Escola Secundária/3 Rainha Santa Isabel – EstremozExmo SenhorDirector Regional de Educação do AlentejoSomos professores (alguns com muitos anos de carreira dedicada à profissão) e estamos plenamente conscientes dos nossos deveres para com todos os intervenientes no processo educativo, nomeadamente os nossos alunos, a sua formação e aprendizagens.Entendemos ser também nosso dever, neste momento, alertar para o seguinte:1 – O nosso horário de trabalho não está a ser cumprido: o tempo concedido a cada um para a função de avaliação é totalmente insuficiente para as inúmeras tarefas que nos são exigidas. A principal dificuldade na concretização deste modelo de avaliação reside, precisamente, no número de horas necessárias para a sua aplicação. O horário semanal dos professores avaliadores está a ser, em média 40, 45 horas! Esta situação está a causar um desgaste físico e emocional pouco propício à nossa função principal: ensinar.2 – A escassa e tardia formação sobre avaliação que nos foi disponibilizada (e que se efectua aos fins de semana) já demonstrou que é material e humanamente impossível executar as tarefas burocráticas/administrativas que são requeridas por este modelo de avaliação.3 – As relações de cooperação, de partilha e de cordialidade que durante anos fomos construindo na nossa escola estão, neste momento, seriamente ameaçadas por um modelo que, na prática, fomenta a competitividade feroz e o individualismo. Uma organização com este ambiente não pode proporcionar bons resultados!4 – Sentimo-nos sufocados com tanta legislação, frequentemente contraditória, nada articulada e impossível de concretizar. Sentimo-nos igualmente afogados em trabalho burocrático, sem tempo para preparação de actividades lectivas. As horas dedicadas às funções de avaliação impedem a preparação de aulas, a elaboração de materiais pedagógicos, o apoio individualizado aos alunos e à sua avaliação e também aos professores de cada Departamento. Lembramos ainda que, quando se iniciarem as aulas assistidas, muitos dos professores avaliadores, devido à incompatibilidade de horários, terão que faltar às suas próprias aulas!5- As professoras da nossa escola que integram a Comissão de Coordenação da Avaliação de Desempenho do Conselho Pedagógico e que não são avaliadoras, desempenham funções relacionadas com o processo de avaliação mas, tal não é contemplado no seu horário. Esta situação representa numa enorme sobrecarga de trabalho, uma vez mais em prejuízo das actividades lectivas e sua preparação.Solicitamos, assim, que sejam tomadas medidas de modo a que a serenidade possa voltar às escolas, o nosso trabalho seja respeitado e se criem condições para uma avaliação justa que melhore, de facto, o desempenho docente, e assim o sucesso real e não estatístico dos alunos.Aguardamos da parte de Vª Exa uma resposta às nossas preocupações.Atenciosamente,Os Coordenadores/Avaliadores da Escola Secundária Rainha Santa Isabel
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Escola Secundária/3 Rainha Santa Isabel – EstremozExmo SenhorDirector Regional de Educação do AlentejoSomos professores (alguns com muitos anos de carreira dedicada à profissão) e estamos plenamente conscientes dos nossos deveres para com todos os intervenientes no processo educativo, nomeadamente os nossos alunos, a sua formação e aprendizagens.Entendemos ser também nosso dever, neste momento, alertar para o seguinte:1 – O nosso horário de trabalho não está a ser cumprido: o tempo concedido a cada um para a função de avaliação é totalmente insuficiente para as inúmeras tarefas que nos são exigidas. A principal dificuldade na concretização deste modelo de avaliação reside, precisamente, no número de horas necessárias para a sua aplicação. O horário semanal dos professores avaliadores está a ser, em média 40, 45 horas! Esta situação está a causar um desgaste físico e emocional pouco propício à nossa função principal: ensinar.2 – A escassa e tardia formação sobre avaliação que nos foi disponibilizada (e que se efectua aos fins de semana) já demonstrou que é material e humanamente impossível executar as tarefas burocráticas/administrativas que são requeridas por este modelo de avaliação.3 – As relações de cooperação, de partilha e de cordialidade que durante anos fomos construindo na nossa escola estão, neste momento, seriamente ameaçadas por um modelo que, na prática, fomenta a competitividade feroz e o individualismo. Uma organização com este ambiente não pode proporcionar bons resultados!4 – Sentimo-nos sufocados com tanta legislação, frequentemente contraditória, nada articulada e impossível de concretizar. Sentimo-nos igualmente afogados em trabalho burocrático, sem tempo para preparação de actividades lectivas. As horas dedicadas às funções de avaliação impedem a preparação de aulas, a elaboração de materiais pedagógicos, o apoio individualizado aos alunos e à sua avaliação e também aos professores de cada Departamento. Lembramos ainda que, quando se iniciarem as aulas assistidas, muitos dos professores avaliadores, devido à incompatibilidade de horários, terão que faltar às suas próprias aulas!5- As professoras da nossa escola que integram a Comissão de Coordenação da Avaliação de Desempenho do Conselho Pedagógico e que não são avaliadoras, desempenham funções relacionadas com o processo de avaliação mas, tal não é contemplado no seu horário. Esta situação representa numa enorme sobrecarga de trabalho, uma vez mais em prejuízo das actividades lectivas e sua preparação.Solicitamos, assim, que sejam tomadas medidas de modo a que a serenidade possa voltar às escolas, o nosso trabalho seja respeitado e se criem condições para uma avaliação justa que melhore, de facto, o desempenho docente, e assim o sucesso real e não estatístico dos alunos.Aguardamos da parte de Vª Exa uma resposta às nossas preocupações.Atenciosamente,Os Coordenadores/Avaliadores da Escola Secundária Rainha Santa Isabel