ENTRESSEIO: CULTURA, PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL

12-10-2009
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Madeira - Política de contrastesA política domina todos os cenários, mesmo em tempo de crise, e de miséria instalada por todo o País. Os denominados políticos, são muitos, mas os verdadeiros, aqueles que são profissionais, que estudam e trabalham com finalidades essencialmente políticas, contam-se pelos dedos das mãos e talvez dos pés.Nos livros podemos beber conhecimentos e aprender que a essência da história é o Homem. Mas a História normalmente privilegia os heróis, aqueles homens que fizeram qualquer coisa de bem em favor de outros homens, quer pelo saber, quer governando e proporcionando melhores condições de vida.É aqui que entra a conversa da democracia, ou dos poderes ditatoriais e discricionários. Porque existe este contraste, verdadeiro, real, impossível de esconder. Há quem chegue ao poder através de revoluções com ou sem guerras, com ou sem genocídios. Tivemos um bom exemplo em Portugal, apesar de nem tudo ser como muitos pintam e contam. A nossa revolução de Abril foi para os revolucionários militares, uma coisa pacífica. Mas todos se lembram de Otelo ser acusado de assinar mandatos de detenção em branco, e de ter pretendido usar a seu bel-prazer os vencidos.Óbvio que aqueles militares que derrubaram a ditadura de Salazar, tinham convicções ideológicas e formações distintas, e o ditadorzinho acabou sendo posto na ordem, quando foi tempo disso. Mas lá que se podiam ter praticado crimes hediondos, parece que ninguém tem dúvidas. Como não está esquecida aquela época dos saneamentos selvagens, da destruição de património histórico e artístico com oferta indevida de outros bens móveis e imóveis, ou roubo e saque de valores e ocupação selvática de habitações, de terrenos agrícolas, etc. etc.Li, há dias, um artigo de opinião a propósito da comemoração dos 500 anos da cidade do Funchal, de alguém com quem privei de perto, e com quem aprendi alguma coisa deste mister. Fiquei chocado com a declaração de que “o 25 de Abril, só teria chegado à Madeira, no dia 1 de Maio”. Tenho consideração e apreço pela pessoa, mas discordo frontalmente. Por não ser necessário acicatar ódios ou alimentar guerras, sejam elas pacíficas ou belicosas. No fundo, a mensagem escrita sob o signo do negativismo ou atraso dos madeirenses, peca por exagero de análise e não corresponde à verdade.Democracia não é isto. Democracia é lembrar que na Madeira havia homens sem presunção, humildes e trabalhadores, duplamente escravizados se comparados com os portugueses do Continente. Não custa nada dizer o que nos apetece, nos dias que vão correndo, porque as pessoas pura e simplesmente, desapareceram da Região e instalaram-se noutro espaço do território, numa mudança inquestionável e legítima, se quisermos, de alguma afirmação pessoal e, desejo de empreender novo rumo à sua vida. Só que, com este tipo de comentários despropositados, eivados de carga pejorativa para os que ficaram e aguentaram firme o barco, indiciam querer apagar a sua própria história. Não apagam, e pior do que isso, trazem à recordação, situações duras e muito tristes, protagonizadas pelos próprios, se calhar em momentos de perturbação ou ausência de equilíbrio emocional, mas factuais, quer no desempenho de funções de direcção de um diário local, quer posteriormente investido, (ao que nos contaram) por engano de comunicação, em funções de governação.Passaram-se mais de trinta anos. Mas a memória não se apagou. Está bem viva, para recordar que a sociedade que se foi implantando na Região, depois desses anos de avareza e outros vícios coloniais, é bem melhor do que aquela que existia, e originou esses desaparecimentos ou fugas, metodologicamente estudadas. Felizmente há muita gente desse tempo, que aqui permanece, e demonstra (apesar de tudo) tolerância, perante afrontas impensáveis em homens ditos “bons” nesse passado tão próximo.Ninguém foi obrigado a emigrar depois do 25 de Abril por motivos políticos. E os que fugiram, nunca deram qualquer contributo para a almejada Autonomia. Pelo contrário ajudaram a ampliar a confusão. Ainda hoje me impressiona o contraste. E lembro-me de Frei Tomás… para marcar uma cautelosa distância de desilusão. É infame esquecer a subsistência deste povo que mexe com um terço da sua superfície produtiva.E o contraste é ainda maior, quando se omite que a Autonomia é uma invenção do 25 de Abril. Que depois disso, começámos a ver luz ao fundo do túnel, em termos de emancipação. Criaram-se as instituições de governo próprio da Região, e o desenvolvimento está à vista de toda a gente. Com legitimidade de opções governativas, concretizadas por homens eleitos em pleitos livres, por expressivas maiorias. O que mais confrange é que este povo, continua a ser tratado com imbecilidades, como se fosse atrasado. Mas os que assim o tratam, não se dignam concorrer a eleições livres e democráticas, e tentar convencer as pessoas com a mesma sabedoria como emitem opinião.Entre o material e o espiritual, corta-se-me a respiração, pelo que dispenso estes examinadores, ouvidores e alcaides da treta escrita, que reivindicam direitos e vivem de privilégios e protagonismos que rejeito, porque o dinheiro que pago de taxas e impostos é mal empregue nos salários destes feitores, que ambicionavam, dominar a vida no arquipélago.Jornal da MadeiraArtigo de Opinião de : Gilberto Teixeira Recuperação do patrimônio aguarda o lento andar da JustiçaJackson Romanelli/EM/D.A PressRetirada da peça da fazenda de SP está proibida até o fim da ação. São Paulo (SP) – A família do advogado e banqueiro Mário Pimenta Camargo ainda não foi intimada no processo movido pelo Ministério Público de Minas Gerais pedindo a reintegração de um portal entalhado em pedra-sabão do século 18, que pertencia à Igreja do Senhor Bom Jesus do Matozinhos, de São João del-Rei, na Região Central do estado, e que hoje está nos jardins da fazenda de Campinas (SP) administrada pelos herdeiros do banqueiro, falecido em 1996. Mário Pimenta comprou a peça na década de 70, pouco depois da demolição do templo, que era tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O processo corre na comarca de São João del-Rei e aguarda o cumprimento de carta precatória desde 27 de julho, data em que a Justiça paulista foi acionada para que intimasse a família do banqueiro e a informasse sobre decisão preliminar proferida pelo juiz da 2ª Vara Cível de São João del-Rei, Auro Aparecido Maia de Andrade. A decisão proíbe a retirada da portada da fazenda até o fim do processo e sujeita os herdeiros da propriedade a multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento. O promotor e curador do Patrimônio Cultural de São João del-Rei, Antônio Pedro da Silva Melo, fará petição ao juiz para que cobre da Corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo a devolução da precatória. “Está demorando muito, sentimos que, quando um ofício chega a uma comarca grande, falta boa vontade dos oficiais de Justiça. Ainda mais quando não há advogado lá, presente, insistindo pelo cumprimento da precatória”, afirma o promotor. O Ministério Público mineiro indicou dois endereços para intimação dos familiares do banqueiro: a sede da fazenda, em Campinas, e a empresa Agropecuária Boa Esperança, no Bairro Jardim Paulistano, em São Paulo, uma das administradoras dos bens da família, onde trabalham alguns dos herdeiros de Mário Pimenta Camargo. Ao pedir liminarmente a proibição de retirada da peça da fazenda, o objetivo do Ministério Público era evitar o risco de desaparecimento do pórtico antes do fim do julgamento. A família Pimenta Camargo ainda não diz se lutará na Justiça pela posse da portada – que foi comprada do padre responsável pela demolição do templo mineiro, por 5 mil cruzeiros, valor equivalente, hoje, a cerca de R$ 4,3 mil – ou se devolverá a peça a São João del-Rei. “Não fomos informados oficialmente sobre a ação, por isso ainda não podemos falar sobre o que faremos. É precipitado”, disse, quarta-feira, Maria Beatriz Pimenta, filha do banqueiro. Ela pretende discutir o assunto com a mãe, Beatriz Pimenta Camargo, que cuida de perto das obras de arte e antigüidades adquiridas pelo marido ao longo da vida. Na terça-feira, o Estado de Minas esteve na luxuosa fazenda que abriga o portal que se tornou objeto de ação da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico. Apesar de uma lasca quebrada na porção direita, o portal de aproximadamente seis metros de altura por três de largura está em bom estado de conservação. A peça foi montada em frente a uma capela que abriga outras antigüidades, como uma pia batismal de pedra, um confessionário de madeira e um oratório com pinturas internas, localizado sobre o altar.Thiago Herdy - Estado de Minas Justiça proíbe tráfego pesado em Ouro PretoOs desembargadores da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negaram provimento ao recurso interposto pela empresa Transcotta Ltda contra decisão judicialque estabeleceu critérios para o tráfego de veículos no Centro Histórico de Ouro Preto.A Transcotta Ltda. é prestadora de serviços de transporte coletivo no município e interpôs um agravo de instrumento com pedido de efeito suspensivo alegando que o cumprimento de decisão judicial, que estabelecia prazo de 60 dias para que o transporte coletivo fosse feito apenas por microônibus e vans, seria inviável economicamente e a obrigaria a substituir totalmente a sua frota. A empresa alegou também que lhe foi exigida uma obrigação, sem contrapartida.O agravo de instrumento foi interposto depois que o Ministério Público (MP) requereu o cumprimento da obrigação de fazer fixada em decisão judicial anterior. Segundo o MP, decisão anterior sobre o assunto transitou em julgado em fevereiro de 2006 e o município não cumpriu o que havia sido determinado, no sentido de proibir o tráfego de veículos pesados no centro histórico.Para o relator do processo, desembargador Carreira Machado, não houve determinação para que a empresa renove a sua frota, mas somente para que sejam estabelecidos limites e especificações para o tráfego no Centro Histórico, de forma a preservar o patrimônio. O magistrado entendeu também que há prazo suficiente para o cumprimento do que foi determinado, já que a decisão judicial sobre o assunto foi proferida há mais de sete anos e teve o seu trânsito em julgado há mais de dois.No entendimento do relator, não é razoável que eventuais prejuízos financeiros, o que é direito individual, prevaleçam em relação à necessidade de preservação de um patrimônio nacionalmente reconhecido: “Dano grave haverá à coletividade ao permitir a circulação de veículos de transporte coletivo em desconformidade com as especificações determinadas, o que, sem dúvida, causará grande impacto negativo ao patrimônio cultural de Ouro Preto, de valor inquestionável, inclusive tombado pela Unesco”.Votaram de acordo com o relator os desembargadores Nilson Reis e Brandão Teixeira.Processos nº: 1.0461.08.052740-5/001 e 1.0461.08.052740-5/002Expresso da NotíciaPortugal - Jardins do Porto com falta de manutençãoHoje é notório a falta de limpeza e manutenção nos jardins da cidade do Porto.Com lixo acumulado entre as ervas daninhas e a vegetação que ainda sobrevive nos jardins, com os lagos sempre de água verde com lixo. Os bancos, quando existem dentro dos jardins, também estão destruídos e a necessitar de manutenção.Outro é o jardim da Praça do Marquês de Pombal, que depois da promessa feita em 10 de Agosto de 2007 na agência LUSA, e publicado em 11 desse mês de Agosto de 2007 nos jornais: Jornal de Notícias, “O Primeiro de Janeiro” e Público, pelo Senhor vice-presidente e vereador do Pelouro do Ambiente da Câmara Municipal do Porto, dr. Álvaro Castello-Branco, de que a autarquia Portuense vai revestir os canteiros de todo o jardim da Praça do Marquês de Pombal. Situação esta que não se realizou completamente e a onde impera a falta de bom-gosto, porque actualmente o jardim da Praça do Marquês de Pombal sendo de grandes dimensões não tem uma única flor para dar um ambiente mais colorido a tão nobre espaço onde se juntam as freguesias de Bonfim, Santo Ildefonso e Paranhos.O jardim de Moreda, na Rua de Santos Pousada, o jardim de Paulo Valada, entre a Rua de Santos Pousada e a Avenida de Fernão de Magalhães, bem como todos os canteiros do Bairro de Fernão de Magalhães e o jardim do Monte do Tadeu, no ponto mais alto de toda a cidade do Porto estão a precisar de melhoramentos e mais atenção por parte da autarquia Portuense. E, já agora, para quando o regresso dos patos das várias espécies ao lago existente no jardim do Campo 24 de Agosto?Sempre entendi que fazer política é trabalhar com sinceridade para ajudar todas as pessoas a resolver os seus problemas e proporcionar mais saúde, felicidade e bem-estar para todos.Mal vai a cidade que não sabe preservar o seu património histórico-cultural, arquitectónico, social e manter viva a memória de um passado com bastante valor. Valor este, de todos aqueles que, como exemplo, fizeram um enorme peditório para erguer o coreto que actualmente se encontra no velhinho Largo da Aguardente (actual Praça do Marquês de Pombal).Mário SousaJornal de NotíciasFlorianópolis_SC - Bar do Tião tombadoO Bar do Tião está sendo tombado como Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Florianópolis.Um projeto de lei foi protocolado nesta segunda-feira, 22, na Câmara Municipal de Florianópolis, instituindo o tombamento.O espaço do Bar do Tião fica no Monte Verde, instalado no terreno da residência que um dia foi morada do Senhor João Batista de Almeida, o Seu Tião, já falecido. Pequeno, mas aconchegante, o bar foi ampliado algumas vezes desde a fundação para abrigar a quantidade de frequentadores, que aumentavam com o tempo, até alcançar o tamanho atual.O repertório gira em torno de Chico Buarque, Geraldo Pereira, Cartola, Lupicínio Rodrigues, além de prestigiar composições de compositores locais como o próprio Tião, Rolando Mello, Reizinho, Jeisson Dias e Neco.Agenda do Samba ChoroCorumbá-MS - Iphan seleciona dez imóveis para restauraçãoDez imóveis receberão financiamento para restauração este ano em Corumbá pelo Projeto Monumenta, do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional).A cidade foi escolhida para participar do projeto por ser um sítio histórico tombado em nível federal. O município já recebeu recursos para restauro de outras edificações, como o Casario do Porto. Este ano o Instituto selecionou imóveis privados que serão restaurados com verba do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).As parcelas do financiamento, que não têm juros, começam a ser pagas seis meses após a conclusão das obras e são depositadas na conta do Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico para a sustentabilidade do Programa.O Monumenta já aplicou cerca de R$ 12,5 milhões em 256 imóveis de 25 cidades brasileiras. Até agora 130 obras foram concluídas.O valor médio dos contratos assinados é de R$55 mil, 70% deles com valor inferior a R$ 20 mil.Metade dos proponentes que já assinaram contratos tem renda inferior a três salários mínimos.Os beneficiários terão até 20 anos para pagar. Uma família com renda de até três salários mínimos pode fazer um financiamento de R$ 20 mil, que gera uma parcela mensal de R$ 83,33.Não há limite de idade e nem de valor a ser concedido, mas o projeto deverá ser aprovado pelo Iphan.O principal objetivo do Monumenta é estimular a conservação dos imóveis, e conseqüentemente dos sítios históricos, para que a população tradicional permaneça em área protegida, preservando as suas atividades locais.A liberação do dinheiro deve obedecer ao cronograma do projeto.Amambaí NewsCinema: Manoel de Oliveira homenageado no I Congresso da Cultura Ibero-AmericanaCidade do México, 25 Set (Lusa) - O cineasta português Manoel de Oliveira vai ser homenageado no I Congresso da Cultura Ibero-Americana, que começa quarta-feira no México, dando voz ao cinema desta região contra os modelos norte-americanos.Além de Manoel de Oliveira, que já confirmou a sua presença no evento, vai ser homenageado o cineasta espanhol Luis Buñuel.O director do Conselho Nacional para a Cultura e as Artes do México, Sergio Vela, explicou que a iniciativa não pretende "impor modelos nem soluções" mas antes "unir critérios perante fenómenos avassaladores" como a indústria cinematográfica e do audiovisual norte-americana.O responsável sugere combater a influência dos Estados Unidos "com um melhor cinema que narre melhor" o passado da região ibero-americana.O encontro, que reunirá representantes dos 22 países ibero-americanos, permitirá avançar acordos entre elementos da produção, distribuição e exibição do cinema, proporcionando um diálogo de "boa-fé" entre todos.O México, por exemplo, propõe-se angariar mais incentivos fiscais para favorecer a participação do sector privado na indústria cinematográfica. Esses incentivos poderiam ser alargados a outras expressões artísticas, como o teatro.O director do Conselho Nacional para a Cultura e as Artes do México entende que, apesar da actual conjuntura económica desfavorável, os governos ibero-americanos devem procurar mecanismos alternativos que permitam manter o apoio público ao cinema.O México é o primeiro anfitrião do Congresso, que terá a sua segunda edição em 2009 no Brasil e a terceira em 2010 na Colômbia.ER.LusaIgreja de Santana de Parnaíba será restaurada por jovensProjeto que forma jovens para o restauro de imóveis históricos inicia trabalho na Igreja Matriz de Santana de Parnaíba, do século XIXMais de 70 alunos do Projeto Oficina Escola de Artes e Ofícios (Poeao), da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Santana de Parnaíba, região metropolitana de São Paulo, começaram a revitalização da fachada da Igreja Matriz Sant´Ana, no Centro Histórico da cidade.O Poeao realiza constantemente a preservação dos imóveis da cidade tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephatt). Depois de percorrer o Centro Histórico para avaliar o estado de preservação dos imóveis, a coordenação pedagógica do projeto prepara um levantamento e aponta o que precisa de restauração. O estudo, com a indicação das intervenções necessárias é encaminhado para o Condephatt para aprovação e, depois de autorizado, os jovens iniciam o trabalho.A Igreja Matriz já apresentava na parte externa algumas regiões com desprendimento da pintura. “O que estamos fazendo no local é um verdadeiro trabalho de preservação da fachada. Iniciamos o serviço antes que o problema começasse a ficar visível e pudesse trazer prejuízo para o imóvel”, garantiu um dos coordenadores do Poeao, o restaurador Turinã Ignácio.Ele explica que a fase atual é de remoção da pintura atual e do reboco degradado da igreja. Em aproximadamente 20 dias será iniciado o processo de nivelamento da superfície com aplicação de massa fina. Posteriormente, é realizada a base preparadora, para receber, por fim, a pintura nova.Segundo o mestre geral do projeto Edson Higino Gomes, a igreja será pintada com uma tinta específica - a base de silicato de cálcio - que evita infiltrações e é mais resistente às ações do sol e chuva, a mesma tinta aplicada no primeiro restauro da igreja, em 1999, preservando a pintura praticamente intacta até os dias de hoje.Para garantir que a revitalização da igreja esteja pronta até o aniversário da cidade, os alunos estão trabalhando na obra em dois turnos (manhã e tarde). Eles integram as oficinas de pintura e alvenaria e também recebem suporte de outras oficinas do projeto, como esquadrias e ferragem. O Poeao, projeto já beneficiou mais de 400 jovens que aprenderam técnicas de restauração, reforma e construção civil foi único vencedor da América Latina do Prêmio de Serviço Público, na categoria “Melhoria da Transparência, Responsabilidade e Receptividade no Serviço Público” da Organização das Nações Unidas (ONU). O prêmio foi entregue em junho de 2008, em Nova Iorque (EUA).O projeto chegou a Santana de Parnaíba em 1999, por convênio firmado entre a prefeitura municipal e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e o SENAI/MG. Além de sua relevância cultural, o POEAO tem um importante papel social, uma vez que age no resgate da cidadania de jovens carentes. Por meio deste projeto, muitos jovens e adolescentes de diversas cidades estão deixando as ruas para se profissionalizarem como restauradores.Todos os aprendizes recebem vale-transporte, alimentação, bolsa-auxílio e seguro de vida, além de uniformes e itens de segurança obrigatórios, como óculos e capacetes. No final do curso, os alunos são certificados pelo SENAI, fato que possibilita o encaminhamento para o mercado de trabalho.Graças às técnicas de restauração desenvolvidas pelo POEAO, Santana de Parnaíba preserva seu patrimônio histórico. Com suas construções coloniais, a cidade concentra um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos preservados do Estado. Seu Centro Histórico, o mais antigo e próximo da capital, foi tombado em 1982 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT).Devido à grande projeção que adquiriu nos últimos anos, o projeto vem sendo procurado por vários municípios e Organizações de todo o País, para a celebração de convênios para obtenção de cooperação técnica e institucional na preservação de patrimônios históricos. Histórico da IgrejaA Igreja Matriz de Santana de Parnaíba é considerada o marco mais importante da cidade. De acordo com os registros históricos, em meados de 1560, foi erguida na cidade a primeira capela, dedicada a Santo Antônio. A pequena igreja era feita de pau-a-pique e coberta de folhagens. No ano de 1580, a segunda capela dedicada à Sant´Anna, foi construída. Em 1610, uma terceira capela foi construída, também por André Fernandes, e, em 1625, foi elevada a Matriz, hoje conhecida como Paróquia de Santa Ana.A edificação atual data de 1892, quando foi aprovada a planta para a reconstrução da Igreja Matriz, elaborada pelo desenhista Carlos Daniel Rath. As obras foram iniciadas no mesmo ano, sob a coordenação do Padre Miguel Mauro. O seu estilo é eclético, com piso em canela preta e altares, que acompanham a liturgia. No altar-mor há uma imagem de Sant´Anna, do século XVIII, em madeira policromada, proveniente da Bahia. A Igreja Matriz foi tombada pelo CONDEPHAAT, em 1982, juntamente com os outros imóveis históricos da cidade.Fonte: Prefeitura Municipal de Santana do Parnaíbahttp://www.aber.org.br/China nega acusações de "genocídio cultural" no TibetePequim, 25 set (EFE).- O Governo chinês emitiu hoje um livro branco informando sua política cultural, religiosa e econômica na região do Tibete (sudoeste da China), e com a qual tenta negar as acusações de "genocídio cultural" lançadas com freqüência pelo dalai lama, líder religioso e político tibetano no exílio.Meio ano após os distúrbios étnicos vividos em Lhasa o Conselho de Estado chinês quis demonstrar que respeita a cultura tibetana e que esta não está desaparecendo.Segundo esta entidade, a cultura tradicional do Tibete foi "herdada apropriadamente, protegida efetivamente e promovida vigorosamente".O documento explica a evolução do Tibete nos últimos 50 anos e conclui que a região viveu um desenvolvimento "sem precedentes", tanto no aspecto econômico quanto no cultural."Os fatos provam que o dalai lama e sua camarilha são os representantes e guardiões da cultura do velho Tibete, enquanto a República Popular da China e seu Governo local são os que realmente protegem e desenvolvem a cultura tibetana", afirma.Em um documento de 30 páginas sobre investimentos e iniciativas realizadas sobre o assunto, Pequim afirma que atualmente a liberdade religiosa é respeitada no Tibete, assim como a língua tibetana e as atividades religiosas "normais" são protegidas.Pequim aproveitou o documento para atacar novamente o dalai lama, acusando-o de querer manter o Tibete como um "fóssil vivente" e dizendo que suas reivindicações por uma autonomia pretendem "restaurar a lei teocrática" na região.As autoridades chinesas acusaram o dalai lama de estar por trás dos distúrbios em Lhasa em março, oportunidade na qual 19 pessoas morreram pelos ataques de rebeldes tibetanos, segundo Pequim.No entanto, os tibetanos no exílio asseguram que os protestos foram pacíficos e que em sua repressão morreram 400 pessoas.EFEG 1Património: Portugal ganha organização de reunião trienal do comité de conservação do ICOMLisboa, 25 Set (Lusa) - Portugal ganhou a candidatura à organização do próximo encontro trienal, em 2011, do Comité de Conservação do Conselho Internacional de Museus (ICOM na sigla inglesa), disse hoje à Lusa fonte de uma das entidades envolvidas no processo.O anúncio da candidatura vencedora, apurada de uma lista final onde, além de Portugal, através de Lisboa, constavam Bucareste (Roménia) e Piamonte (Itália), vai ser feito sexta-feira no final da actual reunião trienal do Comité, que decorre desde segunda-feira em Nova Deli, Índia."É uma oportunidade extraordinária para Portugal, para Lisboa, ser alvo de atenção mundial no aspecto da conservação do património, numa perspectiva científica", disse Pedro Pedroso, da empresa Archeofactu.A empresa foi responsável pela candidatura portuguesa, juntamente com o comité português do ICOM, Instituto dos Museus e da Conservação e Associação Profissional dos Conservadores-Restauradores.O ICOM é uma organização internacional não governamental de museus e profissionais de museus envolvida na conservação, protecção e divulgação do património natural e cultural mundial, presente e futuro, tangível e intangível.Tem cerca de 21 mil membros em 140 países e 30 Comités Internacionais, sendo o Comité para a Conservação o que capta o interesse de um maior número de aderentes."Património cultural versus identidade cultural - o papel da conservação" será o tema a desenvolver na reunião de 2011, que se realiza pela primeira vez em Portugal.Além disso, Portugal vai apresentar o azulejo e a talha como contributos portugueses para o Património da Humanidade.Para Pedro Pedroso, a participação de Portugal nesta iniciativa é uma "oportunidade para as instituições portuguesas entrarem na discussão internacional, apresentando os seus trabalhos na área da conservação".A actividade/formação em conservação e restauro em Portugal tem vindo a registar grande incremento, em particular no domínio da investigação com a criação recente de licenciaturas, mestrados e doutoramentos na disciplina, refere a candidatura portuguesa na sua proposta.O encontro trienal do Comité de Conservação do ICOM é um dos maiores acontecimentos deste Comité, uma vez que permite a troca de conhecimentos e experiências entre diversos especialistas, assegurando o desenvolvimento científico no domínio da conservação e restauro de património cultural a nível mundial.Para a reunião de Lisboa, a candidatura portuguesa antevê a participação de mais de um milhar de delegados.O ICOM estrutura-se em comités nacionais, sendo que o português foi criado em 1948 e representa, actualmente, mais de duas centenas de associados, nomeadamente profissionais de museus e museus que desenvolvem o seu trabalho em Portugal.Este organismo mantém relações formais com a UNESCO e é consultor do Conselho Económico e Social da ONU.SBLusaSalvador-BA - Policiais participam de curso sobre patrimônio culturalSalvador - Policiais militares que atuam na área do Centro Histórico de Salvador voltaram a sala de aula desde o último dia 18, para aprender sobre a história da Bahia, patrimônio cultural e restauro. O evento faz parte do Projeto Construção da Memória, realizado pelo Museu da Misericórdia, ligado ao Programa Monumenta – Educação Patrimonial, do Governo Federal. O objetivo é qualificar os policiais das corporações, “pois são responsáveis por todo o logradouro entre a Praça da Sé e o Corredor da Vitória, trecho da cidade onde está concentrado o maior número de edificações e instituições culturais do Estado da Bahia”, explica Jane Palma, coordenadora do Museu da Misericórdia, responsável pelo curso e quem vai ministrar as aulas. Nesse logradouro são encontrados museus, fundações, monumentos arquitetônicos e escultóricos, de grande relevância para o contexto sócio-cultural da identidade de cada um baiano.Serão formadas duas turmas de 80 alunos cada, com carga horária de 180 h/aula, distribuídas entre teoria (aulas expositivas), caminhadas patrimoniais (visita aos sítios históricos da cidade) e visitação a museus e olarias (interior do Estado). As aulas serão ministradas, inicialmente, em espaço reservado no Museu da Misericórdia, no centro da cidade, todas as quintas, sextas e sábados, durante 12 semanas. Às quintas e sextas o curso acontece das 14h às 17h, e aos sábados, das 9h às 11h. A entrega de certificado será no dia 12 de dezembro, em cerimônia a ser realizada no Museu da Misericórdia.Lançamento – Será realizada, às 15h do dia 25 de setembro, a cerimônia oficial de lançamento do projeto, no salão nobre do Museu da Misericórdia. Está prevista a presença do Governador Jaques Wagner no evento. Outras presenças importantes estão confirmadas, o Secretário Estadual de Turismo Domingos Leonelli, o Secretário de Cultura, Márcio Meirelles, o Secretário de Segurança Pública, César Nunes e o chefe de gabinete do Governo do Estado, Fernando Schmidt, além do Provedor da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Álvaro Conde Lemos Filho. O programa conta com financiamento do BID e orientação técnica da UNESCO.Jornal da MídiaMarcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico

Madeira - Política de contrastesA política domina todos os cenários, mesmo em tempo de crise, e de miséria instalada por todo o País. Os denominados políticos, são muitos, mas os verdadeiros, aqueles que são profissionais, que estudam e trabalham com finalidades essencialmente políticas, contam-se pelos dedos das mãos e talvez dos pés.Nos livros podemos beber conhecimentos e aprender que a essência da história é o Homem. Mas a História normalmente privilegia os heróis, aqueles homens que fizeram qualquer coisa de bem em favor de outros homens, quer pelo saber, quer governando e proporcionando melhores condições de vida.É aqui que entra a conversa da democracia, ou dos poderes ditatoriais e discricionários. Porque existe este contraste, verdadeiro, real, impossível de esconder. Há quem chegue ao poder através de revoluções com ou sem guerras, com ou sem genocídios. Tivemos um bom exemplo em Portugal, apesar de nem tudo ser como muitos pintam e contam. A nossa revolução de Abril foi para os revolucionários militares, uma coisa pacífica. Mas todos se lembram de Otelo ser acusado de assinar mandatos de detenção em branco, e de ter pretendido usar a seu bel-prazer os vencidos.Óbvio que aqueles militares que derrubaram a ditadura de Salazar, tinham convicções ideológicas e formações distintas, e o ditadorzinho acabou sendo posto na ordem, quando foi tempo disso. Mas lá que se podiam ter praticado crimes hediondos, parece que ninguém tem dúvidas. Como não está esquecida aquela época dos saneamentos selvagens, da destruição de património histórico e artístico com oferta indevida de outros bens móveis e imóveis, ou roubo e saque de valores e ocupação selvática de habitações, de terrenos agrícolas, etc. etc.Li, há dias, um artigo de opinião a propósito da comemoração dos 500 anos da cidade do Funchal, de alguém com quem privei de perto, e com quem aprendi alguma coisa deste mister. Fiquei chocado com a declaração de que “o 25 de Abril, só teria chegado à Madeira, no dia 1 de Maio”. Tenho consideração e apreço pela pessoa, mas discordo frontalmente. Por não ser necessário acicatar ódios ou alimentar guerras, sejam elas pacíficas ou belicosas. No fundo, a mensagem escrita sob o signo do negativismo ou atraso dos madeirenses, peca por exagero de análise e não corresponde à verdade.Democracia não é isto. Democracia é lembrar que na Madeira havia homens sem presunção, humildes e trabalhadores, duplamente escravizados se comparados com os portugueses do Continente. Não custa nada dizer o que nos apetece, nos dias que vão correndo, porque as pessoas pura e simplesmente, desapareceram da Região e instalaram-se noutro espaço do território, numa mudança inquestionável e legítima, se quisermos, de alguma afirmação pessoal e, desejo de empreender novo rumo à sua vida. Só que, com este tipo de comentários despropositados, eivados de carga pejorativa para os que ficaram e aguentaram firme o barco, indiciam querer apagar a sua própria história. Não apagam, e pior do que isso, trazem à recordação, situações duras e muito tristes, protagonizadas pelos próprios, se calhar em momentos de perturbação ou ausência de equilíbrio emocional, mas factuais, quer no desempenho de funções de direcção de um diário local, quer posteriormente investido, (ao que nos contaram) por engano de comunicação, em funções de governação.Passaram-se mais de trinta anos. Mas a memória não se apagou. Está bem viva, para recordar que a sociedade que se foi implantando na Região, depois desses anos de avareza e outros vícios coloniais, é bem melhor do que aquela que existia, e originou esses desaparecimentos ou fugas, metodologicamente estudadas. Felizmente há muita gente desse tempo, que aqui permanece, e demonstra (apesar de tudo) tolerância, perante afrontas impensáveis em homens ditos “bons” nesse passado tão próximo.Ninguém foi obrigado a emigrar depois do 25 de Abril por motivos políticos. E os que fugiram, nunca deram qualquer contributo para a almejada Autonomia. Pelo contrário ajudaram a ampliar a confusão. Ainda hoje me impressiona o contraste. E lembro-me de Frei Tomás… para marcar uma cautelosa distância de desilusão. É infame esquecer a subsistência deste povo que mexe com um terço da sua superfície produtiva.E o contraste é ainda maior, quando se omite que a Autonomia é uma invenção do 25 de Abril. Que depois disso, começámos a ver luz ao fundo do túnel, em termos de emancipação. Criaram-se as instituições de governo próprio da Região, e o desenvolvimento está à vista de toda a gente. Com legitimidade de opções governativas, concretizadas por homens eleitos em pleitos livres, por expressivas maiorias. O que mais confrange é que este povo, continua a ser tratado com imbecilidades, como se fosse atrasado. Mas os que assim o tratam, não se dignam concorrer a eleições livres e democráticas, e tentar convencer as pessoas com a mesma sabedoria como emitem opinião.Entre o material e o espiritual, corta-se-me a respiração, pelo que dispenso estes examinadores, ouvidores e alcaides da treta escrita, que reivindicam direitos e vivem de privilégios e protagonismos que rejeito, porque o dinheiro que pago de taxas e impostos é mal empregue nos salários destes feitores, que ambicionavam, dominar a vida no arquipélago.Jornal da MadeiraArtigo de Opinião de : Gilberto Teixeira Recuperação do patrimônio aguarda o lento andar da JustiçaJackson Romanelli/EM/D.A PressRetirada da peça da fazenda de SP está proibida até o fim da ação. São Paulo (SP) – A família do advogado e banqueiro Mário Pimenta Camargo ainda não foi intimada no processo movido pelo Ministério Público de Minas Gerais pedindo a reintegração de um portal entalhado em pedra-sabão do século 18, que pertencia à Igreja do Senhor Bom Jesus do Matozinhos, de São João del-Rei, na Região Central do estado, e que hoje está nos jardins da fazenda de Campinas (SP) administrada pelos herdeiros do banqueiro, falecido em 1996. Mário Pimenta comprou a peça na década de 70, pouco depois da demolição do templo, que era tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O processo corre na comarca de São João del-Rei e aguarda o cumprimento de carta precatória desde 27 de julho, data em que a Justiça paulista foi acionada para que intimasse a família do banqueiro e a informasse sobre decisão preliminar proferida pelo juiz da 2ª Vara Cível de São João del-Rei, Auro Aparecido Maia de Andrade. A decisão proíbe a retirada da portada da fazenda até o fim do processo e sujeita os herdeiros da propriedade a multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento. O promotor e curador do Patrimônio Cultural de São João del-Rei, Antônio Pedro da Silva Melo, fará petição ao juiz para que cobre da Corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo a devolução da precatória. “Está demorando muito, sentimos que, quando um ofício chega a uma comarca grande, falta boa vontade dos oficiais de Justiça. Ainda mais quando não há advogado lá, presente, insistindo pelo cumprimento da precatória”, afirma o promotor. O Ministério Público mineiro indicou dois endereços para intimação dos familiares do banqueiro: a sede da fazenda, em Campinas, e a empresa Agropecuária Boa Esperança, no Bairro Jardim Paulistano, em São Paulo, uma das administradoras dos bens da família, onde trabalham alguns dos herdeiros de Mário Pimenta Camargo. Ao pedir liminarmente a proibição de retirada da peça da fazenda, o objetivo do Ministério Público era evitar o risco de desaparecimento do pórtico antes do fim do julgamento. A família Pimenta Camargo ainda não diz se lutará na Justiça pela posse da portada – que foi comprada do padre responsável pela demolição do templo mineiro, por 5 mil cruzeiros, valor equivalente, hoje, a cerca de R$ 4,3 mil – ou se devolverá a peça a São João del-Rei. “Não fomos informados oficialmente sobre a ação, por isso ainda não podemos falar sobre o que faremos. É precipitado”, disse, quarta-feira, Maria Beatriz Pimenta, filha do banqueiro. Ela pretende discutir o assunto com a mãe, Beatriz Pimenta Camargo, que cuida de perto das obras de arte e antigüidades adquiridas pelo marido ao longo da vida. Na terça-feira, o Estado de Minas esteve na luxuosa fazenda que abriga o portal que se tornou objeto de ação da Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico. Apesar de uma lasca quebrada na porção direita, o portal de aproximadamente seis metros de altura por três de largura está em bom estado de conservação. A peça foi montada em frente a uma capela que abriga outras antigüidades, como uma pia batismal de pedra, um confessionário de madeira e um oratório com pinturas internas, localizado sobre o altar.Thiago Herdy - Estado de Minas Justiça proíbe tráfego pesado em Ouro PretoOs desembargadores da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negaram provimento ao recurso interposto pela empresa Transcotta Ltda contra decisão judicialque estabeleceu critérios para o tráfego de veículos no Centro Histórico de Ouro Preto.A Transcotta Ltda. é prestadora de serviços de transporte coletivo no município e interpôs um agravo de instrumento com pedido de efeito suspensivo alegando que o cumprimento de decisão judicial, que estabelecia prazo de 60 dias para que o transporte coletivo fosse feito apenas por microônibus e vans, seria inviável economicamente e a obrigaria a substituir totalmente a sua frota. A empresa alegou também que lhe foi exigida uma obrigação, sem contrapartida.O agravo de instrumento foi interposto depois que o Ministério Público (MP) requereu o cumprimento da obrigação de fazer fixada em decisão judicial anterior. Segundo o MP, decisão anterior sobre o assunto transitou em julgado em fevereiro de 2006 e o município não cumpriu o que havia sido determinado, no sentido de proibir o tráfego de veículos pesados no centro histórico.Para o relator do processo, desembargador Carreira Machado, não houve determinação para que a empresa renove a sua frota, mas somente para que sejam estabelecidos limites e especificações para o tráfego no Centro Histórico, de forma a preservar o patrimônio. O magistrado entendeu também que há prazo suficiente para o cumprimento do que foi determinado, já que a decisão judicial sobre o assunto foi proferida há mais de sete anos e teve o seu trânsito em julgado há mais de dois.No entendimento do relator, não é razoável que eventuais prejuízos financeiros, o que é direito individual, prevaleçam em relação à necessidade de preservação de um patrimônio nacionalmente reconhecido: “Dano grave haverá à coletividade ao permitir a circulação de veículos de transporte coletivo em desconformidade com as especificações determinadas, o que, sem dúvida, causará grande impacto negativo ao patrimônio cultural de Ouro Preto, de valor inquestionável, inclusive tombado pela Unesco”.Votaram de acordo com o relator os desembargadores Nilson Reis e Brandão Teixeira.Processos nº: 1.0461.08.052740-5/001 e 1.0461.08.052740-5/002Expresso da NotíciaPortugal - Jardins do Porto com falta de manutençãoHoje é notório a falta de limpeza e manutenção nos jardins da cidade do Porto.Com lixo acumulado entre as ervas daninhas e a vegetação que ainda sobrevive nos jardins, com os lagos sempre de água verde com lixo. Os bancos, quando existem dentro dos jardins, também estão destruídos e a necessitar de manutenção.Outro é o jardim da Praça do Marquês de Pombal, que depois da promessa feita em 10 de Agosto de 2007 na agência LUSA, e publicado em 11 desse mês de Agosto de 2007 nos jornais: Jornal de Notícias, “O Primeiro de Janeiro” e Público, pelo Senhor vice-presidente e vereador do Pelouro do Ambiente da Câmara Municipal do Porto, dr. Álvaro Castello-Branco, de que a autarquia Portuense vai revestir os canteiros de todo o jardim da Praça do Marquês de Pombal. Situação esta que não se realizou completamente e a onde impera a falta de bom-gosto, porque actualmente o jardim da Praça do Marquês de Pombal sendo de grandes dimensões não tem uma única flor para dar um ambiente mais colorido a tão nobre espaço onde se juntam as freguesias de Bonfim, Santo Ildefonso e Paranhos.O jardim de Moreda, na Rua de Santos Pousada, o jardim de Paulo Valada, entre a Rua de Santos Pousada e a Avenida de Fernão de Magalhães, bem como todos os canteiros do Bairro de Fernão de Magalhães e o jardim do Monte do Tadeu, no ponto mais alto de toda a cidade do Porto estão a precisar de melhoramentos e mais atenção por parte da autarquia Portuense. E, já agora, para quando o regresso dos patos das várias espécies ao lago existente no jardim do Campo 24 de Agosto?Sempre entendi que fazer política é trabalhar com sinceridade para ajudar todas as pessoas a resolver os seus problemas e proporcionar mais saúde, felicidade e bem-estar para todos.Mal vai a cidade que não sabe preservar o seu património histórico-cultural, arquitectónico, social e manter viva a memória de um passado com bastante valor. Valor este, de todos aqueles que, como exemplo, fizeram um enorme peditório para erguer o coreto que actualmente se encontra no velhinho Largo da Aguardente (actual Praça do Marquês de Pombal).Mário SousaJornal de NotíciasFlorianópolis_SC - Bar do Tião tombadoO Bar do Tião está sendo tombado como Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Florianópolis.Um projeto de lei foi protocolado nesta segunda-feira, 22, na Câmara Municipal de Florianópolis, instituindo o tombamento.O espaço do Bar do Tião fica no Monte Verde, instalado no terreno da residência que um dia foi morada do Senhor João Batista de Almeida, o Seu Tião, já falecido. Pequeno, mas aconchegante, o bar foi ampliado algumas vezes desde a fundação para abrigar a quantidade de frequentadores, que aumentavam com o tempo, até alcançar o tamanho atual.O repertório gira em torno de Chico Buarque, Geraldo Pereira, Cartola, Lupicínio Rodrigues, além de prestigiar composições de compositores locais como o próprio Tião, Rolando Mello, Reizinho, Jeisson Dias e Neco.Agenda do Samba ChoroCorumbá-MS - Iphan seleciona dez imóveis para restauraçãoDez imóveis receberão financiamento para restauração este ano em Corumbá pelo Projeto Monumenta, do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional).A cidade foi escolhida para participar do projeto por ser um sítio histórico tombado em nível federal. O município já recebeu recursos para restauro de outras edificações, como o Casario do Porto. Este ano o Instituto selecionou imóveis privados que serão restaurados com verba do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).As parcelas do financiamento, que não têm juros, começam a ser pagas seis meses após a conclusão das obras e são depositadas na conta do Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico para a sustentabilidade do Programa.O Monumenta já aplicou cerca de R$ 12,5 milhões em 256 imóveis de 25 cidades brasileiras. Até agora 130 obras foram concluídas.O valor médio dos contratos assinados é de R$55 mil, 70% deles com valor inferior a R$ 20 mil.Metade dos proponentes que já assinaram contratos tem renda inferior a três salários mínimos.Os beneficiários terão até 20 anos para pagar. Uma família com renda de até três salários mínimos pode fazer um financiamento de R$ 20 mil, que gera uma parcela mensal de R$ 83,33.Não há limite de idade e nem de valor a ser concedido, mas o projeto deverá ser aprovado pelo Iphan.O principal objetivo do Monumenta é estimular a conservação dos imóveis, e conseqüentemente dos sítios históricos, para que a população tradicional permaneça em área protegida, preservando as suas atividades locais.A liberação do dinheiro deve obedecer ao cronograma do projeto.Amambaí NewsCinema: Manoel de Oliveira homenageado no I Congresso da Cultura Ibero-AmericanaCidade do México, 25 Set (Lusa) - O cineasta português Manoel de Oliveira vai ser homenageado no I Congresso da Cultura Ibero-Americana, que começa quarta-feira no México, dando voz ao cinema desta região contra os modelos norte-americanos.Além de Manoel de Oliveira, que já confirmou a sua presença no evento, vai ser homenageado o cineasta espanhol Luis Buñuel.O director do Conselho Nacional para a Cultura e as Artes do México, Sergio Vela, explicou que a iniciativa não pretende "impor modelos nem soluções" mas antes "unir critérios perante fenómenos avassaladores" como a indústria cinematográfica e do audiovisual norte-americana.O responsável sugere combater a influência dos Estados Unidos "com um melhor cinema que narre melhor" o passado da região ibero-americana.O encontro, que reunirá representantes dos 22 países ibero-americanos, permitirá avançar acordos entre elementos da produção, distribuição e exibição do cinema, proporcionando um diálogo de "boa-fé" entre todos.O México, por exemplo, propõe-se angariar mais incentivos fiscais para favorecer a participação do sector privado na indústria cinematográfica. Esses incentivos poderiam ser alargados a outras expressões artísticas, como o teatro.O director do Conselho Nacional para a Cultura e as Artes do México entende que, apesar da actual conjuntura económica desfavorável, os governos ibero-americanos devem procurar mecanismos alternativos que permitam manter o apoio público ao cinema.O México é o primeiro anfitrião do Congresso, que terá a sua segunda edição em 2009 no Brasil e a terceira em 2010 na Colômbia.ER.LusaIgreja de Santana de Parnaíba será restaurada por jovensProjeto que forma jovens para o restauro de imóveis históricos inicia trabalho na Igreja Matriz de Santana de Parnaíba, do século XIXMais de 70 alunos do Projeto Oficina Escola de Artes e Ofícios (Poeao), da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Santana de Parnaíba, região metropolitana de São Paulo, começaram a revitalização da fachada da Igreja Matriz Sant´Ana, no Centro Histórico da cidade.O Poeao realiza constantemente a preservação dos imóveis da cidade tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephatt). Depois de percorrer o Centro Histórico para avaliar o estado de preservação dos imóveis, a coordenação pedagógica do projeto prepara um levantamento e aponta o que precisa de restauração. O estudo, com a indicação das intervenções necessárias é encaminhado para o Condephatt para aprovação e, depois de autorizado, os jovens iniciam o trabalho.A Igreja Matriz já apresentava na parte externa algumas regiões com desprendimento da pintura. “O que estamos fazendo no local é um verdadeiro trabalho de preservação da fachada. Iniciamos o serviço antes que o problema começasse a ficar visível e pudesse trazer prejuízo para o imóvel”, garantiu um dos coordenadores do Poeao, o restaurador Turinã Ignácio.Ele explica que a fase atual é de remoção da pintura atual e do reboco degradado da igreja. Em aproximadamente 20 dias será iniciado o processo de nivelamento da superfície com aplicação de massa fina. Posteriormente, é realizada a base preparadora, para receber, por fim, a pintura nova.Segundo o mestre geral do projeto Edson Higino Gomes, a igreja será pintada com uma tinta específica - a base de silicato de cálcio - que evita infiltrações e é mais resistente às ações do sol e chuva, a mesma tinta aplicada no primeiro restauro da igreja, em 1999, preservando a pintura praticamente intacta até os dias de hoje.Para garantir que a revitalização da igreja esteja pronta até o aniversário da cidade, os alunos estão trabalhando na obra em dois turnos (manhã e tarde). Eles integram as oficinas de pintura e alvenaria e também recebem suporte de outras oficinas do projeto, como esquadrias e ferragem. O Poeao, projeto já beneficiou mais de 400 jovens que aprenderam técnicas de restauração, reforma e construção civil foi único vencedor da América Latina do Prêmio de Serviço Público, na categoria “Melhoria da Transparência, Responsabilidade e Receptividade no Serviço Público” da Organização das Nações Unidas (ONU). O prêmio foi entregue em junho de 2008, em Nova Iorque (EUA).O projeto chegou a Santana de Parnaíba em 1999, por convênio firmado entre a prefeitura municipal e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) e o SENAI/MG. Além de sua relevância cultural, o POEAO tem um importante papel social, uma vez que age no resgate da cidadania de jovens carentes. Por meio deste projeto, muitos jovens e adolescentes de diversas cidades estão deixando as ruas para se profissionalizarem como restauradores.Todos os aprendizes recebem vale-transporte, alimentação, bolsa-auxílio e seguro de vida, além de uniformes e itens de segurança obrigatórios, como óculos e capacetes. No final do curso, os alunos são certificados pelo SENAI, fato que possibilita o encaminhamento para o mercado de trabalho.Graças às técnicas de restauração desenvolvidas pelo POEAO, Santana de Parnaíba preserva seu patrimônio histórico. Com suas construções coloniais, a cidade concentra um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos preservados do Estado. Seu Centro Histórico, o mais antigo e próximo da capital, foi tombado em 1982 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT).Devido à grande projeção que adquiriu nos últimos anos, o projeto vem sendo procurado por vários municípios e Organizações de todo o País, para a celebração de convênios para obtenção de cooperação técnica e institucional na preservação de patrimônios históricos. Histórico da IgrejaA Igreja Matriz de Santana de Parnaíba é considerada o marco mais importante da cidade. De acordo com os registros históricos, em meados de 1560, foi erguida na cidade a primeira capela, dedicada a Santo Antônio. A pequena igreja era feita de pau-a-pique e coberta de folhagens. No ano de 1580, a segunda capela dedicada à Sant´Anna, foi construída. Em 1610, uma terceira capela foi construída, também por André Fernandes, e, em 1625, foi elevada a Matriz, hoje conhecida como Paróquia de Santa Ana.A edificação atual data de 1892, quando foi aprovada a planta para a reconstrução da Igreja Matriz, elaborada pelo desenhista Carlos Daniel Rath. As obras foram iniciadas no mesmo ano, sob a coordenação do Padre Miguel Mauro. O seu estilo é eclético, com piso em canela preta e altares, que acompanham a liturgia. No altar-mor há uma imagem de Sant´Anna, do século XVIII, em madeira policromada, proveniente da Bahia. A Igreja Matriz foi tombada pelo CONDEPHAAT, em 1982, juntamente com os outros imóveis históricos da cidade.Fonte: Prefeitura Municipal de Santana do Parnaíbahttp://www.aber.org.br/China nega acusações de "genocídio cultural" no TibetePequim, 25 set (EFE).- O Governo chinês emitiu hoje um livro branco informando sua política cultural, religiosa e econômica na região do Tibete (sudoeste da China), e com a qual tenta negar as acusações de "genocídio cultural" lançadas com freqüência pelo dalai lama, líder religioso e político tibetano no exílio.Meio ano após os distúrbios étnicos vividos em Lhasa o Conselho de Estado chinês quis demonstrar que respeita a cultura tibetana e que esta não está desaparecendo.Segundo esta entidade, a cultura tradicional do Tibete foi "herdada apropriadamente, protegida efetivamente e promovida vigorosamente".O documento explica a evolução do Tibete nos últimos 50 anos e conclui que a região viveu um desenvolvimento "sem precedentes", tanto no aspecto econômico quanto no cultural."Os fatos provam que o dalai lama e sua camarilha são os representantes e guardiões da cultura do velho Tibete, enquanto a República Popular da China e seu Governo local são os que realmente protegem e desenvolvem a cultura tibetana", afirma.Em um documento de 30 páginas sobre investimentos e iniciativas realizadas sobre o assunto, Pequim afirma que atualmente a liberdade religiosa é respeitada no Tibete, assim como a língua tibetana e as atividades religiosas "normais" são protegidas.Pequim aproveitou o documento para atacar novamente o dalai lama, acusando-o de querer manter o Tibete como um "fóssil vivente" e dizendo que suas reivindicações por uma autonomia pretendem "restaurar a lei teocrática" na região.As autoridades chinesas acusaram o dalai lama de estar por trás dos distúrbios em Lhasa em março, oportunidade na qual 19 pessoas morreram pelos ataques de rebeldes tibetanos, segundo Pequim.No entanto, os tibetanos no exílio asseguram que os protestos foram pacíficos e que em sua repressão morreram 400 pessoas.EFEG 1Património: Portugal ganha organização de reunião trienal do comité de conservação do ICOMLisboa, 25 Set (Lusa) - Portugal ganhou a candidatura à organização do próximo encontro trienal, em 2011, do Comité de Conservação do Conselho Internacional de Museus (ICOM na sigla inglesa), disse hoje à Lusa fonte de uma das entidades envolvidas no processo.O anúncio da candidatura vencedora, apurada de uma lista final onde, além de Portugal, através de Lisboa, constavam Bucareste (Roménia) e Piamonte (Itália), vai ser feito sexta-feira no final da actual reunião trienal do Comité, que decorre desde segunda-feira em Nova Deli, Índia."É uma oportunidade extraordinária para Portugal, para Lisboa, ser alvo de atenção mundial no aspecto da conservação do património, numa perspectiva científica", disse Pedro Pedroso, da empresa Archeofactu.A empresa foi responsável pela candidatura portuguesa, juntamente com o comité português do ICOM, Instituto dos Museus e da Conservação e Associação Profissional dos Conservadores-Restauradores.O ICOM é uma organização internacional não governamental de museus e profissionais de museus envolvida na conservação, protecção e divulgação do património natural e cultural mundial, presente e futuro, tangível e intangível.Tem cerca de 21 mil membros em 140 países e 30 Comités Internacionais, sendo o Comité para a Conservação o que capta o interesse de um maior número de aderentes."Património cultural versus identidade cultural - o papel da conservação" será o tema a desenvolver na reunião de 2011, que se realiza pela primeira vez em Portugal.Além disso, Portugal vai apresentar o azulejo e a talha como contributos portugueses para o Património da Humanidade.Para Pedro Pedroso, a participação de Portugal nesta iniciativa é uma "oportunidade para as instituições portuguesas entrarem na discussão internacional, apresentando os seus trabalhos na área da conservação".A actividade/formação em conservação e restauro em Portugal tem vindo a registar grande incremento, em particular no domínio da investigação com a criação recente de licenciaturas, mestrados e doutoramentos na disciplina, refere a candidatura portuguesa na sua proposta.O encontro trienal do Comité de Conservação do ICOM é um dos maiores acontecimentos deste Comité, uma vez que permite a troca de conhecimentos e experiências entre diversos especialistas, assegurando o desenvolvimento científico no domínio da conservação e restauro de património cultural a nível mundial.Para a reunião de Lisboa, a candidatura portuguesa antevê a participação de mais de um milhar de delegados.O ICOM estrutura-se em comités nacionais, sendo que o português foi criado em 1948 e representa, actualmente, mais de duas centenas de associados, nomeadamente profissionais de museus e museus que desenvolvem o seu trabalho em Portugal.Este organismo mantém relações formais com a UNESCO e é consultor do Conselho Económico e Social da ONU.SBLusaSalvador-BA - Policiais participam de curso sobre patrimônio culturalSalvador - Policiais militares que atuam na área do Centro Histórico de Salvador voltaram a sala de aula desde o último dia 18, para aprender sobre a história da Bahia, patrimônio cultural e restauro. O evento faz parte do Projeto Construção da Memória, realizado pelo Museu da Misericórdia, ligado ao Programa Monumenta – Educação Patrimonial, do Governo Federal. O objetivo é qualificar os policiais das corporações, “pois são responsáveis por todo o logradouro entre a Praça da Sé e o Corredor da Vitória, trecho da cidade onde está concentrado o maior número de edificações e instituições culturais do Estado da Bahia”, explica Jane Palma, coordenadora do Museu da Misericórdia, responsável pelo curso e quem vai ministrar as aulas. Nesse logradouro são encontrados museus, fundações, monumentos arquitetônicos e escultóricos, de grande relevância para o contexto sócio-cultural da identidade de cada um baiano.Serão formadas duas turmas de 80 alunos cada, com carga horária de 180 h/aula, distribuídas entre teoria (aulas expositivas), caminhadas patrimoniais (visita aos sítios históricos da cidade) e visitação a museus e olarias (interior do Estado). As aulas serão ministradas, inicialmente, em espaço reservado no Museu da Misericórdia, no centro da cidade, todas as quintas, sextas e sábados, durante 12 semanas. Às quintas e sextas o curso acontece das 14h às 17h, e aos sábados, das 9h às 11h. A entrega de certificado será no dia 12 de dezembro, em cerimônia a ser realizada no Museu da Misericórdia.Lançamento – Será realizada, às 15h do dia 25 de setembro, a cerimônia oficial de lançamento do projeto, no salão nobre do Museu da Misericórdia. Está prevista a presença do Governador Jaques Wagner no evento. Outras presenças importantes estão confirmadas, o Secretário Estadual de Turismo Domingos Leonelli, o Secretário de Cultura, Márcio Meirelles, o Secretário de Segurança Pública, César Nunes e o chefe de gabinete do Governo do Estado, Fernando Schmidt, além do Provedor da Santa Casa de Misericórdia da Bahia, Álvaro Conde Lemos Filho. O programa conta com financiamento do BID e orientação técnica da UNESCO.Jornal da MídiaMarcadores: cultura, patr. cultural, patr. histórico

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