Trix-Nitrix: As trafulhices do Público

04-07-2009
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A história que vou contar passou-se no Público, mas nada impedia que se tivesse passado noutro jornal qualquerO Público, do dia 27, relata, pela pena de São José Almeida, que as Esquerdas organizam-se em debates como alternativa à criação de um novo partido político.Logo de início afirma: “aparentemente sem que haja vontade suficiente e consequente para que apareça um novo partido político à esquerda, várias personalidades com filiação partidária no PS, no PCP e no BE envolvem-se em debates e iniciativas públicas para buscar respostas para a crise social e económica.” Já se sabe que depois, no resto do artigo, nada permite que se retire a conclusão porque é que não há vontade politica para criar um novo partido político. Mas isso pouco interessa para quem tem como objectivo especular sobre a esquerda e permitir assim aos leitores do jornal terem a sensação de estarem bem informados.Mas isto é o menos importante, apesar de ter servido de título ao artigo, o principal é ter juntado no mesmo corpo da notícia três debates que nada têm de comum, a não ser serem protagonizados por gente da esquerda.Um dos citados, e o mais disparatado no âmbito da notícia, foi a apresentação do livro de Celso Cruzeiro, A Nova Esquerda, como mais um debate relacionado com os outros dois. Se um autor junta, para lançamento do seu livro, e eu penso até que foi mais por pressão da editora, três personalidades de vários quadrantes da esquerda portuguesa. Neste caso Francisco Louçã, Paulo Fidalgo, que não é nomeado – não dá prestígio à notícia – e Paulo Pedroso, que foi defendido pelo advogado, autor do livro, aí temos a esquerda em debate, como alternativa à criação de um novo partido. Joana Lopes, no seu blog, já tinha denunciado as notícias completamente disparatadas que tinham a aparecido sobre este lançamento.Depois temos o fórum, na Aula Magna, em Lisboa, no dia 14, sobre Democracia e serviços públicos, organizado pelos mesmos que participaram na festa-sessão do Trindade. Esta realização merece, de facto, destaque especial, dado que junta, como já tinha sucedido anteriormente, a esquerda do PS (Manuel Alegre), o Bloco de Esquerda, Renovadores Comunistas e independentes, contando com a participação de Carvalho da Silva, esta sim a novidade, a dirigir a mesa sobre o Trabalho.Por último, temos uma iniciativa de um grupo que se designa por Ideias de Esquerda e que resolveu há já bastante tempo, e antes de ser conhecida a iniciativa da Aula Magna, promover um debate plural sobre o tema Crise, oportunidade de viragem. Para onde queremos ir?, que junta, ou juntava, Jorge Sampaio, António José Seguro, Carlos Carvalhas, e o economista do blog Ladrões de Bicicletas, Ricardo Pais Mamede. Esta iniciativa tem lugar a 15, no Hotel Zurique, também em Lisboa.Só por mera coincidência é que todas estas iniciativas acontecem num curto espaço de tempo. Mas a sua origem é bastante diferente. Era isto que uma jornalista séria e não desejosa de especular deveria ter dito. Poderia até entrevistar os responsáveis pela organização do Hotel Zurique e saber quem são e o que pretendem com aquela iniciativa. Já se sabe isso daria muito trabalho e não permitiria tanto fogo de vista.Perante esta notícia, Carlos Carvalhas recusa participar, não fosse alguém pensar que ao debater com personalidades tão insuspeitas como Jorge Sampaio ou António Seguro, estivesse na Aula Magna a discursar juntamente com Manuel Alegre ou Manuel Carvalho da Silva. Mas as acções ficam com quem as pratica.Para agravar este disparate pegado, o Público, de 29, pela pena, com certeza de uma estagiária(o), que assina LA, escreve este mimo, “Carlos Carvalhas, ? secretário-geral da CGTP ?, já não vai ao debate, de 14 de Dezembro, em que estaria lado a lado com Manuel Alegre (PS) e Ana Drago (BE). A informação foi ontem prestada em comunicado pelo Gabinete de Imprensa do PCP. Justificação: "não participará nesse debate, para o qual foi convidado, em circunstâncias e num quadro bem diferente daquele a que agora se procura associá-lo."Nota do PCP cita a notícia do PÚBLICO da passada quinta-feira em que é afirmado que "esquerdas organizam-se em debate como alternativa à criação de um novo partido". A notícia, diz o PCP "dá conta do chamado Fórum da Nova Esquerda, no âmbito da qual se associava a participação de Carlos Carvalhas num debate sobre a crise mundial", daí que o PCP tenha achado que o seu militante não deve participar. O debate em causa vem na sequência do encontro de Junho, no Teatro da Trindade, que juntou Alegre, dirigentes do BE e outras pessoas de esquerda. O PCP não se associou a este encontro.”É a trafulhice completa, que revela a incompetência e a ignorância de um(a) estagiária(o) e de quem, ao menos, devia ler o que ela(e) escreveu. Podemos dizer que nunca em tão pouco espaço se disseram tantas mentiras. Estou curioso para ver se a notícia é desmentida na rubrica “O Público errou”.Assim vai a nossa imprensa dita de referência.PS.: Já este post estava redigido quando vi o do Vítor Dias, em O Tempo das Cerejas. O assunto é o mesmo, a denúncia de um jornalismo trapalhão, simplesmente os objectivos são diferentes. Enquanto que eu critico as notícias do Público, Vítor Dias, sem esquecer isso e até atribui um nome ao responsável, tenta defender o seu camarada Carlos Carvalhas, que alegando intenções ocultas, desmarca um compromisso já assumido. Vítor Dias no seu post junta tudo, jornalismo trapalhão e políticos oportunistas, que, feitos uns com os outros, pretendem confundir a opinião pública. Gente séria e honesta só Vítor Dias e os seus amigos do PCP.E a propósito de gente séria, veja-se mais uma das tradicionais bicadas do Vítor Dias, que no seu blog, O Tempo das Cerejas, fala que o Esquerda.net indica como promotores do Fórum Manuel Alegre e Carvalho da Silva, e que não estariam na lista aí publicada. Esqueceu-se foi de dizer que o Esquerda.net fala em “promotores e participantes” o que é bem diferente da piadinha que faz.Depois de ouvir o discurso de Jerónimo de Sousa sobre Manuel Alegre e o Bloco de Esquerda, que Vítor Dias subscreve de certeza, fico com a ideia clara de que com este PCP, sectário e autista, não se pode ir a parte nenhuma.


A história que vou contar passou-se no Público, mas nada impedia que se tivesse passado noutro jornal qualquerO Público, do dia 27, relata, pela pena de São José Almeida, que as Esquerdas organizam-se em debates como alternativa à criação de um novo partido político.Logo de início afirma: “aparentemente sem que haja vontade suficiente e consequente para que apareça um novo partido político à esquerda, várias personalidades com filiação partidária no PS, no PCP e no BE envolvem-se em debates e iniciativas públicas para buscar respostas para a crise social e económica.” Já se sabe que depois, no resto do artigo, nada permite que se retire a conclusão porque é que não há vontade politica para criar um novo partido político. Mas isso pouco interessa para quem tem como objectivo especular sobre a esquerda e permitir assim aos leitores do jornal terem a sensação de estarem bem informados.Mas isto é o menos importante, apesar de ter servido de título ao artigo, o principal é ter juntado no mesmo corpo da notícia três debates que nada têm de comum, a não ser serem protagonizados por gente da esquerda.Um dos citados, e o mais disparatado no âmbito da notícia, foi a apresentação do livro de Celso Cruzeiro, A Nova Esquerda, como mais um debate relacionado com os outros dois. Se um autor junta, para lançamento do seu livro, e eu penso até que foi mais por pressão da editora, três personalidades de vários quadrantes da esquerda portuguesa. Neste caso Francisco Louçã, Paulo Fidalgo, que não é nomeado – não dá prestígio à notícia – e Paulo Pedroso, que foi defendido pelo advogado, autor do livro, aí temos a esquerda em debate, como alternativa à criação de um novo partido. Joana Lopes, no seu blog, já tinha denunciado as notícias completamente disparatadas que tinham a aparecido sobre este lançamento.Depois temos o fórum, na Aula Magna, em Lisboa, no dia 14, sobre Democracia e serviços públicos, organizado pelos mesmos que participaram na festa-sessão do Trindade. Esta realização merece, de facto, destaque especial, dado que junta, como já tinha sucedido anteriormente, a esquerda do PS (Manuel Alegre), o Bloco de Esquerda, Renovadores Comunistas e independentes, contando com a participação de Carvalho da Silva, esta sim a novidade, a dirigir a mesa sobre o Trabalho.Por último, temos uma iniciativa de um grupo que se designa por Ideias de Esquerda e que resolveu há já bastante tempo, e antes de ser conhecida a iniciativa da Aula Magna, promover um debate plural sobre o tema Crise, oportunidade de viragem. Para onde queremos ir?, que junta, ou juntava, Jorge Sampaio, António José Seguro, Carlos Carvalhas, e o economista do blog Ladrões de Bicicletas, Ricardo Pais Mamede. Esta iniciativa tem lugar a 15, no Hotel Zurique, também em Lisboa.Só por mera coincidência é que todas estas iniciativas acontecem num curto espaço de tempo. Mas a sua origem é bastante diferente. Era isto que uma jornalista séria e não desejosa de especular deveria ter dito. Poderia até entrevistar os responsáveis pela organização do Hotel Zurique e saber quem são e o que pretendem com aquela iniciativa. Já se sabe isso daria muito trabalho e não permitiria tanto fogo de vista.Perante esta notícia, Carlos Carvalhas recusa participar, não fosse alguém pensar que ao debater com personalidades tão insuspeitas como Jorge Sampaio ou António Seguro, estivesse na Aula Magna a discursar juntamente com Manuel Alegre ou Manuel Carvalho da Silva. Mas as acções ficam com quem as pratica.Para agravar este disparate pegado, o Público, de 29, pela pena, com certeza de uma estagiária(o), que assina LA, escreve este mimo, “Carlos Carvalhas, ? secretário-geral da CGTP ?, já não vai ao debate, de 14 de Dezembro, em que estaria lado a lado com Manuel Alegre (PS) e Ana Drago (BE). A informação foi ontem prestada em comunicado pelo Gabinete de Imprensa do PCP. Justificação: "não participará nesse debate, para o qual foi convidado, em circunstâncias e num quadro bem diferente daquele a que agora se procura associá-lo."Nota do PCP cita a notícia do PÚBLICO da passada quinta-feira em que é afirmado que "esquerdas organizam-se em debate como alternativa à criação de um novo partido". A notícia, diz o PCP "dá conta do chamado Fórum da Nova Esquerda, no âmbito da qual se associava a participação de Carlos Carvalhas num debate sobre a crise mundial", daí que o PCP tenha achado que o seu militante não deve participar. O debate em causa vem na sequência do encontro de Junho, no Teatro da Trindade, que juntou Alegre, dirigentes do BE e outras pessoas de esquerda. O PCP não se associou a este encontro.”É a trafulhice completa, que revela a incompetência e a ignorância de um(a) estagiária(o) e de quem, ao menos, devia ler o que ela(e) escreveu. Podemos dizer que nunca em tão pouco espaço se disseram tantas mentiras. Estou curioso para ver se a notícia é desmentida na rubrica “O Público errou”.Assim vai a nossa imprensa dita de referência.PS.: Já este post estava redigido quando vi o do Vítor Dias, em O Tempo das Cerejas. O assunto é o mesmo, a denúncia de um jornalismo trapalhão, simplesmente os objectivos são diferentes. Enquanto que eu critico as notícias do Público, Vítor Dias, sem esquecer isso e até atribui um nome ao responsável, tenta defender o seu camarada Carlos Carvalhas, que alegando intenções ocultas, desmarca um compromisso já assumido. Vítor Dias no seu post junta tudo, jornalismo trapalhão e políticos oportunistas, que, feitos uns com os outros, pretendem confundir a opinião pública. Gente séria e honesta só Vítor Dias e os seus amigos do PCP.E a propósito de gente séria, veja-se mais uma das tradicionais bicadas do Vítor Dias, que no seu blog, O Tempo das Cerejas, fala que o Esquerda.net indica como promotores do Fórum Manuel Alegre e Carvalho da Silva, e que não estariam na lista aí publicada. Esqueceu-se foi de dizer que o Esquerda.net fala em “promotores e participantes” o que é bem diferente da piadinha que faz.Depois de ouvir o discurso de Jerónimo de Sousa sobre Manuel Alegre e o Bloco de Esquerda, que Vítor Dias subscreve de certeza, fico com a ideia clara de que com este PCP, sectário e autista, não se pode ir a parte nenhuma.

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