Comunicação Social

20-07-2005
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Estava eu bem encostado à minha cadeira a passar os olhos por um site noticioso quando dei de caras com uma notícia que de imediato cativou o meu interesse.A dita dizia respeito ao que se passara no Parlamento nessa mesma tarde, dando conta - com direito a citações e tudo - de um "interessante" diálogo estabelecido entre um deputado do CDS/PP (cujo nome não me lembro) e a menina Ana Drago.O assunto, esse, não podia ser mais actual: o "arrastão" de Carcavelos.O frémito teve início quando o deputado popular deu conta da intenção do seu partido de propor "a alteração da idade para efeitos de inimputabilidade" e afirmou a "necessidade de censurar os criminosos e louvar a polícia."Foi esta singela medida que chocou Ana Drago, que acorreu a classificá-la de "xenófoba" - isto sem que alguém tivesse sequer referido a palavra "etnia", mas creio que todos sabemos o que a menina do Bloco tinha em mente. Não satisfeita, fez ainda questão de referir que tais medidas eram "uma vergonha para esta câmara e para a democracia". Destas doutas palavras apenas posso concluir que o conceito de "democracia" de Ana Drago é ligeiramente diferente daquele que a maior parte das pessoas partilha, ou, dito por outras palavras, a "democracia", segundo a sapiente rapariga, não comporta, obviamente, a possibilidade das pessoas expressarem livremente as suas opiniões.Mas, para dar por findo este final de tarde maravilhoso, só faltava mesmo vir um tal de António Filipe (PCP) afirmar que "medidas de combate à criminalidade são o discurso da demagogia e da intolerância."Confesso-me impotente para rebater tais argumentos. Afinal de contas, é óbvio que ser intolerante, principalmente com os criminosos, é uma coisa muito má. Mas, antes de julgamentos prévios, gostaria de dizer que nada me move contra o B.E. Nem tão pouco tenho alguma coisa contra o P.C.P. Simplesmente julgo que a sociedade portuguesa começa a entrar num clima muito pouco saudável no qual o crime começa a ser visto como algo banal - e, pasmem-se, ninguém parece muito importado com isso (não me lembro de ter visto, no programa eleitoral dos partidos durante a última campanha, qualquer tipo de medida para reduzir a criminalidade). Por vezes, dá a ideia de que o crime é assunto tabu - especialmente quando isso envolve falar de minorias e termos afins. Enfim, foi apenas um desabafo. Mas gostaria de saber as vossas opiniões acerca deste assunto.

Estava eu bem encostado à minha cadeira a passar os olhos por um site noticioso quando dei de caras com uma notícia que de imediato cativou o meu interesse.A dita dizia respeito ao que se passara no Parlamento nessa mesma tarde, dando conta - com direito a citações e tudo - de um "interessante" diálogo estabelecido entre um deputado do CDS/PP (cujo nome não me lembro) e a menina Ana Drago.O assunto, esse, não podia ser mais actual: o "arrastão" de Carcavelos.O frémito teve início quando o deputado popular deu conta da intenção do seu partido de propor "a alteração da idade para efeitos de inimputabilidade" e afirmou a "necessidade de censurar os criminosos e louvar a polícia."Foi esta singela medida que chocou Ana Drago, que acorreu a classificá-la de "xenófoba" - isto sem que alguém tivesse sequer referido a palavra "etnia", mas creio que todos sabemos o que a menina do Bloco tinha em mente. Não satisfeita, fez ainda questão de referir que tais medidas eram "uma vergonha para esta câmara e para a democracia". Destas doutas palavras apenas posso concluir que o conceito de "democracia" de Ana Drago é ligeiramente diferente daquele que a maior parte das pessoas partilha, ou, dito por outras palavras, a "democracia", segundo a sapiente rapariga, não comporta, obviamente, a possibilidade das pessoas expressarem livremente as suas opiniões.Mas, para dar por findo este final de tarde maravilhoso, só faltava mesmo vir um tal de António Filipe (PCP) afirmar que "medidas de combate à criminalidade são o discurso da demagogia e da intolerância."Confesso-me impotente para rebater tais argumentos. Afinal de contas, é óbvio que ser intolerante, principalmente com os criminosos, é uma coisa muito má. Mas, antes de julgamentos prévios, gostaria de dizer que nada me move contra o B.E. Nem tão pouco tenho alguma coisa contra o P.C.P. Simplesmente julgo que a sociedade portuguesa começa a entrar num clima muito pouco saudável no qual o crime começa a ser visto como algo banal - e, pasmem-se, ninguém parece muito importado com isso (não me lembro de ter visto, no programa eleitoral dos partidos durante a última campanha, qualquer tipo de medida para reduzir a criminalidade). Por vezes, dá a ideia de que o crime é assunto tabu - especialmente quando isso envolve falar de minorias e termos afins. Enfim, foi apenas um desabafo. Mas gostaria de saber as vossas opiniões acerca deste assunto.

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