enquanto a onda não volta: Pais, Escolas, Deuses, Fé e a História do mundo

18-02-2006
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Creio que toda a gente sabe o que é uma branca. Pois bem, eu tive mas foi uma preta, mas de tal forma preta que não vislumbro palavrinha nenhuma na cabeça. Assim, vou refazer um artigo, já não é o original desenhado em pensamento. Ah! o ABRAÇO roubei-o ali ao lado, e é um abraço a todos os que pensam nestas coisas. E aos outros também, que eu não sou elitista [quer dizer, sou um cadidinho...].Esta confissão vem a propósito de um pedido que coloquei à tmara e à Adryka, para publicar aqui um artigo que me nasceu no corpo ao assistir a uma saudável discussão sobre o papel das escolas relativamente aos ensinamentos de Deus. A discussão, como é óbvio, nasceu desta coisa de tirar ou não tirar os crucifixos das escolas.Numa viagem de hora e meia, desenhei o artigo mais sério da minha vida. Depois, trabalho puxa trabalho, maternidade puxa maternidade, cansaço puxa cansaço... varreu-se-me.Vou tentar explicar rapidamente o que despertaram em mim aquelas duas blogueiras.O crucifixo Se cada um de nós souber agir de forma saudável, respeitosa e íntegra, a meu ver, em cada sala de cada uma das muitas escolas por esse país fora, poderá decidir-se se se tira o que lá está ou se se penduram mais 3. Pois... saudável, respeitosa e íntegra, não sei se muita gente ainda saberá o significado destas três palavras chave. Adiante... Acredito que a Fé, as imagens e as práticas religiosas são suficientemente equilibradas em Portugal para que não se despertem ódios. Creio que seria mais útil ter políticos preocupados com a verdadeira e crítica crise do país. Não me parece que seja esta a maior prioridade do país, nem que valha a pena estar a criar conflitos com uma coisa que, no nosso país, e na sociedade actual, tem sobrevivido sem grandes precalços, a liberdade de escolha religiosa. Comigo, numa empresa de tecnologia de ponta, trabalha um budista e uma testemunha de Jeová. Proibir incentiva a revolta. Já se esqueceram das guerrilhas na cidade de Paris? Não foi assim há tanto tempo... e, entre outras, uma das razões de base desta guerrilhice descontrolada, vem das pressões políticas exercidas sobre tradições ou práticas religiosas que não dizem respeito aos políticos. Os Pais e as EscolasA dupla Pais vs. Escolas é uma das mais desiquilibradas do mundo actual. Ora vejamos, nos dias de hoje, Pai que é Pai, trabalha 50/24 horas, dá um bom dinheiro a uma boa escola e espera que ela eduque aquele que desejou, concebeu e ajudou a vir ao mundo. Não V/ estranha esta acepção? A mim estranha e muito. A mim incomoda-me. Cada vez mais, e sem querer apontar culpas ou generalizar, vemos Escolas serem responsabilizadas pela educação da criança. Cabe ao seio familiar dar as bases que permitirão à criança compreender o que lhe vai ser ensinado na Escola. A Escola complementa a paternidade, a Escola não substitui a paternidade. Aquilo que eu dou aos meus filhos não basta, mas é base para que eles saibam tirar partido do que a escola lhes vai ou não ensinar. O que não se ensina também se aprende e, entre muitas outras coisas, cabe aos pais mostrar essa abertura para o conhecimento.Deus, Fé e HistóriaDeve ou não falar-se dos ensinamentos de Deus, da Fé, da Crença, nas Escolas. Eu acho que sim, e não se levantem já as vozes exaltadas. Deus, Fé e Crença fazem parte da História Universal. Mas não um Deus em que apenas parte de nós acredita. Deus, Fé e Crença é muito maior do que o nosso Deus, a nossa Fé, a nossa Crença. Eu estudei a vida dos Etruscos, a maternidade representada em Latona e o menino Apolo, em terracota. Eu pesquisei as enciclopédias cá de casa à procura dos factos sobre os Deuses e semi-Deuses egípcios. Aprendi porque razão Mikerinos se eternizou entre Hathos e o nomo de Cinópolis no seu templo funerário em Gizeh. Percebi porque razão a união faz a força, nas figuras que ornamentam de forma sumptuosa as fábulas de Kalilah e Dimnah, contrapondo a proibição da imagem no Corão. História religiosa universal. Parece-me justo que nos ensinem também quem foi Cristo e porque razão terá sido concebido sem pecado. Há explicações históricas e racionais para a Crença. Seja qual for o Deus, a Fé ou a Crença. Parece-me tão simples e necessário. Por exemplo, eu acredito em algo porque não consigo conceber que não exista nada para lá da matéria. E estudei tudo, explicaram-me tudo e eu nunca tive de escolher nada. O que é a Fé? A Fé é algo que ultrapassa religiões, escolas, fronteiras. A Fé nasce dentro do Homem desde o início dos tempos, numa necessidade de acreditar em algo superior. Não podemos explicar isto? Eu acho que devemos. Tenho algumas histórias engraçadas e reais, dos tempos de catequista. Uma ressalva, não fui catequista porque queria impôr a Fé em Deus. Fui catequista porque gosto de crianças e gosto de as ensinar.+ Um menino a quem pedi que me desenhasse Jesus e me trouxe uma Tartaruga Ninja. É justo! Eu ensinei-lhe que Jesus ajudava os meninos em apuros, as Tartarugas Ninjas também. Independentemente de ter entendido quem era ou deixava de ser Jesus ou qualquer outro homem no mundo, soube mostrar que tinha percebido o que era fazer o Bem.+ Também tive uma história de terror... Uma Mãe aflita que me veio perguntar porque razão o filho não queria sair de casa, tinha medo que Deus o pisasse. Tentem lá explicar omnipresença... Realmente um Deus que está em todo o lado [ao mesmo tempo aqui e na China? Sim, em todo o lado, ao lado de todos os meninos. E no mar também?! Sim, no mar, na terra, no céu..], deve ter uns grandes pés, eu também teria medo de ser pisada!E aqui é que vem a preta! Não me lembro do resto... mas ia acabar num equilíbrio, o que nós precisamos é de equilíbrio, abertura ao outro e compreensão. Uma frase um bocado balelas...


Creio que toda a gente sabe o que é uma branca. Pois bem, eu tive mas foi uma preta, mas de tal forma preta que não vislumbro palavrinha nenhuma na cabeça. Assim, vou refazer um artigo, já não é o original desenhado em pensamento. Ah! o ABRAÇO roubei-o ali ao lado, e é um abraço a todos os que pensam nestas coisas. E aos outros também, que eu não sou elitista [quer dizer, sou um cadidinho...].Esta confissão vem a propósito de um pedido que coloquei à tmara e à Adryka, para publicar aqui um artigo que me nasceu no corpo ao assistir a uma saudável discussão sobre o papel das escolas relativamente aos ensinamentos de Deus. A discussão, como é óbvio, nasceu desta coisa de tirar ou não tirar os crucifixos das escolas.Numa viagem de hora e meia, desenhei o artigo mais sério da minha vida. Depois, trabalho puxa trabalho, maternidade puxa maternidade, cansaço puxa cansaço... varreu-se-me.Vou tentar explicar rapidamente o que despertaram em mim aquelas duas blogueiras.O crucifixo Se cada um de nós souber agir de forma saudável, respeitosa e íntegra, a meu ver, em cada sala de cada uma das muitas escolas por esse país fora, poderá decidir-se se se tira o que lá está ou se se penduram mais 3. Pois... saudável, respeitosa e íntegra, não sei se muita gente ainda saberá o significado destas três palavras chave. Adiante... Acredito que a Fé, as imagens e as práticas religiosas são suficientemente equilibradas em Portugal para que não se despertem ódios. Creio que seria mais útil ter políticos preocupados com a verdadeira e crítica crise do país. Não me parece que seja esta a maior prioridade do país, nem que valha a pena estar a criar conflitos com uma coisa que, no nosso país, e na sociedade actual, tem sobrevivido sem grandes precalços, a liberdade de escolha religiosa. Comigo, numa empresa de tecnologia de ponta, trabalha um budista e uma testemunha de Jeová. Proibir incentiva a revolta. Já se esqueceram das guerrilhas na cidade de Paris? Não foi assim há tanto tempo... e, entre outras, uma das razões de base desta guerrilhice descontrolada, vem das pressões políticas exercidas sobre tradições ou práticas religiosas que não dizem respeito aos políticos. Os Pais e as EscolasA dupla Pais vs. Escolas é uma das mais desiquilibradas do mundo actual. Ora vejamos, nos dias de hoje, Pai que é Pai, trabalha 50/24 horas, dá um bom dinheiro a uma boa escola e espera que ela eduque aquele que desejou, concebeu e ajudou a vir ao mundo. Não V/ estranha esta acepção? A mim estranha e muito. A mim incomoda-me. Cada vez mais, e sem querer apontar culpas ou generalizar, vemos Escolas serem responsabilizadas pela educação da criança. Cabe ao seio familiar dar as bases que permitirão à criança compreender o que lhe vai ser ensinado na Escola. A Escola complementa a paternidade, a Escola não substitui a paternidade. Aquilo que eu dou aos meus filhos não basta, mas é base para que eles saibam tirar partido do que a escola lhes vai ou não ensinar. O que não se ensina também se aprende e, entre muitas outras coisas, cabe aos pais mostrar essa abertura para o conhecimento.Deus, Fé e HistóriaDeve ou não falar-se dos ensinamentos de Deus, da Fé, da Crença, nas Escolas. Eu acho que sim, e não se levantem já as vozes exaltadas. Deus, Fé e Crença fazem parte da História Universal. Mas não um Deus em que apenas parte de nós acredita. Deus, Fé e Crença é muito maior do que o nosso Deus, a nossa Fé, a nossa Crença. Eu estudei a vida dos Etruscos, a maternidade representada em Latona e o menino Apolo, em terracota. Eu pesquisei as enciclopédias cá de casa à procura dos factos sobre os Deuses e semi-Deuses egípcios. Aprendi porque razão Mikerinos se eternizou entre Hathos e o nomo de Cinópolis no seu templo funerário em Gizeh. Percebi porque razão a união faz a força, nas figuras que ornamentam de forma sumptuosa as fábulas de Kalilah e Dimnah, contrapondo a proibição da imagem no Corão. História religiosa universal. Parece-me justo que nos ensinem também quem foi Cristo e porque razão terá sido concebido sem pecado. Há explicações históricas e racionais para a Crença. Seja qual for o Deus, a Fé ou a Crença. Parece-me tão simples e necessário. Por exemplo, eu acredito em algo porque não consigo conceber que não exista nada para lá da matéria. E estudei tudo, explicaram-me tudo e eu nunca tive de escolher nada. O que é a Fé? A Fé é algo que ultrapassa religiões, escolas, fronteiras. A Fé nasce dentro do Homem desde o início dos tempos, numa necessidade de acreditar em algo superior. Não podemos explicar isto? Eu acho que devemos. Tenho algumas histórias engraçadas e reais, dos tempos de catequista. Uma ressalva, não fui catequista porque queria impôr a Fé em Deus. Fui catequista porque gosto de crianças e gosto de as ensinar.+ Um menino a quem pedi que me desenhasse Jesus e me trouxe uma Tartaruga Ninja. É justo! Eu ensinei-lhe que Jesus ajudava os meninos em apuros, as Tartarugas Ninjas também. Independentemente de ter entendido quem era ou deixava de ser Jesus ou qualquer outro homem no mundo, soube mostrar que tinha percebido o que era fazer o Bem.+ Também tive uma história de terror... Uma Mãe aflita que me veio perguntar porque razão o filho não queria sair de casa, tinha medo que Deus o pisasse. Tentem lá explicar omnipresença... Realmente um Deus que está em todo o lado [ao mesmo tempo aqui e na China? Sim, em todo o lado, ao lado de todos os meninos. E no mar também?! Sim, no mar, na terra, no céu..], deve ter uns grandes pés, eu também teria medo de ser pisada!E aqui é que vem a preta! Não me lembro do resto... mas ia acabar num equilíbrio, o que nós precisamos é de equilíbrio, abertura ao outro e compreensão. Uma frase um bocado balelas...

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