CDS-PP Lisboa

25-05-2005
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A oposição em peso acusou ontem o Governo de José Sócrates de não ter soluções para o País, defendendo que os dois meses que o PS leva, à frente do Executivo, ficaram marcados por medidas casuísticas, "trapalhadas" e "confusões". É singular, quando a oposição - da direita à esquerda - apresenta uma posição de descontentamento face a um Governo em exercício!Daí que não será demais afirmar, que existe uma visão única sobre a ineficácia da governação do PS.Cumpridos 60 dias sobre a tomada de posse dos socialistas, BE e PCP apontaram as críticas para o problema do desemprego. Para o Bloco, Luís Fazenda questionou o que está a ser feito pelo Governo para cumprir a promessa eleitoral de criação de 150 mil empregos - uma questão "estranhamente omissa" nos últimos dois meses. Já Bernardino Soares, líder parlamentar do PCP, referiu que as reformas estruturantes "continuam a não aparecer" e acusou os socialistas de estarem a promover uma segunda versão do "discurso da tanga".Para o PSD, os 60 dias do Executivo ficam marcados por um silêncio "que começa a ser ensurdecedor em algumas áreas". Uma delas é a das finanças públicas, afirmou o deputado Miguel Frasquilho, numa declaração política, considerando que o titular da pasta tem estado "desaparecido". Pelo que continua por esclarecer "que estratégia concreta tem este Governo para reduzir o défice". Já Nuno Melo, do CDS, qualificou como uma "trapalhada" a agenda política do PS, "alterada em função das prioridades do Bloco de Esquerda". Na resposta, o líder parlamentar socialista, Alberto Martins, defendeu que o Governo "não é revolucionário nem irresponsável", pelo que a execução do seu programa "exige tempo". Revisão. O PSD apresenta hoje no Parlamento o seu projecto de revisão constitucional, limitando-se às questões relacionadas com o tratado constitucional europeu primeiro, para permitir que se realize um referendo sobre o tratado em si; depois para possibilitar a realização dessa consulta em Outubro, no mesmo dia das autárquicas. Trata-se da "simultaneidade destas eleições com este referendo", disse ao DN fonte do PSD. Os sociais-democratas querem evitar a abertura de qualquer janela que permita ao PS impor um novo referendo sobre o aborto ainda este ano.Para preparar o "sim", os sociais-democratas vão preparar debates e iniciativas públicas sobre temas europeus. Na primeira, no início de Junho, estará Marques Mendes, presidente do PSD. A comissão de revisão constitucional deve começar a trabalhar para a semana. Mas PS e PSD não se entendem quanto ao presidente. Os socialistas apontam Vera Jardim e argumentam "que as revisões sem- pre foram presididas por um elemento da maioria". O PSD prefere Mota Amaral e diz que "pela regra da presidência das comissões, a próxima pertence ao PSD".- DN

A oposição em peso acusou ontem o Governo de José Sócrates de não ter soluções para o País, defendendo que os dois meses que o PS leva, à frente do Executivo, ficaram marcados por medidas casuísticas, "trapalhadas" e "confusões". É singular, quando a oposição - da direita à esquerda - apresenta uma posição de descontentamento face a um Governo em exercício!Daí que não será demais afirmar, que existe uma visão única sobre a ineficácia da governação do PS.Cumpridos 60 dias sobre a tomada de posse dos socialistas, BE e PCP apontaram as críticas para o problema do desemprego. Para o Bloco, Luís Fazenda questionou o que está a ser feito pelo Governo para cumprir a promessa eleitoral de criação de 150 mil empregos - uma questão "estranhamente omissa" nos últimos dois meses. Já Bernardino Soares, líder parlamentar do PCP, referiu que as reformas estruturantes "continuam a não aparecer" e acusou os socialistas de estarem a promover uma segunda versão do "discurso da tanga".Para o PSD, os 60 dias do Executivo ficam marcados por um silêncio "que começa a ser ensurdecedor em algumas áreas". Uma delas é a das finanças públicas, afirmou o deputado Miguel Frasquilho, numa declaração política, considerando que o titular da pasta tem estado "desaparecido". Pelo que continua por esclarecer "que estratégia concreta tem este Governo para reduzir o défice". Já Nuno Melo, do CDS, qualificou como uma "trapalhada" a agenda política do PS, "alterada em função das prioridades do Bloco de Esquerda". Na resposta, o líder parlamentar socialista, Alberto Martins, defendeu que o Governo "não é revolucionário nem irresponsável", pelo que a execução do seu programa "exige tempo". Revisão. O PSD apresenta hoje no Parlamento o seu projecto de revisão constitucional, limitando-se às questões relacionadas com o tratado constitucional europeu primeiro, para permitir que se realize um referendo sobre o tratado em si; depois para possibilitar a realização dessa consulta em Outubro, no mesmo dia das autárquicas. Trata-se da "simultaneidade destas eleições com este referendo", disse ao DN fonte do PSD. Os sociais-democratas querem evitar a abertura de qualquer janela que permita ao PS impor um novo referendo sobre o aborto ainda este ano.Para preparar o "sim", os sociais-democratas vão preparar debates e iniciativas públicas sobre temas europeus. Na primeira, no início de Junho, estará Marques Mendes, presidente do PSD. A comissão de revisão constitucional deve começar a trabalhar para a semana. Mas PS e PSD não se entendem quanto ao presidente. Os socialistas apontam Vera Jardim e argumentam "que as revisões sem- pre foram presididas por um elemento da maioria". O PSD prefere Mota Amaral e diz que "pela regra da presidência das comissões, a próxima pertence ao PSD".- DN

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