mind this gap

02-10-2009
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Sandra Ramalho, Engenheira Civil. Alicante, Espanha. Olá Li alguns posts e percebi que afinal tudo o que senti até agora, provavelmente, estava a passar em simultâneo com outras pessoas noutra parte do mundo. Nasci em Vila do Conde e estudei em Viana do Castelo. No dia a seguir à apresentação do projecto de final do curso, fui tomar café com a minha irmã, e enquanto esperava por ela abri o jornal de noticias, na secção de classificados, e aí estava: "Engenheiro (a) Civil para trabalhar em Espanha". Corri para casa para fazer o meu currículo e peguei no carro do meu irmão e fui até Famalicão entregar o currículo em mão. Uma semana depois telefonaram-me para uma entrevista e disseram-me que já estava decidido e que o lugar era meu. Era uma pequena empresa portuguesa e disseram-me também que precisavam de algum tempo para organizar a minha ida. Isto foi em Julho de 2005 e só em Novembro do mesmo ano se decidiram a mandar-me para uma "terreola" perto de Valência. Bem, a experiência foi tão má que seis meses depois despedi-me! Aquela empresa era um desastre. Um dos arquitectos das obras que eu dirigia perguntou-me se eu não gostava de estar em Espanha, ou se me ia embora porque nao gostava de trabalhar nessa empresa. Eu respondi que gostava muito de continuar em Espanha, mas não podia continuar naquela empresa. Foi então que ele me deu o nome e a direcção de uma empresa e fez-me prometer que ia entregar o meu currículo. Foi o que fiz. Apresentei-me nas instalações da Ferrovial em Valência e pedi uma entrevista com o responsável dos recursos humanos que depois de meia hora de conversa diz-me: "Sinto muito, mas neste momento não temos nenhum trabalho para ti". Bem, voltei à terreola onde vivia (a 30 minutos de Valência) com a ideia de fazer a mala e voltar para Portugal nesse mesmo dia. Mas no momento em que mesmo estacionava o carro recebo um telefonema da secretária do Delegado de Valência da Ferrovial Agroman S.A., porque ele queria falar comigo. Voltei para trás, a uma velocidade de cometa. Estavam uns 30 graus, e o meu carro não tinha ar condicionado.Tinha o cabelo pegado à testa, a maquilhagem derretida e conduzia com o pé direito descalço porque inchou com o calor e não cabia no meu sapato de tacão. Conversei mais de uma hora com o Delegado da Ferrovial. Pediu-me que na segunda-feira seguinte fosse a Madrid para outra entrevista nas instalações da Ferrovial em Madrid. Decidi voltar para Portugal nessa segunda feira e de caminho parei em Madrid, fiz os testes psicotécnicos e segui para Portugal. Uma semana depois mandaram-me um e-mail a dizer que tinha sido seleccionada para trabalhar em Alicante e que me apresentasse ao trabalho dentro de 3 dias. Foi uma loucura! Outra vez para trás...Enchi o meu Polo com os meus "tarecos" e cá estou eu! Mas...veio a CRISE!!


Sandra Ramalho, Engenheira Civil. Alicante, Espanha. Olá Li alguns posts e percebi que afinal tudo o que senti até agora, provavelmente, estava a passar em simultâneo com outras pessoas noutra parte do mundo. Nasci em Vila do Conde e estudei em Viana do Castelo. No dia a seguir à apresentação do projecto de final do curso, fui tomar café com a minha irmã, e enquanto esperava por ela abri o jornal de noticias, na secção de classificados, e aí estava: "Engenheiro (a) Civil para trabalhar em Espanha". Corri para casa para fazer o meu currículo e peguei no carro do meu irmão e fui até Famalicão entregar o currículo em mão. Uma semana depois telefonaram-me para uma entrevista e disseram-me que já estava decidido e que o lugar era meu. Era uma pequena empresa portuguesa e disseram-me também que precisavam de algum tempo para organizar a minha ida. Isto foi em Julho de 2005 e só em Novembro do mesmo ano se decidiram a mandar-me para uma "terreola" perto de Valência. Bem, a experiência foi tão má que seis meses depois despedi-me! Aquela empresa era um desastre. Um dos arquitectos das obras que eu dirigia perguntou-me se eu não gostava de estar em Espanha, ou se me ia embora porque nao gostava de trabalhar nessa empresa. Eu respondi que gostava muito de continuar em Espanha, mas não podia continuar naquela empresa. Foi então que ele me deu o nome e a direcção de uma empresa e fez-me prometer que ia entregar o meu currículo. Foi o que fiz. Apresentei-me nas instalações da Ferrovial em Valência e pedi uma entrevista com o responsável dos recursos humanos que depois de meia hora de conversa diz-me: "Sinto muito, mas neste momento não temos nenhum trabalho para ti". Bem, voltei à terreola onde vivia (a 30 minutos de Valência) com a ideia de fazer a mala e voltar para Portugal nesse mesmo dia. Mas no momento em que mesmo estacionava o carro recebo um telefonema da secretária do Delegado de Valência da Ferrovial Agroman S.A., porque ele queria falar comigo. Voltei para trás, a uma velocidade de cometa. Estavam uns 30 graus, e o meu carro não tinha ar condicionado.Tinha o cabelo pegado à testa, a maquilhagem derretida e conduzia com o pé direito descalço porque inchou com o calor e não cabia no meu sapato de tacão. Conversei mais de uma hora com o Delegado da Ferrovial. Pediu-me que na segunda-feira seguinte fosse a Madrid para outra entrevista nas instalações da Ferrovial em Madrid. Decidi voltar para Portugal nessa segunda feira e de caminho parei em Madrid, fiz os testes psicotécnicos e segui para Portugal. Uma semana depois mandaram-me um e-mail a dizer que tinha sido seleccionada para trabalhar em Alicante e que me apresentasse ao trabalho dentro de 3 dias. Foi uma loucura! Outra vez para trás...Enchi o meu Polo com os meus "tarecos" e cá estou eu! Mas...veio a CRISE!!

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