Enguia Fresca: A Manifestação de Professores

02-10-2009
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Durou quatro horas a "marcha da indignação dos professores". Bateu os recordes absolutos e os organizadores consideram que derrotaram Maria de Lurdes Rodrigues "por maioria qualificada de dois terços". Apesar disso, a Senhora Ministra da Educação, afirmou "não ser relevante" a participação de "100 mil professores na marcha da indignação", em Lisboa, adiantando que o importante é "continuar a trabalhar para encontrar as melhores soluções". "Vou continuar a trabalhar para encontrar as melhores soluções, tal como tenho feito e é o que vou continuar a fazer. Compreendo muito bem as razões da manifestação e tenho consciência que se está a pedir às escolas mais esforço e mais trabalho", referiu em declarações ao canal televisivo SIC. Para a Ministra, a manifestação de hoje à tarde não foi qualquer surpresa face aos "sacrifícios" que têm sido pedidos aos docentes e foi o "culminar de várias manifestações". Por seu turno, Vitalino Canas, porta-voz do PS, garante que "olhará com atenção" para os protestos dos docentes em Lisboa, disse que devem ter-se em conta as reivindicações dos professores, "que merecem todo o respeito". "O PS olhará com atenção para os sinais que vêm da manifestação", disse à Lusa. Vitalino Canas sublinhou ainda que o PS e o Governo consideram a questão da avaliação dos professores "essencial para a dignificação e melhoria da escola pública"."Admitimos que deixe os professores intranquilos, mas estamos convencidos que o sistema de avaliação é um bom sistema", referiu. Esperemos que estas declarações queiram significar que, apesar do autismo evidenciado pela Sra. Ministra, o Governo percebeu finalmente que não pode fazer as reformas do Ensino contra os Professores, nem pode continuar a hostilizá-los ferozmente e a ignorar os seus protestos unânimes.Esperemos que isto signifique o Governo vai manter o principio da avaliação dos Professores, mas vai também admitir que o seu lançamento a todo o custo e a meio do ano lectivo correu mal, e que é necessário ouvir críticas, reponderar todo o sistema, repensar a sua implementação.Que mais vale perder uns meses, do que deitar tudo a perder.Esperemos que o Primeiro Ministro tenha compreendido afinal que na guerra entre Maria de Lurdes Rodrigues e os sindicatos, todos perdem. E quem mais tem perdido são os alunos e os pais: tempo, dinheiro e confiança no ensino público.


Durou quatro horas a "marcha da indignação dos professores". Bateu os recordes absolutos e os organizadores consideram que derrotaram Maria de Lurdes Rodrigues "por maioria qualificada de dois terços". Apesar disso, a Senhora Ministra da Educação, afirmou "não ser relevante" a participação de "100 mil professores na marcha da indignação", em Lisboa, adiantando que o importante é "continuar a trabalhar para encontrar as melhores soluções". "Vou continuar a trabalhar para encontrar as melhores soluções, tal como tenho feito e é o que vou continuar a fazer. Compreendo muito bem as razões da manifestação e tenho consciência que se está a pedir às escolas mais esforço e mais trabalho", referiu em declarações ao canal televisivo SIC. Para a Ministra, a manifestação de hoje à tarde não foi qualquer surpresa face aos "sacrifícios" que têm sido pedidos aos docentes e foi o "culminar de várias manifestações". Por seu turno, Vitalino Canas, porta-voz do PS, garante que "olhará com atenção" para os protestos dos docentes em Lisboa, disse que devem ter-se em conta as reivindicações dos professores, "que merecem todo o respeito". "O PS olhará com atenção para os sinais que vêm da manifestação", disse à Lusa. Vitalino Canas sublinhou ainda que o PS e o Governo consideram a questão da avaliação dos professores "essencial para a dignificação e melhoria da escola pública"."Admitimos que deixe os professores intranquilos, mas estamos convencidos que o sistema de avaliação é um bom sistema", referiu. Esperemos que estas declarações queiram significar que, apesar do autismo evidenciado pela Sra. Ministra, o Governo percebeu finalmente que não pode fazer as reformas do Ensino contra os Professores, nem pode continuar a hostilizá-los ferozmente e a ignorar os seus protestos unânimes.Esperemos que isto signifique o Governo vai manter o principio da avaliação dos Professores, mas vai também admitir que o seu lançamento a todo o custo e a meio do ano lectivo correu mal, e que é necessário ouvir críticas, reponderar todo o sistema, repensar a sua implementação.Que mais vale perder uns meses, do que deitar tudo a perder.Esperemos que o Primeiro Ministro tenha compreendido afinal que na guerra entre Maria de Lurdes Rodrigues e os sindicatos, todos perdem. E quem mais tem perdido são os alunos e os pais: tempo, dinheiro e confiança no ensino público.

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