Veto Político

21-07-2005
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Ainda Sevilha...Aqui vê-se o Presidente da Assembleia da República a manifestar-se sucinta, mas obejctivamente ao caso das faltas justificadas. Quando parecia que o bom senso tinha imperado para os lados de São Bento, eis que o desenrolar da novela decidiu sacudir a lama: Alberto Martins justificou e viu justificada a sua falta com um dos motivos elencados pelo regimento: Trabalho Político.Parece-me claramente um abuso da discricionariedade implicíta neste justificativo. Não me parece que ir a um jogo de futebol, por muito relevante que seja, possa ser trabalho político. O Vice-Presidente da Assembleia Manuel Alegre, se anteriormente esteve muito bem ao dizer que não podia aceitar tais justificações, hoje esteve muito mal ao relevar um compadrio político inaceitável, alegando que a justificação deslocação a Sevilha para ver final da Taça UEFA PONTO não colhe, porque tal não estava no regimento; contudo, dizendo que ia em trabalho político, ele não pode fazer nada, não lhe competindo julgar os argumentos, o que desperta uma pergunta na minha cabeça: o que é que lhe compete? Ver futebol não é trabalho político, faltar ao seu trabalho para ir ver um jogo de futebol é imperdoável para quase qualquer um de nós, meros contribuintes.A alegada justificação que o deputado do círculo do Porto poderia lá estar porque pretende estar perto dos seus eleitores é uma falácia: primeiro, e esta é a mais discutível, mas não deve ser olvidada, falamos de um clube da cidade, nem toda a gente no Porto é adepto do FCP; segundo, é-se eleito para representar os interesses dos cidadãos em São Bento e não em Sevilha; se é para estar próximo dos habitantes do Porto, trabalho político também é faltar ao trabalho para ir ao São João ou, um deputado alentejano para ir a Barrancos durante os festejos da cidade , já que o povo de Barrancos está lá, nos toiros de morte; trabalho político de um deputado do Porto também é marcar presença nas manifestações contra o Rui Rio, para estar perto dos interesses dos portistas, ou estar presente no fogo de artifício de Luis Filipe Menezes. É intolerável este verdadeiro atentado às nossas instituições! Um abuso claro e escamoteado de um regimento que visa regular a prestação dos deputados na Assembleia da República.

Ainda Sevilha...Aqui vê-se o Presidente da Assembleia da República a manifestar-se sucinta, mas obejctivamente ao caso das faltas justificadas. Quando parecia que o bom senso tinha imperado para os lados de São Bento, eis que o desenrolar da novela decidiu sacudir a lama: Alberto Martins justificou e viu justificada a sua falta com um dos motivos elencados pelo regimento: Trabalho Político.Parece-me claramente um abuso da discricionariedade implicíta neste justificativo. Não me parece que ir a um jogo de futebol, por muito relevante que seja, possa ser trabalho político. O Vice-Presidente da Assembleia Manuel Alegre, se anteriormente esteve muito bem ao dizer que não podia aceitar tais justificações, hoje esteve muito mal ao relevar um compadrio político inaceitável, alegando que a justificação deslocação a Sevilha para ver final da Taça UEFA PONTO não colhe, porque tal não estava no regimento; contudo, dizendo que ia em trabalho político, ele não pode fazer nada, não lhe competindo julgar os argumentos, o que desperta uma pergunta na minha cabeça: o que é que lhe compete? Ver futebol não é trabalho político, faltar ao seu trabalho para ir ver um jogo de futebol é imperdoável para quase qualquer um de nós, meros contribuintes.A alegada justificação que o deputado do círculo do Porto poderia lá estar porque pretende estar perto dos seus eleitores é uma falácia: primeiro, e esta é a mais discutível, mas não deve ser olvidada, falamos de um clube da cidade, nem toda a gente no Porto é adepto do FCP; segundo, é-se eleito para representar os interesses dos cidadãos em São Bento e não em Sevilha; se é para estar próximo dos habitantes do Porto, trabalho político também é faltar ao trabalho para ir ao São João ou, um deputado alentejano para ir a Barrancos durante os festejos da cidade , já que o povo de Barrancos está lá, nos toiros de morte; trabalho político de um deputado do Porto também é marcar presença nas manifestações contra o Rui Rio, para estar perto dos interesses dos portistas, ou estar presente no fogo de artifício de Luis Filipe Menezes. É intolerável este verdadeiro atentado às nossas instituições! Um abuso claro e escamoteado de um regimento que visa regular a prestação dos deputados na Assembleia da República.

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