Transportes: BE propõe elaboração de um Plano Nacional de Mobilidade

22-09-2007
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Coimbra, 18 Set (Lusa) - O BE vai propor ao Parlamento a criação de um Plano Nacional de Mobilidade, que "dê prioridade aos transportes menos poluentes e garanta o direito à função social do transporte", anunciou hoje a deputada Alda Macedo.

Ao participar numa iniciativa partidária do BE Coimbra, a dirigente bloquista defendeu esta tarde a emergência de um novo paradigma para a mobilidade em Portugal, com base em modos de transporte menos poluentes e mais atractivos para o utilizador.

"Portugal precisa urgentemente de um plano de mobilidade que garanta a convergência de duas políticas: transportes à escala metropolitana, que sirvam as ligações entre os eixos urbanos, e à escala nacional, assegurando a ligação entre as principais cidades do país", afirmou.

Alda Macedo falava aos jornalistas, junto à Estação de Coimbra-Parque (local de início e fim de linha do Ramal da Lousã), no final de um desfile do BE na cidade para denunciar os pontos negros da mobilidade e da poluição da cidade, no âmbito das jornadas contra as alterações do clima.

Segundo a deputada, o projecto de resolução para a elaboração de um plano nacional de mobilidade será apresentado ao Parlamento na próxima semana.

A parlamentar defende um sistema de transportes atractivos, que terão de ser "rápidos, confortáveis e acessíveis no seu custo", e a aposta em metropolitanos ligeiros, que efectuem as ligações das grandes cidades à periferia.

E lamenta que o programa de valorização do território do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que se destina a infra-estruturas desta natureza, dedique o essencial do investimento previsto ao comboio e às ligações de alta velocidade.

"O país precisa de um paradigma de transportes que resolva dois problemas: as décadas de atraso em termos de qualidade nos transportes nas cidades e as ligações com as cidades do interior que estão em processo de desertificação muito significativo", sublinhou Alda Macedo.

O desfile desta tarde iniciou-se na Estação de Coimbra-B e terminou na Estação Coimbra-Parque, percorrendo o corredor para onde está prevista a circulação do futuro sistema de metropolitano ligeiro do Mondego.

Durante o percurso, os dirigentes do BE distribuíram panfletos à população com a indicação de seis pontos negros da mobilidade e poluição - Estação de Coimbra-B, garagem da Rodoviária da Beira Litoral, destruição do Bota-Abaixo, parque de estacionamento da Braga Parques, tráfego automóvel no Largo da Portagem e o abandono do ramal ferroviário da Lousã.

Marisa Matias, do BE Coimbra, criticou o atraso na execução do Sistema de Mobilidade do Mondego, que prevê a ligação entre Coimbra e Serpins (Lousã) em "tram-trains", veículos aptos a circular nos eixos ferroviários urbanos, suburbanos e regionais, lembrando que a ideia tem mais de 18 anos.

Por outro lado, condenou as políticas autárquicas que promovem a utilização do transporte individual dentro da cidade, nomeadamente na Avenida Fernão Magalhães, onde contabilizou três mil lugares de estacionamento cobertos, para além dos descobertos, que têm uma utilização média de quatro vezes por dia.

O BE considera que, nos últimos anos, "têm sido abandonadas políticas integradas de transportes colectivos e de sustentabilidade urbana, em favor dos negócios imobiliários e dos interesses particulares, com graves impactos ambientais e níveis de emissões muito acima do desejável".

AMV.

Lusa/Fim

Coimbra, 18 Set (Lusa) - O BE vai propor ao Parlamento a criação de um Plano Nacional de Mobilidade, que "dê prioridade aos transportes menos poluentes e garanta o direito à função social do transporte", anunciou hoje a deputada Alda Macedo.

Ao participar numa iniciativa partidária do BE Coimbra, a dirigente bloquista defendeu esta tarde a emergência de um novo paradigma para a mobilidade em Portugal, com base em modos de transporte menos poluentes e mais atractivos para o utilizador.

"Portugal precisa urgentemente de um plano de mobilidade que garanta a convergência de duas políticas: transportes à escala metropolitana, que sirvam as ligações entre os eixos urbanos, e à escala nacional, assegurando a ligação entre as principais cidades do país", afirmou.

Alda Macedo falava aos jornalistas, junto à Estação de Coimbra-Parque (local de início e fim de linha do Ramal da Lousã), no final de um desfile do BE na cidade para denunciar os pontos negros da mobilidade e da poluição da cidade, no âmbito das jornadas contra as alterações do clima.

Segundo a deputada, o projecto de resolução para a elaboração de um plano nacional de mobilidade será apresentado ao Parlamento na próxima semana.

A parlamentar defende um sistema de transportes atractivos, que terão de ser "rápidos, confortáveis e acessíveis no seu custo", e a aposta em metropolitanos ligeiros, que efectuem as ligações das grandes cidades à periferia.

E lamenta que o programa de valorização do território do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que se destina a infra-estruturas desta natureza, dedique o essencial do investimento previsto ao comboio e às ligações de alta velocidade.

"O país precisa de um paradigma de transportes que resolva dois problemas: as décadas de atraso em termos de qualidade nos transportes nas cidades e as ligações com as cidades do interior que estão em processo de desertificação muito significativo", sublinhou Alda Macedo.

O desfile desta tarde iniciou-se na Estação de Coimbra-B e terminou na Estação Coimbra-Parque, percorrendo o corredor para onde está prevista a circulação do futuro sistema de metropolitano ligeiro do Mondego.

Durante o percurso, os dirigentes do BE distribuíram panfletos à população com a indicação de seis pontos negros da mobilidade e poluição - Estação de Coimbra-B, garagem da Rodoviária da Beira Litoral, destruição do Bota-Abaixo, parque de estacionamento da Braga Parques, tráfego automóvel no Largo da Portagem e o abandono do ramal ferroviário da Lousã.

Marisa Matias, do BE Coimbra, criticou o atraso na execução do Sistema de Mobilidade do Mondego, que prevê a ligação entre Coimbra e Serpins (Lousã) em "tram-trains", veículos aptos a circular nos eixos ferroviários urbanos, suburbanos e regionais, lembrando que a ideia tem mais de 18 anos.

Por outro lado, condenou as políticas autárquicas que promovem a utilização do transporte individual dentro da cidade, nomeadamente na Avenida Fernão Magalhães, onde contabilizou três mil lugares de estacionamento cobertos, para além dos descobertos, que têm uma utilização média de quatro vezes por dia.

O BE considera que, nos últimos anos, "têm sido abandonadas políticas integradas de transportes colectivos e de sustentabilidade urbana, em favor dos negócios imobiliários e dos interesses particulares, com graves impactos ambientais e níveis de emissões muito acima do desejável".

AMV.

Lusa/Fim

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