BAR A BARRACA: PEDIDO SINCERO AO CAMARADA PRESIDENTE ou JORGE, OUVE ISTO QUE ELES TÊM RAZÃO

20-06-2005
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Caro Jorge, aqui estamos de saúde e, como sabe, com o país lixado.

Decidimos escrever-lhe estas linhas porque sabemos que o presidente, ao contrário de outros, não deixa que as coisas caiam em saco roto ou azul.

Nas últimas semanas, temos vindo a notar que o povo anda mais jovial, mais solto, mais folgazão. Com a ajuda do equilíbrio matemático do Pina Moura e do rigor das somas da Ferreira Leite, juntámos dois mais dois e chegámos à conclusão que o súbito joy-de-vivre e descontracção dos portugueses se deve ao facto do país ter parado para ver a campanha eleitoral.

Percebemos, com a ajuda de sociólogos renomadíssimos e antropólogos de igual valor, que a mudança de humor não tem relação com a curiosidade em relação ao resultado eleitoral – esse trará poucas mudanças, ainda assim algumas, mas subtis, com certeza – a súbita alegria do povo é causada pelo facto de ver políticos falando nas ruas, distribuindo beijos em praças, besuntando-se com fanecas em praças, entrando e saindo de edifícios, ruelas e pracetas. Disseram-nos, os tais estudiosos, que o povo, o sereno, a que presides, tem a ilusão de que os políticos estão a fazer qualquer coisa. Veja você…

Assim, e sem mais demoras, pedimos-lhe que, como preclaro presidente que é e que, acima de tudo, quer o bem do seu povo, invente uma forma, a estudar com gente competente – podemos mesmo emprestar-lhe alguns dos nossos sociólogos e antropólogos – uma forma simples, prática e rápida de, sem pesar no erário público, obrigar algumas das figuras, quiçá as menos capazes – por vezes as mais luminosas em tempos de campanhas – a manterem-se em campanha para lá do dia 20 de Fevereiro.

A questão é, mesmo em termos económicos, de simples viabilização, se não vejamos:

- Deslocações a cargo da Renex, emérita companhia de autocarros, coisa segura e limpinha;

- Alimentação a cargo das empresas que exploram as áreas de serviço das auto estradas portuguesas;

- Dormidas a cargo das pousadas da juventude.

O único compromisso que os campanheiros teriam seria o cumprimento de um horário, exigente, é certo, mas absolutamente possível de cumprir. Os campanheiros folgariam ao domingo, dia em que podiam dedicar-se a actividades familiares e outras.

Jorge, esta medida nada tem de castigadora, por isso, e só por isso, arriscamos colocar aqui uma lista de notáveis que, a bem do futuro da nação, deviam ser mandados para a futura campanha permanente – a iniciar o quanto antes – que, acreditamos, poderá manter o povo alegre e, consequentemente, produtivo:

Pedro Santana Lopes, José Luís Arnaut, Jamila Madeira, José Pacheco Pereira, Ilda Figueiredo, Luís Nobre Guedes, Manuel Monteiro, Ana Drago, Bagão Félix, Maria José Nogueira Pinto, Bernardino Soares, Nuno Morais Sarmento, Odete Santos, Luís Delgado, Garcia Pereira, Paulo Portas, Luís Felipe Menezes, Valentim Loureiro, Edite Estrela, entre muitos outros, evidentemente.

Beijos para a Maria José, para a Vera e para o André, estão os três enormes.

Aceite um abraço forte, permanentemente entre o espanto e o vómito, à conta da malfadada pátria.

A gerência que o admira e estima, apesar dos pesares.

Caro Jorge, aqui estamos de saúde e, como sabe, com o país lixado.

Decidimos escrever-lhe estas linhas porque sabemos que o presidente, ao contrário de outros, não deixa que as coisas caiam em saco roto ou azul.

Nas últimas semanas, temos vindo a notar que o povo anda mais jovial, mais solto, mais folgazão. Com a ajuda do equilíbrio matemático do Pina Moura e do rigor das somas da Ferreira Leite, juntámos dois mais dois e chegámos à conclusão que o súbito joy-de-vivre e descontracção dos portugueses se deve ao facto do país ter parado para ver a campanha eleitoral.

Percebemos, com a ajuda de sociólogos renomadíssimos e antropólogos de igual valor, que a mudança de humor não tem relação com a curiosidade em relação ao resultado eleitoral – esse trará poucas mudanças, ainda assim algumas, mas subtis, com certeza – a súbita alegria do povo é causada pelo facto de ver políticos falando nas ruas, distribuindo beijos em praças, besuntando-se com fanecas em praças, entrando e saindo de edifícios, ruelas e pracetas. Disseram-nos, os tais estudiosos, que o povo, o sereno, a que presides, tem a ilusão de que os políticos estão a fazer qualquer coisa. Veja você…

Assim, e sem mais demoras, pedimos-lhe que, como preclaro presidente que é e que, acima de tudo, quer o bem do seu povo, invente uma forma, a estudar com gente competente – podemos mesmo emprestar-lhe alguns dos nossos sociólogos e antropólogos – uma forma simples, prática e rápida de, sem pesar no erário público, obrigar algumas das figuras, quiçá as menos capazes – por vezes as mais luminosas em tempos de campanhas – a manterem-se em campanha para lá do dia 20 de Fevereiro.

A questão é, mesmo em termos económicos, de simples viabilização, se não vejamos:

- Deslocações a cargo da Renex, emérita companhia de autocarros, coisa segura e limpinha;

- Alimentação a cargo das empresas que exploram as áreas de serviço das auto estradas portuguesas;

- Dormidas a cargo das pousadas da juventude.

O único compromisso que os campanheiros teriam seria o cumprimento de um horário, exigente, é certo, mas absolutamente possível de cumprir. Os campanheiros folgariam ao domingo, dia em que podiam dedicar-se a actividades familiares e outras.

Jorge, esta medida nada tem de castigadora, por isso, e só por isso, arriscamos colocar aqui uma lista de notáveis que, a bem do futuro da nação, deviam ser mandados para a futura campanha permanente – a iniciar o quanto antes – que, acreditamos, poderá manter o povo alegre e, consequentemente, produtivo:

Pedro Santana Lopes, José Luís Arnaut, Jamila Madeira, José Pacheco Pereira, Ilda Figueiredo, Luís Nobre Guedes, Manuel Monteiro, Ana Drago, Bagão Félix, Maria José Nogueira Pinto, Bernardino Soares, Nuno Morais Sarmento, Odete Santos, Luís Delgado, Garcia Pereira, Paulo Portas, Luís Felipe Menezes, Valentim Loureiro, Edite Estrela, entre muitos outros, evidentemente.

Beijos para a Maria José, para a Vera e para o André, estão os três enormes.

Aceite um abraço forte, permanentemente entre o espanto e o vómito, à conta da malfadada pátria.

A gerência que o admira e estima, apesar dos pesares.

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