O valor das ideias: O novo partido da Esquerda Gaulesa: Nouveau Parti Anticapitaliste

30-09-2009
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O autor da peça abaixo, deixada aqui em caixa de comentários, responde pelo nome de Rodrigo Lobo D´Ávila, e aparentemente colabora num obscuro blogue de direita, onde inevitavelmente se encontram sempre velhos conhecidos. A tese do referido Ávila, se assim lhe posso chamar é a que transcrevo abaixo:"...dado que temos todos mais de 10 anos, tentemos expor os argumentos racionalmente: conhece algum país Europeu, em que a extrema-esquerda tenha uma percentagem de intenções de voto tão grande como o maior partido da oposição? Conhece algum país Europeu, em que a esquerda (extrema e moderada) , ocupe uma tão grande percentagem das intenções de voto ? E do mundo Ocidental, conhece? Hum… Só se for a saudosa e muito chorada URSS… Ou o México do século XX, esse belo exemplo de país, em revolução permanente e em que os bandidos se tornavam em revolucionários, os revolucionários em políticos e os políticos novamente em bandidos.Claro que pode sempre dizer que o PCP e o BE não são partidos extremistas. Isso claro depende da prespectiva; tudo depende de onde instalarmos a nossa origem do sistema de coordenadas..." E isto não há coisa melhor do que ensinar a quem não sabe. Sobretudo porque o jovem Ávila, não lê bons jornais, ou então não sabe falar inglês. Mas atrevo-me a remetê-lo para este texto, onde é descodificado para o seu rudimentar português um artigo do Financial Times sobre a esquerda na Europa em Abril de 2009. E só para responder à questão que coloca, eu diria que a intenção de voto no Nouveau Parti Anticapitaliste francês registava 47% das intenções de voto. Ora isto superava em grande medida as intenções de voto no partido socialista, que seria naturalmente o maior partido da oposição, surgindo ainda assim à frente de Sarkozy. Não me congratulo com a situação, apenas noto que, assumindo que a França satisfaça os seus critérios: é um país Europeu; além disso, como resulta da primeira premissa, é um país do Mundo Ocidental, e, já agora não coincide, como compreenderá com a ex-URSS ou com o México. Porque repare os acontecimentos "o paíse é a França" ou "o país é o México" são incompatíveis. Não é possível, como com algum esforço perceberá, ser a França e o México ao mesmo tempo. Pense nisso.... Ou seja a tese que o levou a comentar o texto do J. Faria cai pela base: há países europeus ocidentais onde o que chama de "extrema-esquerda" não só tem o mesmo número de votos que o maior partido da oposição, mas coincide (!!) com esse maior partido da oposição.


O autor da peça abaixo, deixada aqui em caixa de comentários, responde pelo nome de Rodrigo Lobo D´Ávila, e aparentemente colabora num obscuro blogue de direita, onde inevitavelmente se encontram sempre velhos conhecidos. A tese do referido Ávila, se assim lhe posso chamar é a que transcrevo abaixo:"...dado que temos todos mais de 10 anos, tentemos expor os argumentos racionalmente: conhece algum país Europeu, em que a extrema-esquerda tenha uma percentagem de intenções de voto tão grande como o maior partido da oposição? Conhece algum país Europeu, em que a esquerda (extrema e moderada) , ocupe uma tão grande percentagem das intenções de voto ? E do mundo Ocidental, conhece? Hum… Só se for a saudosa e muito chorada URSS… Ou o México do século XX, esse belo exemplo de país, em revolução permanente e em que os bandidos se tornavam em revolucionários, os revolucionários em políticos e os políticos novamente em bandidos.Claro que pode sempre dizer que o PCP e o BE não são partidos extremistas. Isso claro depende da prespectiva; tudo depende de onde instalarmos a nossa origem do sistema de coordenadas..." E isto não há coisa melhor do que ensinar a quem não sabe. Sobretudo porque o jovem Ávila, não lê bons jornais, ou então não sabe falar inglês. Mas atrevo-me a remetê-lo para este texto, onde é descodificado para o seu rudimentar português um artigo do Financial Times sobre a esquerda na Europa em Abril de 2009. E só para responder à questão que coloca, eu diria que a intenção de voto no Nouveau Parti Anticapitaliste francês registava 47% das intenções de voto. Ora isto superava em grande medida as intenções de voto no partido socialista, que seria naturalmente o maior partido da oposição, surgindo ainda assim à frente de Sarkozy. Não me congratulo com a situação, apenas noto que, assumindo que a França satisfaça os seus critérios: é um país Europeu; além disso, como resulta da primeira premissa, é um país do Mundo Ocidental, e, já agora não coincide, como compreenderá com a ex-URSS ou com o México. Porque repare os acontecimentos "o paíse é a França" ou "o país é o México" são incompatíveis. Não é possível, como com algum esforço perceberá, ser a França e o México ao mesmo tempo. Pense nisso.... Ou seja a tese que o levou a comentar o texto do J. Faria cai pela base: há países europeus ocidentais onde o que chama de "extrema-esquerda" não só tem o mesmo número de votos que o maior partido da oposição, mas coincide (!!) com esse maior partido da oposição.

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