O blogue mantido pela investigadora Ana Paula Fitas merece hoje o nosso humilde destaque, pela análise que a investigadora em Estudos Sociais regularmente produz, nos âmbitos da política nacional e internacional. Hoje, em particular, louva-se o post que relaciona com a habitual sobriedade dois temas que nos são caros no domínio da Economia Social: a exclusão social (fenómeno que grassa no contexto actual de crise) e a falta de empreendedorismo criador de emprego. Vale a pena ir buscar Michael DiConti, que diz de Liebenstein e da sua famosa relação entre o empreendedorismo e a eficiência X nas sociedades menos desenvolvidas:"Liebenstein sees entrepreneurs as the key individuals in developing society...bridging market gaps....".Estando Portugal na OCDE, os baixos níveis de confiança argumenta Ana Paul Fitas, não estimulam essa falta de empreendedorismo, que, arrisco eu, tem entre nós muito de estrutural. A tese do post, que merece reflexão adequada é que se por um lado a exclusão social mata o empreendedorismo pelo clima depressivo que cria, por outro o empreendedorismo deficiente potencia a exclusão por falta de investimento e logo de criação de emprego. Trata-se no fundo de causa e efeito em simultâneo. A orientação política, conclui-se, deve portanto olhar também para essa falta de empreendedorismo. Na minha experiência, o micro crédito constituiria uma ferramenta poderosa para o combate a estas realidades. A sua implementação em Portugal, tem, em estudos a que estive associado, registado casos de apreciável sucesso. E faz dos excluídos os próprios empreendedores.Não significando que a política social se fique por aqui, o micro crédito tem a vantagem de juntar recursos privados num esforço de elevação dos padrões de iniciativa e confiança da sociedade, melhorando o clima global de investimento.Vale bem a visita ao blogue da Ana Paula, que motiva estas e outras reflexões sobre temas que emergem com visibilidade acrescida nos dias que correm. Bem haja a autora por isso.
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O blogue mantido pela investigadora Ana Paula Fitas merece hoje o nosso humilde destaque, pela análise que a investigadora em Estudos Sociais regularmente produz, nos âmbitos da política nacional e internacional. Hoje, em particular, louva-se o post que relaciona com a habitual sobriedade dois temas que nos são caros no domínio da Economia Social: a exclusão social (fenómeno que grassa no contexto actual de crise) e a falta de empreendedorismo criador de emprego. Vale a pena ir buscar Michael DiConti, que diz de Liebenstein e da sua famosa relação entre o empreendedorismo e a eficiência X nas sociedades menos desenvolvidas:"Liebenstein sees entrepreneurs as the key individuals in developing society...bridging market gaps....".Estando Portugal na OCDE, os baixos níveis de confiança argumenta Ana Paul Fitas, não estimulam essa falta de empreendedorismo, que, arrisco eu, tem entre nós muito de estrutural. A tese do post, que merece reflexão adequada é que se por um lado a exclusão social mata o empreendedorismo pelo clima depressivo que cria, por outro o empreendedorismo deficiente potencia a exclusão por falta de investimento e logo de criação de emprego. Trata-se no fundo de causa e efeito em simultâneo. A orientação política, conclui-se, deve portanto olhar também para essa falta de empreendedorismo. Na minha experiência, o micro crédito constituiria uma ferramenta poderosa para o combate a estas realidades. A sua implementação em Portugal, tem, em estudos a que estive associado, registado casos de apreciável sucesso. E faz dos excluídos os próprios empreendedores.Não significando que a política social se fique por aqui, o micro crédito tem a vantagem de juntar recursos privados num esforço de elevação dos padrões de iniciativa e confiança da sociedade, melhorando o clima global de investimento.Vale bem a visita ao blogue da Ana Paula, que motiva estas e outras reflexões sobre temas que emergem com visibilidade acrescida nos dias que correm. Bem haja a autora por isso.