Na cama, e na urna, sem José Sócrates

03-10-2009
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Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Imagem do KAOS e dedicado ao meu amigo Farelhão

Hoje, soube-me muito bem não ver a entrevista com José Sócrates. É como com os mortos, é melhor a gente guardar aquelas imagens de quando tudo ainda era belo, calmo e sereno, do que ficar marcado, a ferro ardente, com os últimos esgares da Morte desinteressante.

Como é público, Sócrates é das raras personagens, que, desde sempre, não me despertou qualquer tipo de piedade ou sentimento, suponho, aliás, que tenha sido o melhor dos argumentos para passar a poupar energia gasta em televisão. Em contrapartida, já tive de comprar vários telecomandos, por causa do carregar no botão do “salta-daí-depressa-que-chegou-o-aldrabão”…

A “Miss Fardas” fazia-me dar gargalhadas, e tornei-a num clássico do imaginário da Net, quando a punha a desfilar, naquela pose de Estado, à Henrique Santana, defronte dos soldados, nariz muito empinado, não fosse descair-lhe o olhar para a braguilha dos camuflados, como seria natural e saudável. Sócrates, pelo contrário, nunca me fez rir, nem no princípio, nem no meio, nem no fim: é uma mero placebo, em forma de amiba, que insistem em enfiar em fatos, que continuam a matraquear que custam muito caro, quando podiam fazer o filme com adereços de muito mais baixo custo e com a mesma tão má atuação, porque o importante, no fundo, é a imutável miséria do protagonista.

Quando o Mário Crespo, no meio da entrevista da SIC, me passou o excerto, notei que tinha havido alguns melhoramentos, é para isso que serve a cosmética, e imaginem o que seria a Bocarra Guimarães, nua, depois de ter apanhado uma valente mangueirada, que lhe tivesse feito escorrer as tintas e os corantes todos para a sarjeta. Eu sei que a imagem é chocante, mas podia acontecer: bastava que ela tivesse sido apanhada por um tufão de Grau 5, e tivesse sobrevivido, nua e crua, agarrada a uma palmeira da República Dominicana, onde o Pedro Miguel Ramos, pela primeira vez, lhe ensinou que se podia brincar aos casamentos, porque, no fundo, tudo era como os maços de cartas: acabado o jogo, bastava embaralhar, e começar do início, mais Dinis, menos Dinis.

Tudo isto para dizer que tinha havido um toque no capilar: a carapinha estava mais insuflada, o que poderá indiciar implantes, quiçá pagos pelos “ Freeport “, ou que apanhou do Vital Moreira o tique da frequência dos cabeleireiros de caniches. Acrescento que sei que o Cacém se está a tornar numa superpotência regional, à pala disso…

No outro dia, dizia a minha amiga Carmelinda Pereira — que já percebeu que a Política só motiva os tristes, e se virou para o Civismo, onde o homem/mulher comum expressam as coisas simples, e elementares, que lhe vão na alma — que adoraria ver um Governo de coligação, onde o PS, o PCP e BE programassem o que têm de melhor em si… mas sem Sócrates. Achei a ideia bonita, e até me atrevia a acrescentar, sem Sócrates, nem Alegre, por causa do bafio. Esqueceu-se a cidadã de que, uma vez chegados ao Poder, cada uma das cores políticas imediatamente exerce o que de pior tem em si, ou seja, arriscávamo-nos a apanhar com todos os sócrates que o PS, o PCP e BE lá têm escondidos dentro.

Não se esqueça de que há sempre, em qualquer covil, uma Maria de Lurdes Rodrigues que espera, na sombra, por si.

O cenário de Setembro vai ser cómico, com o Centrão separado por centésimas, e até aquela mulher esgalgada do PSD, que parece uma anémona, num gesticular de mãos, e que as pessoas adoram tratar por “Professor Marcello”, suponho que no mesmo tom com que se trata, no Tintin, o Professor Tournessol, fala — tinha de me roubar a ideia, a bicha… — de que íamos papar 2 anos minoritários do Arenque Fumado. Seria interessante que a vitória do Arenque Fumado trouxesse uma daquelas rixas típicas dos barões do PSD e a desgraçada fosse obrigada a governar, de costas viradas para o seu partido, e com uma coligação negativa do que de pior houvesse no PS, no PCP e no BE. Sempre era uma esperança para a Ana Drago ir tutelar os aterros sanitários, a Odete Santos para a Cultura — (esta é genuína e não é sarcástica) — o Rosas na Administração Interna, para matar saudades das bufarias da PIDE, e aquela cadela da Isabel Alçada, que plagiou o Plano Nacional de Leitura , com a maior desfaçatez e frieza do Universo, a fingir que havia Ministro da Educação em Portugal, coisa que já não há, desde o tempo em que o Scarlatti dava lições de cravo à canhota da Maria Bárbara. Ah, sim, e o Paulo Pedroso podia ir para os Negócios Estrangeiros, para cumprir uma longa tradição, e o Constâncio até continuava, enquanto houvesse Maçonaria e Arte.

Já me esqueci do que vinha dizer… Ah, sim, já sei: parece que ficou célebre aquela parte da “voz off” da Judite de Sousa, aquando da Ferreira Leite, de maneira que perguntou à vaidosa da bicha “se ela era vaidosa”, que é o equivalente a perguntar ao Pinto da Costa se comprava árbitros. É claro que seminegou e semiseesgasgou, e deu uma resposta que me encheu o coração de ternura: tinha vaidade nos filhos…

Pudera, deram trabalho a fazer, e por mais ejaculação precoce que haja, sempre obrigaram o salpicão de Vilar de Maçada a ter de penar, alguns minutos, na sua “peregrinatio ad loca infecta”. O que aquilo lhe deve ter custado…

(Triângulo, só mesmo para entreter os desesperados, no “ Aventar “, no “Arrebenta-SOL” e em “The Braganza Mothers” )

Outros aventares de Arrebenta

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Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas

Imagem do KAOS e dedicado ao meu amigo Farelhão

Hoje, soube-me muito bem não ver a entrevista com José Sócrates. É como com os mortos, é melhor a gente guardar aquelas imagens de quando tudo ainda era belo, calmo e sereno, do que ficar marcado, a ferro ardente, com os últimos esgares da Morte desinteressante.

Como é público, Sócrates é das raras personagens, que, desde sempre, não me despertou qualquer tipo de piedade ou sentimento, suponho, aliás, que tenha sido o melhor dos argumentos para passar a poupar energia gasta em televisão. Em contrapartida, já tive de comprar vários telecomandos, por causa do carregar no botão do “salta-daí-depressa-que-chegou-o-aldrabão”…

A “Miss Fardas” fazia-me dar gargalhadas, e tornei-a num clássico do imaginário da Net, quando a punha a desfilar, naquela pose de Estado, à Henrique Santana, defronte dos soldados, nariz muito empinado, não fosse descair-lhe o olhar para a braguilha dos camuflados, como seria natural e saudável. Sócrates, pelo contrário, nunca me fez rir, nem no princípio, nem no meio, nem no fim: é uma mero placebo, em forma de amiba, que insistem em enfiar em fatos, que continuam a matraquear que custam muito caro, quando podiam fazer o filme com adereços de muito mais baixo custo e com a mesma tão má atuação, porque o importante, no fundo, é a imutável miséria do protagonista.

Quando o Mário Crespo, no meio da entrevista da SIC, me passou o excerto, notei que tinha havido alguns melhoramentos, é para isso que serve a cosmética, e imaginem o que seria a Bocarra Guimarães, nua, depois de ter apanhado uma valente mangueirada, que lhe tivesse feito escorrer as tintas e os corantes todos para a sarjeta. Eu sei que a imagem é chocante, mas podia acontecer: bastava que ela tivesse sido apanhada por um tufão de Grau 5, e tivesse sobrevivido, nua e crua, agarrada a uma palmeira da República Dominicana, onde o Pedro Miguel Ramos, pela primeira vez, lhe ensinou que se podia brincar aos casamentos, porque, no fundo, tudo era como os maços de cartas: acabado o jogo, bastava embaralhar, e começar do início, mais Dinis, menos Dinis.

Tudo isto para dizer que tinha havido um toque no capilar: a carapinha estava mais insuflada, o que poderá indiciar implantes, quiçá pagos pelos “ Freeport “, ou que apanhou do Vital Moreira o tique da frequência dos cabeleireiros de caniches. Acrescento que sei que o Cacém se está a tornar numa superpotência regional, à pala disso…

No outro dia, dizia a minha amiga Carmelinda Pereira — que já percebeu que a Política só motiva os tristes, e se virou para o Civismo, onde o homem/mulher comum expressam as coisas simples, e elementares, que lhe vão na alma — que adoraria ver um Governo de coligação, onde o PS, o PCP e BE programassem o que têm de melhor em si… mas sem Sócrates. Achei a ideia bonita, e até me atrevia a acrescentar, sem Sócrates, nem Alegre, por causa do bafio. Esqueceu-se a cidadã de que, uma vez chegados ao Poder, cada uma das cores políticas imediatamente exerce o que de pior tem em si, ou seja, arriscávamo-nos a apanhar com todos os sócrates que o PS, o PCP e BE lá têm escondidos dentro.

Não se esqueça de que há sempre, em qualquer covil, uma Maria de Lurdes Rodrigues que espera, na sombra, por si.

O cenário de Setembro vai ser cómico, com o Centrão separado por centésimas, e até aquela mulher esgalgada do PSD, que parece uma anémona, num gesticular de mãos, e que as pessoas adoram tratar por “Professor Marcello”, suponho que no mesmo tom com que se trata, no Tintin, o Professor Tournessol, fala — tinha de me roubar a ideia, a bicha… — de que íamos papar 2 anos minoritários do Arenque Fumado. Seria interessante que a vitória do Arenque Fumado trouxesse uma daquelas rixas típicas dos barões do PSD e a desgraçada fosse obrigada a governar, de costas viradas para o seu partido, e com uma coligação negativa do que de pior houvesse no PS, no PCP e no BE. Sempre era uma esperança para a Ana Drago ir tutelar os aterros sanitários, a Odete Santos para a Cultura — (esta é genuína e não é sarcástica) — o Rosas na Administração Interna, para matar saudades das bufarias da PIDE, e aquela cadela da Isabel Alçada, que plagiou o Plano Nacional de Leitura , com a maior desfaçatez e frieza do Universo, a fingir que havia Ministro da Educação em Portugal, coisa que já não há, desde o tempo em que o Scarlatti dava lições de cravo à canhota da Maria Bárbara. Ah, sim, e o Paulo Pedroso podia ir para os Negócios Estrangeiros, para cumprir uma longa tradição, e o Constâncio até continuava, enquanto houvesse Maçonaria e Arte.

Já me esqueci do que vinha dizer… Ah, sim, já sei: parece que ficou célebre aquela parte da “voz off” da Judite de Sousa, aquando da Ferreira Leite, de maneira que perguntou à vaidosa da bicha “se ela era vaidosa”, que é o equivalente a perguntar ao Pinto da Costa se comprava árbitros. É claro que seminegou e semiseesgasgou, e deu uma resposta que me encheu o coração de ternura: tinha vaidade nos filhos…

Pudera, deram trabalho a fazer, e por mais ejaculação precoce que haja, sempre obrigaram o salpicão de Vilar de Maçada a ter de penar, alguns minutos, na sua “peregrinatio ad loca infecta”. O que aquilo lhe deve ter custado…

(Triângulo, só mesmo para entreter os desesperados, no “ Aventar “, no “Arrebenta-SOL” e em “The Braganza Mothers” )

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