compreende que na acepção de Lakatos aquilo nunca seria parte do core. Ignora o questão do evolucionismo pelas mesmas razões presumo. - Há uma pequena desonestidade intelectual do Luís. Eu não usei uma vez nesta discussão a expressão neoliberais. Como escrevi a respeito há uma semana a expressão é política e remete para um alinhamento Friedman - Hayek. Não é disso que se está aqui a falar. Não me viu também classificar o Krugman nesta discussão. Uma coisa ele admitirá: o Krugman é, HOJE, um keynesiano.Votos de uma boa conferência.


Não é muito correcto, sabendo-o de partida por alguns dias, atirar agora com uma resposta ao Luís. Deixo contudo algumas pistas de discordância, sem aprofundar.- o name dropping é mútuo; contudo ele sabe bem o peso do Lakatos na Filosofia da Ciência e do Blaug na ontologia da economia; - nesse pressuposto, em todo o texto, o Luís não define uma única vez o que entende por core neoclássico, ou núcleo de ideias imutáveis que definem esse programa de investigação. Sob o risco de tudo ser neoclássico;- eu nunca neguei que o Marshal fosse neoclássico. Isso é consensual. Agora o Luís concordará que isso acontece porque entre outras coisas a racionalidade completa está lá; bem como a ideia de equilíbrio;- os Real Business Cycles, como o Luís entenderá fazem parte do que em Lakatos se designa por terceira camada. É uma linha de investigação. Pertence à escola neoclássica, se mantiver os elementos do core. Como mantêm a generalidade dos modelos RBC. Mas há coisas nos modelos RBC que não são core para definir a escola neoclássica;- constato ainda que o Luís deixa caír completamente a discussão da racionalidade limitada e da biologia evolutiva. Assumo que seja porque compreende que na acepção de Lakatos aquilo nunca seria parte do core. Ignora o questão do evolucionismo pelas mesmas razões presumo. - Há uma pequena desonestidade intelectual do Luís. Eu não usei uma vez nesta discussão a expressão neoliberais. Como escrevi a respeito há uma semana a expressão é política e remete para um alinhamento Friedman - Hayek. Não é disso que se está aqui a falar. Não me viu também classificar o Krugman nesta discussão. Uma coisa ele admitirá: o Krugman é, HOJE, um keynesiano.Votos de uma boa conferência.

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