PS contra "bocarra" de túnel à porta do Museu Soares dos Reis SERVIÇOS Imprimir esta página Contactar Anterior Voltar Seguinte
Candidatos socialistas às Legislativas subscrevem parecer negativo do IPPAR ao túnel de Ceuta
Conservadora do museu insatisfeita com localização da saída da travessia subterrrânea
PAULA ESTEVES
Braga da Cruz, cabeça-de-lista do PS pelo Porto, censurou ontem, no decurso de uma visita ao Museu Nacional de Soares dos Reis, o facto de "à porta de um museu possa estar uma bocarra a debitar monóxido de carbono".
Uma comitiva, que integrava elementos da lista PS pelo Porto, entre os quais Carlos Lage, Manuela de Melo, Renato Sampaio, Joaquim Couto, Alcídia Lopes e Rosalina Santos, a par dos vereadores Orlando Gaspar e José Luís Catarino, optou - entre os compromissos de uma tarde cultural - por tomar uma posição pública contra a saída do túnel rodoviário Ceuta/Carregal à porta do museu em causa, repositório máximo da arte naturalista portuguesa.
Recentemente, o IPPAR (Instituto Português do Património Arquitectónico) deu parecer negativo a esta localização, defendida pela autarquia do Porto, e os candidatos do PS às próximas legislativas aplaudem esta posição.
Segundo Braga da Cruz, "a solução penaliza a cidade e é funcionalmente menos boa". O cabeça-de-lista do PS salientou que a primitiva solução (a boca do túnel sair junto ao Hospitalde Santo António) "era melhor" e que, "ao permitir a fluidificação do trânsito facilitaria o acesso a uma urgência hospitalar".
Também Carlos Lage considerou que a Câmara do Porto "não tem o direito de pôr uma boca de entrada de um túnel à porta de um museu nacional". Para o candidato a deputado, encontrar um "buracão" em frente ao museu não é o cenário ideal para as visitas que o procuram. "Tenho fortes dúvidas que os gestores da Câmara do Porto alguma vez tenham visitado o Soares dos Reis", ironizou.
Já a conservadora do museu, Catarina Maia e Castro, que guiou a comitiva pelo espólio artístico do Soares dos Reis, desconfia da ideia de ter na vizinhança próxima a saída de um túnel rodoviário.
As razões apontadas pela conservadora são de vária ordem. Começam no capítulo logístico e acabam nos danos eventuais que podem ocorrer nas instalações e obras de arte.
Catarina Maia e Castro salienta que o diálogo tem ocorrido entre a Câmara e o museu a propósito do calendário e condições de desenvolvimento da obra, mas é altamente céptica em relação ao "produto final, que não é favorável ao museu".
Em visita atenta por um museu, cuja remodelação foi uma das obras centrais da Porto 2001, num projecto de Fernando Távora, ficou patente que os jardins estão votados à aridez e ao abandono. "Não há dinheiro não há jardineiro", elucida.
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Uma comitiva, que integrava elementos da lista PS pelo Porto, entre os quais Carlos Lage, Manuela de Melo, Renato Sampaio, Joaquim Couto, Alcídia Lopes e Rosalina Santos, a par dos vereadores Orlando Gaspar e José Luís Catarino, optou - entre os compromissos de uma tarde cultural - por tomar uma posição pública contra a saída do túnel rodoviário Ceuta/Carregal à porta do museu em causa, repositório máximo da arte naturalista portuguesa.
Recentemente, o IPPAR (Instituto Português do Património Arquitectónico) deu parecer negativo a esta localização, defendida pela autarquia do Porto, e os candidatos do PS às próximas legislativas aplaudem esta posição.
Segundo Braga da Cruz, "a solução penaliza a cidade e é funcionalmente menos boa". O cabeça-de-lista do PS salientou que a primitiva solução (a boca do túnel sair junto ao Hospitalde Santo António) "era melhor" e que, "ao permitir a fluidificação do trânsito facilitaria o acesso a uma urgência hospitalar".
Também Carlos Lage considerou que a Câmara do Porto "não tem o direito de pôr uma boca de entrada de um túnel à porta de um museu nacional". Para o candidato a deputado, encontrar um "buracão" em frente ao museu não é o cenário ideal para as visitas que o procuram. "Tenho fortes dúvidas que os gestores da Câmara do Porto alguma vez tenham visitado o Soares dos Reis", ironizou.
Já a conservadora do museu, Catarina Maia e Castro, que guiou a comitiva pelo espólio artístico do Soares dos Reis, desconfia da ideia de ter na vizinhança próxima a saída de um túnel rodoviário.
As razões apontadas pela conservadora são de vária ordem. Começam no capítulo logístico e acabam nos danos eventuais que podem ocorrer nas instalações e obras de arte.
Catarina Maia e Castro salienta que o diálogo tem ocorrido entre a Câmara e o museu a propósito do calendário e condições de desenvolvimento da obra, mas é altamente céptica em relação ao "produto final, que não é favorável ao museu".
Em visita atenta por um museu, cuja remodelação foi uma das obras centrais da Porto 2001, num projecto de Fernando Távora, ficou patente que os jardins estão votados à aridez e ao abandono. "Não há dinheiro não há jardineiro", elucida.
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