a-sul: A PRÁTICA E A FARSA

21-05-2009
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Na imagem, três fases de ocupação do território sec XX , no Alto do Moinho- Seixal , primeiro a agricultura, depois uma primeira fase urbana com moradias unifamiliares (anos 70) , num terceiro plano massificação urbana CDU (anos 90).No seguimento da análise do que é a farsa da prática CDU na Margem Sul e da sua "alegoria" interna , que é o partido "Os Verdes" , gostaria de transcrever o seguinte post do Deputado Luis Carloto Marques no blogue "A Cidade e as Serras".« O plenário da Assembleia da República discutiu hoje um projecto de resolução, da autoria dos Senhores Deputados do grupo parlamentar “Os Verdes”, sobre a necessidade de se restringir a expansão urbana à pressão da demografia, ou seja ao crescimento da população. Este assunto, talvez um dos mais relevantes abordados até hoje (não pelo projecto, mas sim pelo tema) está ligado a um conjunto de questões, tais como: o arrendamento da habitação, política de solos, mais-valias urbanísticas, transportes, qualidade de vida, urbanismos, degradação urbana, entre outros. Repare-se numa cidade de média dimensão, ou se assim o entender já numa de grande dimensão.O seu interior está abandonado, as casas estão devolutas, à espera de melhor sorte, enquanto que na periferia as construções, tantas vezes sem qualidade, amontoam-se.As pessoas deslocam-se num vaivém diário, entre a casa e o emprego, consomem tempo (muito), energia, os seus recursos financeiros, as crianças ficam longe da família entregues às escolas, os solos, quantas vezes os melhores, são destruídos para serem urbanizados. Isto é insustentável em todas as perspectivas em análise. Numa palavra: consumimos o futuro do planeta, empobrecemos os cidadãos, e roubamos, desculpem-me a expressão, o futuro de todos os que ainda não nasceram.Os nossos horizontes temporais nesta matéria são muito limitados.Quem ganha? Os especuladores. O curioso é que este projecto de lei não nasce de um partido novo. De um partido que não tenha responsabilidades nas autarquias.No círculo em que fui eleito, “Os Verdes”, em coligação com o PCP, são maioritários na generalidade dos municípios. E o que se passa aí? Exactamente o inverso do que ontem defenderam na Assembleia da República. Citaram frequentemente uma autarquia da região Centro, mas poderiam debruçar-se no município de Almada, Seixal, ou Moita do Ribatejo, entre outras. O exemplo da Moita do Ribatejo, que trouxe até a Assembleia da República, como poderão verificar ao pesquisar essa palavra, é o melhor exemplo de como é que este partido tem um duplo comportamento. Nas suas autarquias parece desconhecer que esse fenómeno acontece, para o transferir para a Assembleia da República. Este facto não desvaloriza o tema e o conteúdo da proposta, mas quem melhor do que aquele que dá o exemplo, para demonstrar que o mundo que ajuda a construir poderá ser diferente? »__________________________________________AGRADECIMENTO Na inviabilidade de responder a cada um dos comentários, gostava de agradecer a participação do tema posto a discussão nos últimos dias , "A Ditadura da Margem Sul".Se duvidas houvesse, ficou sublinhado mais uma vez o déficit democrático reinante e a estrutura nebulosa que tudo abafa e reinterpreta na sua versão oficial dos factos .Surpreendentes ... os tiques de autoritarismo de cariz censuratório da opinião e as ameaças que alguns também aqui deixaram, porventura embalados pelas inadmissíveis cenas de coacção fisica e psicológica a que assistimos a propósito do bloqueio dos camionistas e personificadas por alguns piquetes que os fizeram recuar, ao para si certamente saudoso ano de 1975.Para corresponder a esse saudosismo, a imagem acima pretende ajudar no enquadramento socio politico da altura (clique sobre a imagem para aumentar) ...

Na imagem, três fases de ocupação do território sec XX , no Alto do Moinho- Seixal , primeiro a agricultura, depois uma primeira fase urbana com moradias unifamiliares (anos 70) , num terceiro plano massificação urbana CDU (anos 90).No seguimento da análise do que é a farsa da prática CDU na Margem Sul e da sua "alegoria" interna , que é o partido "Os Verdes" , gostaria de transcrever o seguinte post do Deputado Luis Carloto Marques no blogue "A Cidade e as Serras".« O plenário da Assembleia da República discutiu hoje um projecto de resolução, da autoria dos Senhores Deputados do grupo parlamentar “Os Verdes”, sobre a necessidade de se restringir a expansão urbana à pressão da demografia, ou seja ao crescimento da população. Este assunto, talvez um dos mais relevantes abordados até hoje (não pelo projecto, mas sim pelo tema) está ligado a um conjunto de questões, tais como: o arrendamento da habitação, política de solos, mais-valias urbanísticas, transportes, qualidade de vida, urbanismos, degradação urbana, entre outros. Repare-se numa cidade de média dimensão, ou se assim o entender já numa de grande dimensão.O seu interior está abandonado, as casas estão devolutas, à espera de melhor sorte, enquanto que na periferia as construções, tantas vezes sem qualidade, amontoam-se.As pessoas deslocam-se num vaivém diário, entre a casa e o emprego, consomem tempo (muito), energia, os seus recursos financeiros, as crianças ficam longe da família entregues às escolas, os solos, quantas vezes os melhores, são destruídos para serem urbanizados. Isto é insustentável em todas as perspectivas em análise. Numa palavra: consumimos o futuro do planeta, empobrecemos os cidadãos, e roubamos, desculpem-me a expressão, o futuro de todos os que ainda não nasceram.Os nossos horizontes temporais nesta matéria são muito limitados.Quem ganha? Os especuladores. O curioso é que este projecto de lei não nasce de um partido novo. De um partido que não tenha responsabilidades nas autarquias.No círculo em que fui eleito, “Os Verdes”, em coligação com o PCP, são maioritários na generalidade dos municípios. E o que se passa aí? Exactamente o inverso do que ontem defenderam na Assembleia da República. Citaram frequentemente uma autarquia da região Centro, mas poderiam debruçar-se no município de Almada, Seixal, ou Moita do Ribatejo, entre outras. O exemplo da Moita do Ribatejo, que trouxe até a Assembleia da República, como poderão verificar ao pesquisar essa palavra, é o melhor exemplo de como é que este partido tem um duplo comportamento. Nas suas autarquias parece desconhecer que esse fenómeno acontece, para o transferir para a Assembleia da República. Este facto não desvaloriza o tema e o conteúdo da proposta, mas quem melhor do que aquele que dá o exemplo, para demonstrar que o mundo que ajuda a construir poderá ser diferente? »__________________________________________AGRADECIMENTO Na inviabilidade de responder a cada um dos comentários, gostava de agradecer a participação do tema posto a discussão nos últimos dias , "A Ditadura da Margem Sul".Se duvidas houvesse, ficou sublinhado mais uma vez o déficit democrático reinante e a estrutura nebulosa que tudo abafa e reinterpreta na sua versão oficial dos factos .Surpreendentes ... os tiques de autoritarismo de cariz censuratório da opinião e as ameaças que alguns também aqui deixaram, porventura embalados pelas inadmissíveis cenas de coacção fisica e psicológica a que assistimos a propósito do bloqueio dos camionistas e personificadas por alguns piquetes que os fizeram recuar, ao para si certamente saudoso ano de 1975.Para corresponder a esse saudosismo, a imagem acima pretende ajudar no enquadramento socio politico da altura (clique sobre a imagem para aumentar) ...

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