VOTO SIM. Entre as inúmeras razões que me levam a votar SIM no dia 11 de Fevereiro, destaco a Saúde e a Dignidade das Mulheres.Mais de vinte e dois anos após a entrada em vigor da actual lei, decorridos mais de oito anos sobre o último referendo, não podemos ignorar que todos os anos se continuam a realizar, em Portugal, milhares de IVG, feitas clandestinamente, muitas vezes em condições de indignidade e insegurança, das quais decorrem problemas de infertilidade futura, morbilidade e morte para as mulheres. Se a despenalização for aprovada, como acredito, uma mulher que pretenda interromper uma gravidez não desejada, já poderá recorrer livremente ao apoio e aconselhamento de profissionais de saúde qualificados.No quadro da actual lei, uma mulher que recorra à IVG pode ser alvo de perseguição policial, julgamento e condenação (a pena pode ir até aos 3 anos de prisão), sofrendo processos de exposição pública, devassa da sua vida privada e humilhação, intoleráveis numa sociedade democrática do século XXI. Por isso,- Acabar com a vergonha e as dramáticas consequências do aborto clandestino e com a ameaça de prisão;- Criar condições para uma decisão informada e acompanhada, com garantias para a saúde e a dignidade das Mulheres.Se outras não houvesse, estas razões me bastariam para votar SIM, com grande convicção, no próximo Referendo.
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VOTO SIM. Entre as inúmeras razões que me levam a votar SIM no dia 11 de Fevereiro, destaco a Saúde e a Dignidade das Mulheres.Mais de vinte e dois anos após a entrada em vigor da actual lei, decorridos mais de oito anos sobre o último referendo, não podemos ignorar que todos os anos se continuam a realizar, em Portugal, milhares de IVG, feitas clandestinamente, muitas vezes em condições de indignidade e insegurança, das quais decorrem problemas de infertilidade futura, morbilidade e morte para as mulheres. Se a despenalização for aprovada, como acredito, uma mulher que pretenda interromper uma gravidez não desejada, já poderá recorrer livremente ao apoio e aconselhamento de profissionais de saúde qualificados.No quadro da actual lei, uma mulher que recorra à IVG pode ser alvo de perseguição policial, julgamento e condenação (a pena pode ir até aos 3 anos de prisão), sofrendo processos de exposição pública, devassa da sua vida privada e humilhação, intoleráveis numa sociedade democrática do século XXI. Por isso,- Acabar com a vergonha e as dramáticas consequências do aborto clandestino e com a ameaça de prisão;- Criar condições para uma decisão informada e acompanhada, com garantias para a saúde e a dignidade das Mulheres.Se outras não houvesse, estas razões me bastariam para votar SIM, com grande convicção, no próximo Referendo.